Os óculos bifocais de Pacheco
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Os óculos bifocais de Pacheco
Os óculos bifocais de Pacheco
Pacheco Pereira é um verdadeiro case study que nos permite compreender um fenómeno psicológico muito complexo. Aparentemente inteligente, Pacheco, já na idade madura, foi capaz de acreditar em coisas tão absurdas como a santidade de José Estaline ou as virtudes da democracia popular albanesa.
Com a mesma facilidade com que acreditou nesses dogmas, traça hoje crenças de sinal oposto, sempre impregnadas de fanatismo, próprias de quem usa lentes bifocais: as que servem para ver ao perto os correligionários são benevolentes e compreensivas; as que se destinam a ver ao longe os inimigos reais ou putativos são grossas e implacáveis.
Os exemplos desta bifocagem de Pacheco são mais do que muitos. Se alguém se atreve a criticar a participação de uma assessora do Presidente da República na campanha do PSD, Aqui d’El Rei!, porque está em causa uma falta de respeito ao supremo magistrado da nação. Se uma pessoa qualquer fica espantada pela desenvoltura que um assessor do Presidente da República exibe na montagem de intrigas nos jornais, fica completamente demonstrada, aos olhos de Pacheco, a asfixia democrática e a vontade de controlar a comunicação social por parte do PS.
Mas os critérios usados para avaliar o “outro lado da barricada” são bem diferentes… Veja-se, por exemplo, o que se passa com este blogue e com o Simplex (logo ele que fez parte do blogue Jamais). Devo reconhecer, por dever de gratidão, que Pacheco fez mais pelo CC do que todos os meus amigos e conhecidos. Não propriamente pela audiência que tem, em especial naquela deprimente tele-escola de domingo, mas porque conseguiu que a direita e uns certos mentecaptos da extrema-esquerda fizessem sua a agenda do filósofo da Marmeleira. E foi assim que alguns crédulos se convenceram de que pessoas ligadas aos gabinetes ministeriais contribuiriam para o CC.
Mas Pacheco está muito enganado (e ele sabe-o…). Não trabalho para o Governo e aquilo que me leva a manter a discrição é não gostar, ao contrário do que sucede com ele, da ribalta. Não pertenço à classe dos pavões!
Obviamente, não posso garantir que nunca-jamais-em-tempo-algum alguém que trabalhe ou tenha trabalhado em gabinetes ministeriais me tenha enviado um e-mail, manifestando uma opinião. Eu não faço discriminações e já recebi, de resto, e-mails de militantes do PSD, alguns deles figuras públicas, dando-me conta dos seus pontos de vista. E, entre eles, posso garanti-lo a Pacheco, há muitos que o topam tão bem como eu.
PS — Neste frenesim de ataques a Sócrates, ainda há coisas que me surpreendem. Então não é que Mário Crespo criticou José Sócrates e acusou-o de censura por nunca ter acedido em ser entrevistado por ele (naquele espaço indigente em que, nos melhores dias, tem 40 mil telespectadores)?
posted by Miguel Abrantes
Pacheco Pereira é um verdadeiro case study que nos permite compreender um fenómeno psicológico muito complexo. Aparentemente inteligente, Pacheco, já na idade madura, foi capaz de acreditar em coisas tão absurdas como a santidade de José Estaline ou as virtudes da democracia popular albanesa.
Com a mesma facilidade com que acreditou nesses dogmas, traça hoje crenças de sinal oposto, sempre impregnadas de fanatismo, próprias de quem usa lentes bifocais: as que servem para ver ao perto os correligionários são benevolentes e compreensivas; as que se destinam a ver ao longe os inimigos reais ou putativos são grossas e implacáveis.
Os exemplos desta bifocagem de Pacheco são mais do que muitos. Se alguém se atreve a criticar a participação de uma assessora do Presidente da República na campanha do PSD, Aqui d’El Rei!, porque está em causa uma falta de respeito ao supremo magistrado da nação. Se uma pessoa qualquer fica espantada pela desenvoltura que um assessor do Presidente da República exibe na montagem de intrigas nos jornais, fica completamente demonstrada, aos olhos de Pacheco, a asfixia democrática e a vontade de controlar a comunicação social por parte do PS.
Mas os critérios usados para avaliar o “outro lado da barricada” são bem diferentes… Veja-se, por exemplo, o que se passa com este blogue e com o Simplex (logo ele que fez parte do blogue Jamais). Devo reconhecer, por dever de gratidão, que Pacheco fez mais pelo CC do que todos os meus amigos e conhecidos. Não propriamente pela audiência que tem, em especial naquela deprimente tele-escola de domingo, mas porque conseguiu que a direita e uns certos mentecaptos da extrema-esquerda fizessem sua a agenda do filósofo da Marmeleira. E foi assim que alguns crédulos se convenceram de que pessoas ligadas aos gabinetes ministeriais contribuiriam para o CC.
Mas Pacheco está muito enganado (e ele sabe-o…). Não trabalho para o Governo e aquilo que me leva a manter a discrição é não gostar, ao contrário do que sucede com ele, da ribalta. Não pertenço à classe dos pavões!
Obviamente, não posso garantir que nunca-jamais-em-tempo-algum alguém que trabalhe ou tenha trabalhado em gabinetes ministeriais me tenha enviado um e-mail, manifestando uma opinião. Eu não faço discriminações e já recebi, de resto, e-mails de militantes do PSD, alguns deles figuras públicas, dando-me conta dos seus pontos de vista. E, entre eles, posso garanti-lo a Pacheco, há muitos que o topam tão bem como eu.
PS — Neste frenesim de ataques a Sócrates, ainda há coisas que me surpreendem. Então não é que Mário Crespo criticou José Sócrates e acusou-o de censura por nunca ter acedido em ser entrevistado por ele (naquele espaço indigente em que, nos melhores dias, tem 40 mil telespectadores)?
posted by Miguel Abrantes
Viriato- Pontos : 16657
Re: Os óculos bifocais de Pacheco
Já tentei, por várias vezes, seguir o programa de PP até ao fim. Mas qual fim? minutos depois do começo, já eu estou com uma enorme vontade de lhe atirar com um sapato (está na moda) mas travo de imediato, que a televisãozinha faz-me falta, para eu ver programas a sério e sérios, que também os há na SIC Notícias (por exemplo, tem estado, há bastante tempo, a transmitir os efeitos terríveis do temporal na Madeira).
E já que a isso aludi, já morreram 7 pessoas e há histórias incríveis, como esta:
Estava uma senhora tranquilamente em casa, quando lhe entra porta adentro uma enxurrada que, além de lama e pedras, trazia também um turista, que tinha sido cuspido de um táxi, onde viajava com a família, de que nada sabe agora.
O temporal foi arrasador no Funchal e na Ribeira Brava.
E já que a isso aludi, já morreram 7 pessoas e há histórias incríveis, como esta:
Estava uma senhora tranquilamente em casa, quando lhe entra porta adentro uma enxurrada que, além de lama e pedras, trazia também um turista, que tinha sido cuspido de um táxi, onde viajava com a família, de que nada sabe agora.
O temporal foi arrasador no Funchal e na Ribeira Brava.
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