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Franco Frattini: “A crise na Grécia é uma prova de credibilidade para os países da zona euro

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Franco Frattini: “A crise na Grécia é uma prova de credibilidade para os países da zona euro Empty Franco Frattini: “A crise na Grécia é uma prova de credibilidade para os países da zona euro

Mensagem por Vitor mango Sáb Mar 06, 2010 1:16 am

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Franco Frattini: “A crise na Grécia é uma prova de credibilidade para os países da zona euro”


19/02 19:57 CETDiplomacia



entrevista









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Agir
de forma rápida e coordenada para controlar crises como aquela que
tocou a economia grega. Segundo o ministro italiano dos Negócios
Estrangeiros, Franco Frattini, os países da zona euro poderiam ter
feito mais para ajudar a Grécia.
A Itália pede também à União Europeia que intensifique os esforços
conjuntos na luta contra a imigração clandestina e o controlo das
fronteiras comunitárias. Nesta entrevista, Frattini aborda também a
questão iraniana e a situação no Afeganistão.

Claudio
Rosmino, euronews: Senhor ministro, em relação ao plano europeu para
salvar a economia grega declarou: “será um teste de fiabilidade para
manter o sistema europeu”. Mas em Bruxelas ouvimos apenas declarações
políticas. Trata-se, mais uma vez, de falta de coesão no seio da
família europeia ou desconfiam da saúde da economia grega?

Franco
Frattini, ministro italiano dos Negócios Estrangeiros: Os chefes de
Estado e de governo prometeram ajuda mas não fomos capazes de a
concretizar. Sabemos que a Comissão Europeia pediu à Grécia informações
sobre os rumores, lançados pela imprensa internacional, a propósito das
ajudas que a Grécia terá recebido para melhorar as contas e esconder a
verdadeira situação.

Estamos convencidos que o
primeiro-ministro Papandreu agiu correctamente, mas penso que
poderíamos ter feito mais. No entanto, se há critérios para tomar
decisões e se não há unanimidade, não podemos tomar essas decisões.
Insisto em dizer que para ser credível, enquanto países da zona euro,
devemos ser capazes de intervir num momento de dificuldade de um Estado
membro.

euronews:
No Verão, Itália, Espanha, Malta e Grécia são tomadas de assalto por
milhares de imigrantes em fuga dos países de origem. Como é que o
governo italiano tenta controlar o fenómeno da imigração clandestina a
longo prazo?

F. Frattini: Trata-se de um problema europeu e
não apenas italiano, grego ou maltês. Se os imigrantes clandestinos
chegam à Sicília e, como as fronteiras internas desapareceram, eles
deslocam-se rapidamente para a Áustria, Alemanha ou Holanda. É um
problema de todos.

Pedimos que haja um reforço da Agência
europeia de controlo das fronteiras, a Frontex, que as patrulhas no mar
Mediterrâneo envolvam cada vez mais países e que possamos ter, em cada
um dos 27 países da União Europeia, as mesmas regras para pedir o
estatuto de refugiado, para aceitar ou expulsar os clandestinos.

Por
seu lado, a Itália fez muito para parar a vaga de imigrantes ilegais.
Temos um acordo com a Líbia que nos permitiu reduzir em 90%, num ano, a
chegada de clandestinos à costa italiana. Mas não é suficiente. Ao
proteger a Sicília nos protegemos toda Europa.

euronews: Com
base na sua experiência como comissário europeu para a Justiça, o que
pensa da comissão Barroso II e quais são as expectativas da Itália?

F.
Frattini: Acredito que está em campo uma boa equipa para este segundo
mandato de Durão Barroso. Nós esperamos muito sobre o tema da
imigração. Sobre a imigração, mas também sobre a segurança energética e
sobre o mercado interno. Desejamos que a Europa tenha um papel
importante a nível internacional.

Catherine Ashton tem pela
frente um grande desafio. Suceder a Javier Solana e à comissária para
as Relações Externas significa controlar dois postos cruciais. Apoio-a,
pois é uma pessoa qualificada e preparada. Mas agora, evidentemente,
queremos ver resultados.

euronews: Senhor Ministro, o Irão
afastou-se da mesa das negociações e enveredou pelo caminho do
enriquecimento de urânio. Perante as críticas ocidentais, assistimos a
protestos face às embaixadas europeias, incluindo a italiana. O diálogo
tornou-se impossível?

F. Frattini: Acredito que a bola esta
no campo do Irão e não no nosso. Nós avançámos com uma proposta que
diz, simplesmente, que o Irão pode enriquecer o seu urânio para
centrais eléctricas civis, mas isso deve acontecer fora do território
iraniano e com transparência.

O Irão arrisca-se a perder uma
hipótese para negociar. A única possibilidade é usar as sanções
internacionais como meio de pressão. Isto para não haver uma guerra
contra o Irão, mas para impedir uma guerra com o Irão.

euronews: Mas pensa que será possível chegar a um acordo no Conselho de Segurança das Nações Unidas?

F.
Frattini: Se a China compreender que, ter uma bomba nuclear em Teerão,
é perigoso mesmo para a China, Pequim, com o seu pragmatismo milenar
poderá, talvez, escolher a abstenção ou votar a favor. Porque é que
deveria encorajar a corrida ao armamento nuclear iraniano?

euronews:
Nas últimas semanas foi lançada uma vasta ofensiva contra os talibãs no
Sul do Afeganistão. Será que podemos obter a estabilização do país pela
força ou abrindo a porta do diálogo político com os talibãs como fez
saber o presidente Karzai?

F. Frattini: Nós decidimos, em
Londres, há algumas semanas, que a estratégia deve ser política.
Devemos colocar o controlo do país nas mãos do governo afegão, não
queremos ficar enquanto forças de ocupação. A segurança é necessária
para favorecer um programa do governo para o Afeganistão e não para
fazer a guerra aos talibãs.

Há grupos de talibãs que não
podemos recuperar. São os que estão ligados ao terrorismo, os
militantes da Al-Qaida, os que vivem para a violência. Mas há os que se
juntaram aos talibãs porque tinham perdido o emprego, porque estavam
desesperados e que não estão de todo ligados ao terrorismo. É esses que
temos de tentar reintegrar.

euronews: Para concluir, a
Itália e o governo Berlusconi são muitas vezes alvos de fortes
críticas, mesmo de ironia, por parte de numerosos media internacionais.
Enquanto chefe da diplomacia, como é que explica esta atitude?

F.
Frattini: Vejo muitas vezes retratos da Itália que nada representam a
Itália. Então pergunto-me: Será que são o resultado de uma falta de
conhecimento sobre a Itália? Talvez…. Ou será que estes retratos são
inspirados num espírito de competição e concorrência internacional que
usa desta forma a falta de respeito de um país?

Ainda por
cima, os italianos têm um jogo fantástico que é dizer mal do seu país
quando estão no estrangeiro. É uma fraqueza que temos de corrigir.Copyright ©️ 2010 euronewsFranco Frattini: “A crise na Grécia é uma prova de credibilidade para os países da zona euro CopyFranco Frattini: “A crise na Grécia é uma prova de credibilidade para os países da zona euro FaviconFranco Frattini: “A crise na Grécia é uma prova de credibilidade para os países da zona euro Favicon
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