Banguecoque da minha janela...in combustoes
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Banguecoque da minha janela...in combustoes
16 Maio 2010
Banguecoque
da minha janela
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Combustões
em
16.5.10
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Camisas Vermelhas; Tailândia
Dentro
do bunker
Fome e lança-granadas:
As condições sanitárias são deploráveis, a comida já só
chega do exterior, pela última porta do campo ainda não selada pelas
forças armadas. Ao chegarem, os carros de abastecimento são literalmente
atacados pela multidão que começa a experientar os rigores do bloqueio.
Crianças-soldado carregavam volumes que considerei, no mínimo,
suspeitos. Um destes miúdos-alvo mostrou-se indeciso perante a minha
máquina fotográfica. Insisti que me deixasse ver o que carregava, mas
logo um miliciano de capacete militar e uniforme negro chegou aos berros
dizendo-me que eu nada tinha a ver com isso e que saísse do local.
Seria um lança-granadas ou um brinquedo ? Talvez nunca obterei resposta
para este segredo de polichinelo !
À saída, um grupo de milicianos
entretinha-se incomodar os estrangeiros que passavam nas imediações do
campo. Um canadiano foi ali espancado e fugiu em direcção ao primeiro
posto militar, situado a uns 300 metros de distância. Roubaram-lhe a
máquina fotográfica e partiram-lhe o relógio de pulso, pois recusou-se
fazer a generosa oferta à causa. Um facínora de óculos escuros e
ostentando uma pistola à cintura, que julguei o chefe do bando,
acercou-se e quis agredir-me sem mais, mas conhecendo a psicologia thai
falei aos berros e perguntei-lhe se eram essas as ordens que recebera
dos líderes vermelhos. Um elemento menos assomadiço aproximou-se para
aplacar o kapo e aproveitei para lhes lembrar que aquilo que estavam a
fazer era ouro sobre azul para desmontnar a ideia (que considero
romântica e plástica) da bondade dos grupos armados que os vermelhos
introduziram no campo e passaram a liderar o que resta da comuna de
Rachaprasong. A criatura agressiva ainda quis recorrer aos únicos
argumentos que domina - o porrete e a soqueira - mas foi agarrado por
velhote de olhar simpático, um vermelho ainda não absorvido pela cultura
da agressividade gratuita que assentou arraiais no bunker de
Rachaprasong.
Compreendo as palavras do porta-voz
do governo, o Professor Panitan, quando pela noite voltava a pedir a
rendição incondicional dos sublevados. O tempo das palavras acabou. Não
há negociações, pois já não há com quem negociar. O Estado não pode
negociar com bandos armados e gente que só conhece a linguagem das
armas.
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Combustões
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Camisas Vermelhas; Tailândia
Banguecoque
da minha janela
11.18 horas da manhã,
domingo cinzento e tiroteio generalizado. Já não há diálogo. Chegou a
vez de Marte falar. O exército que arrume a casa e defenda os cidadãos.
Estou certo que o fará.
domingo cinzento e tiroteio generalizado. Já não há diálogo. Chegou a
vez de Marte falar. O exército que arrume a casa e defenda os cidadãos.
Estou certo que o fará.
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Combustões
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16.5.10
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Camisas Vermelhas; Tailândia
Dentro
do bunker
Escudos humanos
em alta
em alta
Pelas 17
horas de ontem, estariam no campo vermelho, entre Chitlom e Siam, não
mais que 2000 pessoas. Como verificara na véspera, o número de escudos
humanos cresceu na proporção dos elementos violentos. Pessoas comuns,
com entrada e saída diárias, praticamente desapareceram, impedidas pelo
medo ou pelo exército de frequeentar o campo.
horas de ontem, estariam no campo vermelho, entre Chitlom e Siam, não
mais que 2000 pessoas. Como verificara na véspera, o número de escudos
humanos cresceu na proporção dos elementos violentos. Pessoas comuns,
com entrada e saída diárias, praticamente desapareceram, impedidas pelo
medo ou pelo exército de frequeentar o campo.
Fome e lança-granadas:
As condições sanitárias são deploráveis, a comida já só
chega do exterior, pela última porta do campo ainda não selada pelas
forças armadas. Ao chegarem, os carros de abastecimento são literalmente
atacados pela multidão que começa a experientar os rigores do bloqueio.
Crianças-soldado carregavam volumes que considerei, no mínimo,
suspeitos. Um destes miúdos-alvo mostrou-se indeciso perante a minha
máquina fotográfica. Insisti que me deixasse ver o que carregava, mas
logo um miliciano de capacete militar e uniforme negro chegou aos berros
dizendo-me que eu nada tinha a ver com isso e que saísse do local.
Seria um lança-granadas ou um brinquedo ? Talvez nunca obterei resposta
para este segredo de polichinelo !
À saída, um grupo de milicianos
entretinha-se incomodar os estrangeiros que passavam nas imediações do
campo. Um canadiano foi ali espancado e fugiu em direcção ao primeiro
posto militar, situado a uns 300 metros de distância. Roubaram-lhe a
máquina fotográfica e partiram-lhe o relógio de pulso, pois recusou-se
fazer a generosa oferta à causa. Um facínora de óculos escuros e
ostentando uma pistola à cintura, que julguei o chefe do bando,
acercou-se e quis agredir-me sem mais, mas conhecendo a psicologia thai
falei aos berros e perguntei-lhe se eram essas as ordens que recebera
dos líderes vermelhos. Um elemento menos assomadiço aproximou-se para
aplacar o kapo e aproveitei para lhes lembrar que aquilo que estavam a
fazer era ouro sobre azul para desmontnar a ideia (que considero
romântica e plástica) da bondade dos grupos armados que os vermelhos
introduziram no campo e passaram a liderar o que resta da comuna de
Rachaprasong. A criatura agressiva ainda quis recorrer aos únicos
argumentos que domina - o porrete e a soqueira - mas foi agarrado por
velhote de olhar simpático, um vermelho ainda não absorvido pela cultura
da agressividade gratuita que assentou arraiais no bunker de
Rachaprasong.
Compreendo as palavras do porta-voz
do governo, o Professor Panitan, quando pela noite voltava a pedir a
rendição incondicional dos sublevados. O tempo das palavras acabou. Não
há negociações, pois já não há com quem negociar. O Estado não pode
negociar com bandos armados e gente que só conhece a linguagem das
armas.
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Combustões
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