Mário Soares diz que não tem gostado de "muitas coisas"
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Mário Soares diz que não tem gostado de "muitas coisas"
Mário Soares diz que não tem gostado de "muitas coisas"
22 | 03 | 2010 21.25H
“Há uma coisa que a mim me custa muito. É que haja pessoas que se sabe, até porque foram muito ostensivas na sua riqueza, que mexeram em patrimónios que não lhes pertenciam, que fizeram roubalheiras nos bancos, que atiraram bancos quase para a falência e que essa gente fique sem que a justiça se mexa”, afirmou.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
Por outro lado, apontou, “quando um pobre de um desgraçado tem qualquer coisa numa rua e rouba um pão porque tem fome, caem-lhe em cima, isso não é possível”.
Em sua opinião, “o que está a falhar é a actividade da justiça” disse, em declarações aos jornalistas, sem falar em casos concretos.
“Não me venham dizer que é o engenheiro Sócrates que não faz andar a justiça, porque ele não pode intervir nisso”, sustentou ainda.
Mário Soares, que proferiu uma conferência sobre o centenário da República a convite do Governo Civil da Guarda, disse durante a sua intervenção que a justiça portuguesa “não funciona bem”, apesar de ser soberana “e absolutamente independente dos governos”.
O ex-chefe de Estado também criticou a postura dos sindicatos dos magistrados, afirmando: “Não sei se os sindicatos dos magistrados têm sido boa coisa." Sublinhando que é função dos sindicatos dos magistrados defenderem "os direitos dos seus associados", o problema é, referiu, "quando se põem a opinar sobre política e dar lições de política aos políticos".
E foi mais longe, afirmando não compreender “como é que eles têm a desfaçatez de o fazer porque a política é uma coisa e a justiça é outra e devem ser separadas, como os negócios e a política”.
22 | 03 | 2010 21.25H
“Há uma coisa que a mim me custa muito. É que haja pessoas que se sabe, até porque foram muito ostensivas na sua riqueza, que mexeram em patrimónios que não lhes pertenciam, que fizeram roubalheiras nos bancos, que atiraram bancos quase para a falência e que essa gente fique sem que a justiça se mexa”, afirmou.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
Por outro lado, apontou, “quando um pobre de um desgraçado tem qualquer coisa numa rua e rouba um pão porque tem fome, caem-lhe em cima, isso não é possível”.
Em sua opinião, “o que está a falhar é a actividade da justiça” disse, em declarações aos jornalistas, sem falar em casos concretos.
“Não me venham dizer que é o engenheiro Sócrates que não faz andar a justiça, porque ele não pode intervir nisso”, sustentou ainda.
Mário Soares, que proferiu uma conferência sobre o centenário da República a convite do Governo Civil da Guarda, disse durante a sua intervenção que a justiça portuguesa “não funciona bem”, apesar de ser soberana “e absolutamente independente dos governos”.
O ex-chefe de Estado também criticou a postura dos sindicatos dos magistrados, afirmando: “Não sei se os sindicatos dos magistrados têm sido boa coisa." Sublinhando que é função dos sindicatos dos magistrados defenderem "os direitos dos seus associados", o problema é, referiu, "quando se põem a opinar sobre política e dar lições de política aos políticos".
E foi mais longe, afirmando não compreender “como é que eles têm a desfaçatez de o fazer porque a política é uma coisa e a justiça é outra e devem ser separadas, como os negócios e a política”.
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