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Portugueses agredidos e apedrejados em Espanha

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Portugueses agredidos e apedrejados em Espanha Empty Portugueses agredidos e apedrejados em Espanha

Mensagem por Vitor mango Seg Jun 09, 2008 1:57 pm

Portugueses agredidos e apedrejados em Espanha
17h40m
Hugo Silva, Ana Peixoto Fernandes e Rui Bondoso

“Temos relatos de motoristas que foram agredidos em Espanha. Outros corridos à pedrada”, disse ao JN um representante da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações. Entre Vila Real e o Porto, uma marcha lenta de camiões entupiu o IP4. Em Aveiras de Cima e Carregado, a GNR fez "várias" identificações entre os camionistas, na sequência de apedrejamentos de viaturas, pneus e depósitos de combustível furados.

Segundo Vítor Pereira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), há ainda registo de actos de vandalismo, com alguns espanhóis a cortarem os tubos de combustível, de forma a obrigar os camiões a ficarem parados em Espanha, onde se estima que há cerca de 90 mil veículos pesados em greve.

Vítor Pereira não soube precisar onde ocorreram os incidentes, nem quantos os motoristas envolvidos. O representante da FECTRANS está em Vilar Formoso desde as 10.00 da manhã, a prestar auxílio às largas dezenas de camionistas sitiados do lado português da fronteira, com receio de avançar para Espanha, temendo represálias. Ver reportagem

Agredido em Ourense

Um dos incidentes ocorreu em Orense, com um motorista da empresa “João Pires”, especializada em transporte de combustíveis. A frota, de 150 camiões, está parada, apesar de a empresa ser contra a paralisação, por receio das represálias dos espanhóis, que retiveram vários carros da companhia minhota, além de terem agredido um dos motoristas.

Os 150 camiões dos "Transportes Mário", que correm as estradas sob a sigla TMC, outra das grandes empresas do Minho, estão todos parados, temendo represálias dos piquetes de greve espanhóis. Segundo apurou a reportagem JN, os camionistas de Espanha deslocam-se em viaturas ligeiras e interceptam quem tentar cruzar Espanha de camião.

Segundo informações colhidas pela reportagem JN, os espanhóis estarão a deslocar um piquete de greve para a fronteira com Valença, de forma a impedir a entrada de portugueses em Espanha.

Marcha lenta de Vila Real ao Porto entupiu IP4

Ao que o JN apurou, duas dezenas de camiões iniciaram, às 16:30, uma marcha lenta desde a Zona Industrial de Vila Real com destino ao Alto de Espinho, no Porto, entupindo o IP4.

A maioria do percurso tem apenas uma faixa de rodagem, sendo que nas zonas onde existem duas os camionistas encostaram à direita para os veículos ligeiros poderem passar.

Em Albergaria, o ambiente está tenso, tendo ocorrido já alguns desacatos, sempre que algum camionista tentou furar o bloqueio. Mesmo quem não quer aderir à greve acaba por aceder à força da argumentação dos grevistas.

Em Braga, há indicação que os camionistas em protesto se dispersaram para vários pontos da cidade, para criar maior impacto.

Vários camionistas identificados à entrada de Lisboa

A GNR fez "várias" identificações entre os camionistas que estão paralisados entre Aveiras de Cima e Carregado, na sequência de apedrejamentos de viaturas, pneus e depósitos de combustível furados.

O Comando da GNR destacou reforços de reserva do Brigada Territorial 2 e da unidade de intervenção do Regimento de Infantaria, tendo efectivos no terreno em lugares considerados estratégicos, disse fonte da GNR à Lusa.

Os ânimos aqueceram durante a tarde, existindo relatos de depósitos de combustível e pneus de camiões furados, com o objectivo de tentar convencer os camionistas não aderentes à paralisação a encostarem.

Camiões apedrejados e pedido de escolta policial

Em Leiria, pelo menos dois pesados de mercadorias foram apedrejados por desconhecidos junto ao cruzamento do IC2 com a Estrada Nacional 109. O motorista de um dos veículos envolvidos no incidente se sentiu mal e foi assistido no local.

A reportagem JN apurou, junto de fonte da GNR, que cerca de meio milhar de camiões estiveram parados no distrito. Entre os incidentes a registar, há o caso, ainda de madrugada, de um camionista que alegou ter sido agredido por um militar, quando tentava evitar a queda da grelha do motor do seu veículo. A Guarda diz que o homem foi agarrado por suspeita de estar a provocar danos no veículo para evitar a marcha.

No acesso às portagens da A1, o piquete de greve terá furado o pneu de um camião e no IC2 outro camião ficou com os tubos de ar dos travões cortados e um penu furado.

Na Figueira da Foz, agentes da PSP estão, desde as 17:30, a negociar a saída de dois camiões, retidos contra a votade dos motoristas na zona industrial local. Quando um veículo se preparava para iniciar a marcha, os manifestantes reuniram-se em torno do camião e, entre as negociações com os agentes da polícia, foram cortados os tubos de alimentação.

Camiões parados em Viseu e Guarda

A situação está mais calma no interior de Portugal. De uma forma geral, as empresas de camionagem da área de Viseu e Guarda aderiram à greve. Por convicção ou em razão da força da greve em Espanha, os patrões optaram por mandar os motoristas para casa, deixando os camiões nos parques, temendo o que se está a passar em Vilar Formoso, onde uma delegação da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações está a aconselhar os motoristas a não cruzar a fronteira sem terem garantias de segurança.

A FECTRANS “está contra” esta paralisação, que diz ser uma “decisão dos patrões”. No meio, o mexilhão. “Mais tarde ou mais cedo vai haver uma greve dos motoristas”, disse Vítor Pereira, elencando as queixas de quem faz do volante a vida: “salários de miséria, carga horária excessiva, e falta de direitos, visto que muitas empresas não declaram à Segurança Social.”

Problemas que a FECTRANS quer discutir com o Governo, mas, diz Vítor Pereira, até hoje não houve resposta nem do Secretário de Estado dos Transportes nem do Ministro do Trabalho.
Vitor mango
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