Militar fez 'bluff' e conseguiu sozinho tomar o aeroporto
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Militar fez 'bluff' e conseguiu sozinho tomar o aeroporto
Militar fez 'bluff' e conseguiu sozinho tomar o aeroporto
Hoje
O coronel Costa Martins, que morreu no acidente aéreo de sábado, tornou-se conhecido por ter feito bluff na revolução de 25 de Abril de 1974. Este capitão de Abril estava responsável pela tomada de um dos pontos estratégicos naquela operação, o Aeroporto Internacional da Portela, em Lisboa, onde chegou sozinho. Mas não desistiu, avançou, anunciou que a zona estava cercada por forças militares e acabou por conseguir, sozinho, tomar o controlo do aeroporto.
Estava tudo estudado e programado, prevendo-se então que José Inácio da Costa Martins teria o apoio das forças terrestres, "que deveriam ter secundado a aproximação, mas atrasaram-se", recordou Tasso Figueiredo, outro militar da Revolução de Abril.
Costa Martins percebeu que "estava sozinho, mas disse que o aeroporto estava cercado por forças militares", lembrou o amigo.
Com o sucesso da operação, o marechal António Spínola, então presidente da Junta de Salvação Nacional - e o primeiro presidente da República após a Revolução dos Cravos -, convidou Costa Martins para ser membro do Conselho de Estado. Essa proposta foi-lhe feita no dia 31 de Maio de 1974.
Costa Martins seria também convidado para o cargo de ministro do Trabalho dos governos provisórios do primeiro-ministro Vasco Gonçalves. Aceitou a função que ocupou até Setembro de 1975, altura em que Vasco Gonçalves perdeu a sua influência, na sequência do Verão Quente.
Enquanto ministro do Trabalho, teve um papel importante na criação do salário mínimo nacional e do 13.º mês de salário e de outras conquistas sociais que vieram a ser consagradas na Constituição da República, frisou Rui Fernandes, da Comissão Política do PCP.
Com a transição do poder para o almirante Pinheiro de Azevedo (VI Gov.), o então major Costa Martins abandonou o cargo e o País.
Tasso Figueiredo recordou que a carreira de Costa Martins só foi "reconstruída" muitos anos mais tarde, após "um processo judicial que moveu contra o Estado" e que acabou por ordenar a sua reintegração na Força Aérea. Foi promovido ao posto de coronel, sem nunca ter voltado às fileiras.
O deputado e historiador Fernando Rosas lamentou ontem que Costa Martins tenha morrido sem conseguir do Governo a "reabilitação integral" após a justiça o ter ilibado de uma acusação de desvio de dinheiros públicos.
"Morreu seguramente amargurado pelo facto de o Governo nunca ter publicamente assumido a sua reabilitação integral quanto às acusações comprovadamente caluniosas e injustas que lhe foram feitas", disse Fernando Rosas.
Foi acusado de ter desviado fundos da campanha que lançou, enquanto ministro do Trabalho, "Um dia de salário para a Nação", tendo sido ilibado pelos tribunais.
"Mas houve aspectos da parte do Estado, da parte do Governo, em que nunca obteve justiça", assinalou Fernando Rosas à Lusa.
Revelou que, após uma conversa recente com Costa Martins, se preparava para apresentar um requerimento à actual ministra do Trabalho, Helena André, para que "tomasse a iniciativa de divulgar publicamente os resultados de um inquérito feito no ministério há uns anos e que o ilibavam".
Costa Martins, nascido em Messines, Silves, em 1938, dividia ultimamente o seu tempo entre a sua casa de Lisboa e o Algarve. O funeral realiza-se amanhã.
Hoje
O coronel Costa Martins, que morreu no acidente aéreo de sábado, tornou-se conhecido por ter feito bluff na revolução de 25 de Abril de 1974. Este capitão de Abril estava responsável pela tomada de um dos pontos estratégicos naquela operação, o Aeroporto Internacional da Portela, em Lisboa, onde chegou sozinho. Mas não desistiu, avançou, anunciou que a zona estava cercada por forças militares e acabou por conseguir, sozinho, tomar o controlo do aeroporto.
Estava tudo estudado e programado, prevendo-se então que José Inácio da Costa Martins teria o apoio das forças terrestres, "que deveriam ter secundado a aproximação, mas atrasaram-se", recordou Tasso Figueiredo, outro militar da Revolução de Abril.
Costa Martins percebeu que "estava sozinho, mas disse que o aeroporto estava cercado por forças militares", lembrou o amigo.
Com o sucesso da operação, o marechal António Spínola, então presidente da Junta de Salvação Nacional - e o primeiro presidente da República após a Revolução dos Cravos -, convidou Costa Martins para ser membro do Conselho de Estado. Essa proposta foi-lhe feita no dia 31 de Maio de 1974.
Costa Martins seria também convidado para o cargo de ministro do Trabalho dos governos provisórios do primeiro-ministro Vasco Gonçalves. Aceitou a função que ocupou até Setembro de 1975, altura em que Vasco Gonçalves perdeu a sua influência, na sequência do Verão Quente.
Enquanto ministro do Trabalho, teve um papel importante na criação do salário mínimo nacional e do 13.º mês de salário e de outras conquistas sociais que vieram a ser consagradas na Constituição da República, frisou Rui Fernandes, da Comissão Política do PCP.
Com a transição do poder para o almirante Pinheiro de Azevedo (VI Gov.), o então major Costa Martins abandonou o cargo e o País.
Tasso Figueiredo recordou que a carreira de Costa Martins só foi "reconstruída" muitos anos mais tarde, após "um processo judicial que moveu contra o Estado" e que acabou por ordenar a sua reintegração na Força Aérea. Foi promovido ao posto de coronel, sem nunca ter voltado às fileiras.
O deputado e historiador Fernando Rosas lamentou ontem que Costa Martins tenha morrido sem conseguir do Governo a "reabilitação integral" após a justiça o ter ilibado de uma acusação de desvio de dinheiros públicos.
"Morreu seguramente amargurado pelo facto de o Governo nunca ter publicamente assumido a sua reabilitação integral quanto às acusações comprovadamente caluniosas e injustas que lhe foram feitas", disse Fernando Rosas.
Foi acusado de ter desviado fundos da campanha que lançou, enquanto ministro do Trabalho, "Um dia de salário para a Nação", tendo sido ilibado pelos tribunais.
"Mas houve aspectos da parte do Estado, da parte do Governo, em que nunca obteve justiça", assinalou Fernando Rosas à Lusa.
Revelou que, após uma conversa recente com Costa Martins, se preparava para apresentar um requerimento à actual ministra do Trabalho, Helena André, para que "tomasse a iniciativa de divulgar publicamente os resultados de um inquérito feito no ministério há uns anos e que o ilibavam".
Costa Martins, nascido em Messines, Silves, em 1938, dividia ultimamente o seu tempo entre a sua casa de Lisboa e o Algarve. O funeral realiza-se amanhã.
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