Israel: 80 mil judeus ultra-ortodoxos protestam nas ruas de Jerusalém – Polícia

Israel: 80 mil judeus ultra-ortodoxos protestam nas ruas de Jerusalém – Polícia



Perto de 80 mil judeus ultra-ortodoxos concentraram-se hoje em Jerusalém para denunciar a intervenção do Supremo Tribunal israelita em assuntos religiosos, indicou a polícia, que admitiu que o número de manifestantes pode aumentar nas próximas horas.

“Estão, neste momento, cerca de 80 mil (judeus ultra-ortodoxos) em Jerusalém e continuam a chegar mais. Provavelmente poderão alcançar os 90 ou 100 mil”, afirmou à agência AFP o porta-voz da polícia nacional israelita, Micky Rosenfeld.

Os manifestantes, todos vestidos de preto, querem denunciar a “ingerência” do Supremo Tribunal de Israel nos assuntos das comunidades religiosas, bem como afirmar a primazia da “Torah” judaica sobre a lei civil.

Esta onda de indignação dos judeus ultra-ortodoxos, a mais expressiva dos últimos 10 anos, surgiu após uma decisão do Supremo Tribunal, que proibiu a discriminação entre crianças askenazes (originários da Europa central e de leste) e sefarditas (originários do sul da Europa e do norte de África) numa escola religiosa feminina.

Viriato escreveu:Oh João. Explique-me lá a diferença entre esse fanatismo e o islamismo.

O interessante da questão é que diversas doutrinas do islamismo vêm do judaísmo.

Judaísmo e islamismo

O islamismo toma diversas de suas doutrinas do judaísmo, sendo que as duas religiões mantêm seu intercâmbio religioso desde a época de Maomé, com períodos de tolerância e intolerância de ambas as partes. É especialmente significativo o período conhecido como Idade de Ouro da cultura judaica, entre 900 a 1200 na Espanha muçulmana. Também deve enfatizar-se o atual conflito entre parte da população muçulmana e os judeus devido à questão do controle de Jerusalém e outros pontos políticos, históricos e culturais.

O islão reconhece os judeus como um dos povos do Livro, apesar de acreditarem que os judeus sigam uma Torá corrompida. Já o judaísmo não crê em Maomé como profeta e não aceitam diversos mandamentos do islão.

In Wikipédia

E como neste pequeno texto há várias hiperligações com desenvolvimento, aqui fica o link

http://pt.wikipedia.org/wiki/Juda%C3%ADsmo

para pesquisa.

Viriato escreveu:Oh João. Não me responda á Tribunus. A nossa (creio que mútua) consideração merece melhor resposta. Eu nunca quereria viver num país islamita. Nunca me sujeitaria ao barbarismo das leis. Talvez, se a isso fosse obrigado, viveria em Israel. Sei distinguir os contextos, embora não perceba o silêncio sobre a Arábia Saudita, cruel como tudo. Mas sempre dá para o petróleo. O que eu não aceito é que hoje, em pleno século XXI, de ambas as partes, existam radicalismos deste tipo. Só o que nos distingue é que dentro da barbárie comum, reconheço nos povos, por bárbaros ou atrazados que habitavam aquela zona, uma imposição pela força de se destruir um tecido humano que lá existia. E, que como a força é muita, se sujeite a todo o tipo de vexações e roubos, um povo, que com todos os defeitos, lá habitava. E não vejo vontade alguma, da parte dos judeus, (colonatos, apropriação da água e dos poucos terrenos aráveis, acesso ao mar, oucupação de Jerusalém, etc, etc, etc) numa solução de cooexistência. Eu, pacifista nato, tenho muitas dúvidas se lá vivesse não me tornaria um terrorista suicida.

Não me parece que lhe tenha respondido à Tribunus. Pelo menos, a minha intenção foi a de trazer aqui uma explicação pormenorizada, que eu levaria muito tempo a explanar de meu próprio punho e que iria ter ao mesmo, já que a História não se pode alterar, por mais que se faça.

A existência de radicalismos sempre existiu e vai continuar a exister em todas as áreas, independentemente do decorrer dos séculos. Na maioria dos casos, são idealismos e conceitos que passam de pais para filhos e isso tem mais força que um decreto ou uma evolução.

No caso Palestina/Israel, lá está o radicalismo, presente em ambos os lados, como bem o documentam as notícias que chegam até nós, sem solução à vista, a que se juntam interesses alheios ao conflito, mas que pesam, e como!!! na contínua ausência de solução.

Não sou, nem pró-judaísmo, nem anti-islamismo, enquanto ideologias, que qualquer um é livre de apoiar ou abraçar. Reconheço, no entanto, que se fosse obrigado a escolher entre uma e outra, não hesitaria na opção pela primeira, menos terrífica que a outra.

Isto não significa, todavia, que me identifique em tudo com Israel e seu modo de actuação, embora perceba que, ameaçado de extermínio total -e com fundamentalistas, isso tem de ser levado a sério- se defenda com unhas e dentes.

De resto, as hostilidades foram abertas pelos árabes, a partir de 1948, e nem os contínuos desaires (uma coisa é a realidade, outra a opinião internacionl, formada apenas pelos ecos que chegam) os têm levado a uma atitude de bom senso, fomentando a paz e não a guerra.

E a factura tem sido bem pesada, como o bloqueio a Gaza, com todo o seu cortejo de problemas para o respectivo povo o ilustra!

A vontade de resolver o problema não existe, DOS DOIS LADOS!

Não se iluda!

Viriato escreveu:

João Ruiz escreveu:De resto, as hostilidades foram abertas pelos árabes, a partir de 1948 (...)

Com franqueza, João. O que deveriam fazer os árabes ou qualquer outro mortal, quando lhe entram pela casa dentro. Porem-se de cócoras???

O que deveriam fazer? Olhe, serem mais inteligentes, por exemplo e terem o bom senso de aceitar o que lhes era oferecido, numa altura em que não existia um estado de guerra, para uma luta posterior (se assim o quisessem), em igualdade de circunstâncias.

Mas claro, que o diferendo religioso e o ódio aos judeus falou muito mais alto e estão à vista as consequências...