Sinais de esperança no ar

Sinais de esperança no ar

O fato de os Estados Unidos terem anunciado que serão os juízes nas negociações de paz iniciadas no Oriente Médio significa que haverá um preço para o comportamento de israelenses e palestinos. O presidente Barack Obama, sem muita sutileza, informa que quer uma solução positiva do conflito em dois anos prazo que coincide com o fim de seu primeiro mandato presidencial.

O processo foi iniciado sem que se tivesse percebido claramente o que realmente acontecia. Imaginou-se apenas que George Mitchell, o enviado do presidente americano à região, estava fazendo uma nova tentativa de convencer ambos os lados a começarem negociações indiretas, passo inicial antes das negociações diretas e da esperada paz. Quando foi anunciado que Mitchell retornaria aos EUA, sem data para voltar ao Oriente Médio, concluiu-se que ainda não convencera lado algum. Nada transpirou até o porta-voz do Departamento de Estado anunciar que, desta vez, o enviado especial fora bem-sucedido.

Segundo os americanos, os dois lados adotaram medidas para criar um ambiente favorável ao sucesso das conversações. Israel, por exemplo, teria suspendido por dois anos os planos de construção de novas habitações para judeus em Jerusalém Leste. No entanto, à noite, uma fonte do governo israelense desmentiu esse compromisso.

Obama joga no Oriente Médio seu futuro político e seu papel na história. Se conseguir a paz, será um milagreiro. Inesquecível.

Entretanto, Israel entra para a OCDE, como membro de pleno direito.

E, como seria de esperar, os palestinos já contestaram o facto!