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O Próximo e Médio Oriente em guerra

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O Próximo e Médio Oriente em guerra Empty O Próximo e Médio Oriente em guerra

Mensagem por Vitor mango Seg Fev 22, 2010 1:55 am


O Próximo e Médio Oriente em guerra






por Rui Namorado Rosa





O Próximo e Médio Oriente em guerra Caspian_oil_pipelines
Na sequência do 11 de Setembro de 2001, a administração dos
EUA teve a oportunidade de dar um novo impulso ao seu plano de
ocupação militar do Próximo e do Médio Oriente e na
Ásia Central e Meridional. Estabeleceu imediatamente bases no
Uzbequistão e no Kirguizstão, que utilizou no ataque ao
Afeganistão e nas quais permanece.


Na região do Golfo Pérsico-Arábico, antecedendo a
agressão ao Iraque, os EUA deslocaram a sua maior base aérea na
região, sita na Arábia Saudita, para o Qatar. Mas nem o Qatar nem
o Kuwait, que tem servido de base militar de facto desde 1990, oferecem a
profundidade estratégica e a flexibilidade que bases no interior do
Iraque podem oferecer. A administração norte-americana enquanto
dirigente da coligação agressora e ocupante do Iraque, com muitas
dezenas de bases no terreno, vai instalando quatro bases militares permanentes
que de todo não quererá abandonar nunca. São elas o
aeroporto internacional de Bagdade, a base aérea de Talil perto de
Nasiriya, uma base no deserto ocidental perto de Síria e o aeroporto de
Bashur no Curdistão, perto da convergência das fronteiras com a
Turquia e o Irão e somente a 500 km de Baku, a capital de
Azerbaijão.

http://www.ipsnews.net/interna.asp?idnews=21331

http://www.globalsecurity.org/military/facility/iraq.htm


A Arábia Saudita, com o seu enorme território (2.260 mil km2),
desempenha um papel central na geopolítica do Médio Oriente, pela
sua posição geográfica na articulação de
continentes e mares, pelos seus recursos petrolíferos (os maiores do
mundo) e pela sua íntima relação económica e
política com os EUA.


A influência dos EUA sobre a Arábia Saudita foi cimentada em 1945,
presumivelmente na base do apoio oferecido pelo presidente dos EUA ao regime
feudal do rei saudita em troca do livre acesso ao petróleo aí
descoberto em 1938. O campo petrolífero de Ghawar havia sido
identificado e em breve confirmado (1948) como o maior do mundo. Quatro
companhias norte-americanas constituíram a Aramco (Arabian-American Oil
Company) para explorar esses recursos, mas estavam juridicamente impedidas de
aí actuar por força do Red Line Aggrement (1928), acordo sobre
que fora estabelecido o cartel entre as empresas petrolíferas que
operavam no território do antigo império Otomano. Mas com a nova
correlação de forças emergente da Segunda Guerra Mundial e
o apoio jurídico e político norte-americano, o cartel da Red Line
Agreement veio a ser extinto mediante um “acordo entre cavalheiros”
para a partilha das riquezas do Médio Oriente, no Hotel Aviz em Lisboa,
em 1948. A Aramco ganhou então livre acesso ao petróleo saudita;
em 1979 seria nacionalizada, à semelhança do que acontecera em
vários outros países árabes, inspirados pelos movimentos
de descolonização e de nacionalismo árabe.


Porém, também em 1948 foi criado o estado de Israel, após
terroristas sionistas terem forçado a entrega da
administração do território da Palestina às
autoridades britânicas. O conflito israelo-arábe iniciava-se, para
perdurar sem solução até hoje, envenenando e influenciando
grandemente a política em todo o Médio Oriente.


A relação entre a oligarquia real saudita e a
administração norte-americana sempre foi impopular e suscitou
oposição popular. O povo saudita é dominado pela seita
religiosa Wahabbi. Com uma população em rápido
crescimento e muito jovem, cerca de 40% da população com idade
inferior aos 15 anos, compreende numerosos refugiados palestinianos e
trabalhadores estrangeiros.


A economia está centrada na indústria petrolífera e as
suas copiosas receitas são dilapidadas pelos numerosos príncipes,
na aquisição de material de guerra em quantidades insensatas e em
depósitos e investimentos nos EUA (oferecendo cobertura substancial aos
enormes défice externo e dívida interna). Assim, não
obstante o permanente fluxo de receitas da indústria petrolífera,
todavia não aplicadas a fins de investimento público e
desenvolvimento social, a capitação de receitas caiu de US$
28.000 (em 1980) para $ 10.800 (em 2002).

http://www.asponews.org/ASPO.newsletter.021.php#99

http://www.globalpolicy.org/security/oil/2003/0426byzantine.htm


A relação íntima entre as economias norte-americana e
saudita é vital mas problemática para ambas as partes. Em 1960 a
Arábia Saudita foi co-fundadora da Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Em 1973 aderiu com outros
países árabes à restrição da
exportação de petróleo para os países Ocidentais em
resposta ao apoio dos EUA e seus aliados à guerra expansionista de
Israel. O preço do petróleo quintuplicou e induziu uma
recessão mundial. Mas em 1990 a Arábia Saudita apoiou
oficialmente os EUA e seus aliados na Guerra do Golfo, inclusivamente
permitindo o estabelecimento de bases militares no seu território, para
em 2003 tomar uma posição de controlada neutralidade, sob a
pressão de radical oposição da opinião
pública interna.


A presença de bases estrangeiras em solo saudita não só
é motivo de indignação interna como também é
motivo de insegurança para os residentes estrangeiros e as bases
militares. Consequentemente, cautelosamente, entre o Outono de 2002 e a
Primavera de 2003, os EUA transferiram da Arábia Saudita para Qatar o
comando da sua força aérea na Ásia Central e o Golfo e
transformou Qatar em quartel-general para a guerra contra o Iraque.
http://www.rediff.com/news/2003/apr/28us.htm?zcc=rl

http://www.theage.com.au/articles/2002/09/12/1031608300051.html?oneclick=true


As riquezas do Próximo e do Médio oriente, em particular o
petróleo, o motor da economia contemporânea, são
cobiçadas por todas as potências mundiais presentes e futuras. No
plano diplomático, financeiro e económico, é intensa a
competição aberta e oculta entre os EUA, a União Europeia,
a Rússia e a China.


Na bacia do Cáspio e na Ásia Central, as ex-repúblicas
soviéticas, atravessando um conturbado processo de
evolução para o regime capitalista, procuram negociar e afirmar
as suas identidades e autonomias, tirando partido dos recursos fósseis
que, em maior ou menor extensão, todas elas têm. A
exploração dos recursos petrolíferos é assim um
domínio privilegiado para observar a correlação de
forças nessa região.


O Kasaquistão, no cerne da Ásia Central, país com enorme
território (2.700 mil km2) fazendo fronteira com cinco países e o
mar Cáspio, detentor de importantes recursos de combustíveis
fósseis e de muitas outras matérias-primas minerais, tem
procurado seguir uma política autónoma e assegurar uma
participação do Estado na valorização dos seus
importantes recursos face aos grandes grupos petrolíferos internacionais
envolvidos no seu investimento e desenvolvimento; em particular na jazida
super-gigante (13 Gb) de Kashagan, a maior encontrada nos últimos trinta
anos, em inicio de desenvolvimento. Assim como tem assumido uma
posição combativa na definição de linhas
alternativas de escoamento da sua produção; para além dos
pipelines para a Rússia e Mar Negro e para a Turquia e
Mediterrâneo, procura também negociar parcerias e investir em dois
outros pipelines, um em direcção à China e outro em
direcção ao Golfo Pérsico (através do Irão).


http://www.eurasianet.org/departments/business/articles/eav070904.shtml

O desenvolvimento de meios de exportação é tão
importante como os de extracção.


A saída de petróleo e de gás natural da bacia do
Cáspio para o mercado mundial, mais económica e interessante,
é para o Sul, através do Irão até à costa do
Mar Arábico. Mas o poderio deste país e a sua
autodeterminação no contexto internacional são um grande
obstáculo à aceitação dessa solução
pelo grande capital petrolífero. Uma alternativa que pareceu ter
merecido o apoio dos EUA seria um gasoduto através do
Turquemenistão, do Afeganistão e do Paquistão até
ao Mar Arábico, na extensão de 1635 km e com 80 milhões
m3/dia de capacidade, orçado em US$ 3,5 mil milhões, mas é
uma opção mais onerosa e tão ou mais insegura para os seus
promotores.


Outra alternativa, favorecida pelos EUA e algumas potências europeias,
é o transporte para Ocidente em direcção ao Mar Negro. Mas
o trânsito através dos estreitos de Bósforo e Dardanelos
também não parece muito seguro.


Daí ter surgido também a solução de transporte
continental desde o porto azeri de Baku, sobre o Cáspio, até ao
porto turco de Ceyhan, no Mediterrâneo Oriental (Baku-Tiblisi-Ceyhan),
através de um oleoduto com 1760 km de comprimento e com 1 milhão
de barris/dia de capacidade. Este projecto foi promovido pelo eixo
anglo-americano e a sua execução está em curso sob a
direcção da BP para ser concluído em 2005. Orçado
em US$ 3 mil milhões, terá uma vida útil de quando muito
15 anos até que o declínio da produção determine a
queda do seu caudal.


Outra alternativa para a rota Ocidental, obviando a rota marítima pelos
estreitos de Bósforo e Dardanelos, é o oleoduto
trans-balcânico. A construção de um pipeline com 900 km de
comprimento e cerca de 750 mil barris/dia de capacidade, para escoamento de
petróleo do Cáspio para o Adriático atravessando a
Bulgária (Burgas), a Macedónia e a Albânia (Vlora), tem
sido ventilada repetidamente. Esse projecto, conhecido por AMBO, foi uma das
razões por detrás da intervenção militar dos EUA e
da NATO nos Balcãs, sob pretexto humanitário em contexto de
conflito inter-étnico (“limpeza étnica” e
“genocídio”), cujos meandros têm sido denunciados. Esse
projecto é mais um empreendimento do eixo anglo-americano, orçado
em cerca de € 1000 milhões, e será financiado por um
consórcio bancário euro-americano; tem como projectistas
Halliburton e Brown & Root e como beneficiárias BP-Amoco-Arco, Texaco e
Chevron. Foi anunciado que irá arrancar em 2005 para ser completado em
dois anos. Entretanto, a presença duradoura dos EUA na região
balcânica será assegurada por duas bases militares
construídas no Kosovo, já em 1999, com o apoio dos
serviços da mesma Brown & Root.

http://home.earthlink.net/~carb22/oil_casp.html

http://www.spectrezine.org/war/Macedonia.htm

http://www.setimes.com/html2/english/040416-MARIJA-001.htm


Como sabemos, o Afeganistão foi o primeiro alvo do plano de
expansão imperialista para o Médio Oriente após o ataque
terrorista perpetrado nos EUA em 9 de Setembro de 2001. O envolvimento de
organizações islâmicas, com raízes na Arábia
Saudita e apoio no Afeganistão, não contradiz o envolvimento de
organizações norte-americanas, como diversas
investigações têm revelado; pelo contrário confirma
a simbiose entre os interesses do capital acumulado nos EUA e os do capital
gerado pelas indústrias petrolífera e armamentista na
Arábia Saudita.


O Afeganistão foi o primeiro alvo escolhido por ser o mais frágil
na região e por ser na ocasião o mais fácil de justificar.
Porém, passados três anos e meio, a justificação
não foi concretizada e o território não foi submetido. A
revolta e a desordem continuam no Afeganistão desde a sua invasão
em fins de 2001. Ataques armados alegadamente dirigidos por forças
Talibã contra o governo central, instalado pelas forças
invasoras, têm-se intensificado ao longo dos últimos meses,
sobretudo no Sul; e os “senhores da guerra” do Norte, aliados
conjunturais aquando do derrube do regime Talibã, entraram em
insubordinação perante o governo central e em conflitos armados
recíprocos.


A anunciada implantação de um regime
“democrático” continua distante e parece agora
inatingível. Não obstante o trabalho feito por
funcionários da ONU, em fins de Junho de 2004 apenas cerca de metade dos
potenciais eleitores estava registada; e a escassez de dados é ainda um
obstáculo ao delineamento de círculos eleitorais. As
eleições anunciadas para Junho de 2004 foram necessariamente
adiadas, as parlamentares para 2005, porém as presidenciais foram
forçadamente anunciadas para Outubro próximo, apesar dos
óbvios obstáculos, mas para cumprir calendário a tempo das
eleições nos EUA (em Novembro).


Num país fortemente rural, em que a actividade agrícola ocupa 70%
da população, sem outros meios organizados de subsistência
e sob o comando de influentes negociantes, o cultivo da papoila revitalizou-se
e floresceu nos dois últimos anos; é de novo fonte de grossas
receitas em benefício desses intermediários e dos
narcotraficantes de todo o mundo; e é pretexto que alimenta conflitos
armados entre grupos rivais.


Na Cimeira da NATO em Istambul, em 28-29 de Junho passado, esta
organização ao serviço do imperialismo anunciou a
intenção de reforçar para 10.000 soldados a Força
Internacional de Segurança e Assistência para o Afeganistão
(ISAF); e os EUA anunciaram ir multiplicar as “equipas provinciais de
reconstrução” que procuram cobrir (tenuemente) o vasto
território para além de Kabul. Mas a NATO encontrou escasso
acolhimento para a mobilização de forças
“aliadas” para esse teatro de guerra, designadamente entre
países da região, como foi seu propósito.

http://www.eurasianet.org/departments/insight/articles/eav070704.shtml


O prazo de um mês foi suficiente para confirmar que o plano de
“estabilização” ou de submissão do
Afeganistão não dava sinais de avançar. No final de Julho
de 2004 a comissão de negócios estrangeiros do parlamento
britânico avisou que o Afeganistão estará em risco de
implosão, a menos que mais tropas e recursos para lá sejam
enviados. Não só a violência dos exércitos dos
“senhores da guerra” e das guerrilhas Talibã persistia como
ameaça contra a operacionalidade e sobrevivência do governo
central, instalado pela administração norte-americana, e as
forças de ocupação que o protegem, como também a
produção de ópio e o seu tráfico estariam em
descontrolada progressão.


Significativamente, também no fim de Julho, a ONG Médicos Sem
Fronteiras anunciaram ir retirar do Afeganistão os seus 80
voluntários estrangeiros, após 24 anos de presença nesse
país, por falta de condições de segurança para o
seu trabalho e frustração, acusando tanto as guerrilhas
Talibã como o exército da coligação ocupante.
Só em 2004, 30 voluntários haviam já sido assassinados.


O relato parlamentar traçava também um paralelo com a
evolução no Iraque, reconhecendo que a intervenção
estrangeira havia criado um vácuo e aberto o caminho para Al Qaeda
aí se instalar e actuar contra as forças de segurança e a
população civil.


O relato renovava o apelo às contribuições de outros
países da NATO para reforço das forças de
ocupação no Afeganistão (20 mil norte-americanos e 6500
“soldados da paz” da NATO) e invocava o risco em que estaria a
credibilidade desta organização (após os compromissos
vocalizados na Cimeira de Istambul um mês antes).

http://www.cnn.com/2004/WORLD/europe/07/29/uk.afghan.iraq/index.html


Mas o plano de expansão imperialista não pode parar. Em parte
porque o imperialismo tem de cuidar e renovar a sua imagem, em parte porque tem
de desviar as atenções dos seus sucessivos desaires e das
acumuladas recriminações que a sua brutalidade suscita, em parte,
ainda, porque o objectivo de controlar militarmente o Próximo e o
Médio Oriente, não tendo outros argumentos e meios eficazes
senão a força das armas para o alcançar, a tal o
imperialismo se vê compelido para sobreviver.


Em 30 de Julho o Conselho de Segurança da ONU adoptou uma
resolução exigindo ao governo sudanês que desarme as
milícias Janjaweed activas na província Ocidental de Darfur,
ameaçando Cartum com medidas punitivas, designadamente
diplomáticas, económicas, transportes e
comunicações. A resolução foi avançada pelos
EUA em termos inicialmente mais severos e acabou por ser apoiada também
pelo Reino Unido, França, Alemanha e Espanha, após ser
reformulada, e foi adoptada (com as abstenções da China e do
Paquistão).


As milícias Janjaweed são tribos nómadas de
influência árabe que nos dois últimos anos se tornaram mais
agressivas contra as populações negras sedentárias; este
conflito não tem relação com a guerra civil que há
21 anos opõe o governo muçulmano aos rebeldes cristãos e
animistas do Sul do Sudão, a qual se encontra em vias de
resolução. O actual conflito causou a morte de 30 mil civis e
forçou a deslocação de um milhão de refugiados para
campos de refugiados próximo da fronteira com o Chade, em
condições de sobrevivência muito precárias. A ONU
denomina a presente situação crise humanitária, mas os EUA
prefere denominá-la de “genocídio” para facilitar a
intervenção estrangeira. A ONU planeia enviar uma força de
pacificação para estabilizar o Sul, agora que a guerra civil
abrandou, força que, de acordo com esta última
resolução, deverá abarcar também a região
agora em conflito.


É evidente que esta eminente intromissão, que poderia ter
acontecido há dez ou vinte anos atrás, tem agora por móbil
razões de oportunidade visando outros fins. Os EUA são os
instigadores deste processo. O Sudão tem grande valor
geo-estratégico e parece integrar-se bem na política imperial de
controlo mundial de recursos escassos e do petróleo em particular. O
Sudão, cujo território enorme é o maior em África
(2.500 km2), possui provavelmente moderados mas ainda pouco reconhecidos
recursos de hidrocarbonetos, mas tem enormes recursos de água
superficial e subterrânea. A intervenção no Sudão, a
conduzir ao estabelecimento de bases militares, ofereceria uma plataforma
invejável entre o Chade, a Líbia, o Egipto e a Arábia
Saudita (todos eles produtores de petróleo) e sobre o Mar Vermelho. A
instabilidade no reino saudita e a necessidade de deslocar as bases militares
agora neste alojadas, poderá ser a motivação mais imediata
para mais esta intervenção, sob pretexto humanitário, como
várias outras ocorridas na última década.

http://globalresearch.ca/articles/GOW407B.html

http://abcnews.go.com/wire/US/reuters20040730_263.html


O termo “genocídio” surge uma vez mais para justiçar a
iminente intervenção estrangeira. Um milhão de refugiados
da região de Darfur, acantonados em condições
precárias na fronteira com o Chade, carece de ajuda humanitária
urgente. Eles são o pretexto. Esqueçamos os vários
milhões de camponeses afegãos, expulsos sob a ameaça dos
bombardeamentos norte-americanos, agora refugiados, já faz mais de dois
anos, em campos miseráveis nas montanhas na fronteira com o
Paquistão. É o imperialismo que escolhe entre boas e más
vítimas. Faz hipocritamente imposições a um governo com
escassos meios, para depois intervir militarmente num país lacerado por
duas décadas de guerra civil.


A guerra continua dentro de dias.


02/Ago/2004



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