Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Até que enfim!!!!

Ir para baixo

Até que enfim!!!! Empty Até que enfim!!!!

Mensagem por Viriato Sex Fev 19, 2010 3:12 am

Santos Silva avança com hospital único das Forças Armadas

por MANUEL CARLOS FREIRE



Grupo de trabalho com médicos militares vai centrar-se na estruturação de um centro hospitalar, na tutela de um só chefe, em que os extintos hospitais dos ramos se complementam

O ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, criou há dias um grupo de trabalho responsável por implementar a reforma da saúde militar que, em 2009, criou o hospital único das Forças Armadas.

O grupo de trabalho presidido pelo major-general Nunes Marques tem representantes dos três ramos militares e 60 dias para entregar o relatório, disse ontem fonte oficial do ministério ao DN. A equipa vai centrar-se na estruturação e organização funcional do Hospital das Forças Armadas (HFA, com pólos em Lisboa e Porto), criado para suceder aos hospitais de cada ramo - que vão manter serviços de saúde específicos.

Alguns dos pontos delicados do processo, segundo fontes ouvidas sobre a matéria, vão ser os da gestão de pessoal - definindo se os efectivos militares continuam na dependência dos ramos ou transitam para a tutela do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), entidade que passa a tutelar o HFA - e do financiamento, bem como a distribuição das valências médicas (para evitar duplicações nas especialidades onde for possível, uma vez que os edifícios dos extintos hospitais da Armada, Exército e Força Aérea vão manter-se abertos).

A comunicação interna entre esses edifícios e a existência de um processo clínico único para cada militar são outros aspectos em que a reforma terá impacto, explicaram algumas das fontes.

A par da medicina operacional e da prestação de cuidados primários e secundários, o HFA deverá colaborar também com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na prática, a reforma - que, a prazo, talvez permita juntar todas as valências num único edifício - conduziu à criação de um centro hospitalar onde se procura uma complementaridade (com racionalização de meios e poupança de custos) nos serviços prestados pelos antigos hospitais da Marinha, Exército e Força Aérea.

Recorde-se que o ex-ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira, no livro de balanço do seu mandato que publicou no Verão de 2009, escreveu: "A reforma para o sector da saúde militar está aprovada, mas, ainda que prudente e faseada, não foi possível a sua implementação. Ficou condicionada pela sensibilidade da questão e pelas resistências institucionais" - situação que tem bloqueado o processo desde os anos 1990.

Severiano acrescentou ainda: "Ficou por concluir este processo, em tempo útil, mas é necessário e urgente que venha a concretizar- -se, ultrapassando as resistências corporativas, em prol do bem comum de todos os militares."

O que o ex-ministro não referiu foi o impacto negativo do estudo coordenado pela então médica e futura ministra da Saúde Ana Jorge. Além de incompleto, continha pressupostos - até estatísticos - que não estavam correctos, conforme criticaram fontes militares então ouvidas pelo DN, conduzindo a conclusões erradas.

A "redução considerável" dos encargos com a saúde militar, na proposta de Orçamento do Estado para este ano, motivou esta semana fortes críticas da Associação Nacional de Sargentos (ANS), segundo texto enviado ao DN.

Essa redução (-37,9% face a 2009), a par do "congelamento salarial", da "revisão do actual sistema de comparticipação de medicamentos" e dos descontos para o regime de Assistência na Doença dos Militares (ADM), adiantou a ANS, "passar[em] a incidir" também "sobre os suplementos remuneratórios de carácter permanente e também sobre os subsídios de férias e de Natal", produzirá "níveis de protecção social cada vez mais baixos" e "uma assistência na doença cada vez mais deficiente".
Viriato
Viriato

Pontos : 16657

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos