De Aljubarrota até Belém

De Aljubarrota até Belém

por MARIA DE LURDES VALE


Não há dúvida de que as portuguesas estão geneticamente marcadas pela padeira de Aljubarrota. Somos um país feminino/machista. Quem manda são as mulheres, e quem não quiser ver isto desta maneira está muito enganado. Elas mandam nos namoros, nos casamentos e nos divórcios. Dirigem a vida dos maridos (embora estes pensem que não), dos filhos (até bem tarde), e tentam conduzir a vida das noras. Só não o conseguem totalmente porque estas também são mulheres e percebem muito bem o alcance de certos recados. Também mandam nas universidades (onde são mais que eles), nas sondagens e nos resultados eleitorais. Como é que não iam mandar? Basta que uma mulher em cada família diga que não gosta do A ou do B para que todo o agregado passe a detestar o dito-cujo. O contrário é claro que também é válido. Se elas gostam, torna-se regra. Sócrates é primeiro-ministro porque caiu (ou ainda cai) bem no eleitorado feminino; vamos ver o que vai acontecer com Passos Coelho, mas tudo parece indicar que lhe basta um piscar de olhos para conseguir lá chegar. Qual é a mulher que não gostaria de ter um marido, um filho, um irmão, um sobrinho como o líder do PSD? É bonito, tem uma cara simpática, fala de uma forma tranquila, sóbria, doce... tem aquele ar de bom rapaz que apetece tomar conta. É assim que elas pensam e não há volta a dar. Quem diz que o século XXI vai ser o século das mulheres também se engana. Os séculos foram sempre delas, basta ler a Farsa de Inês Pereira para perceber de quão longe vem este poder, a única diferença daqueles tempos para os actuais é que hoje em dia está tudo mais à vista. Ou será que não continua válida a máxima do "mais vale asno que me carregue que cavalo que me derrube"?

Pois que se cuidem os homens e principalmente o nosso Presidente da República. Há cem católicas, pertencentes ao Movimento de Mulheres do Século XXI, que exigem uma candidatura alternativa à direita porque Cavaco Silva as desiludiu quando promulgou a Lei do Casamento Homossexual. Pois esta exigência faz lembrar a mesma que as mulheres e mães de Bragança fizeram há uns anos quando umas raparigas brasileiras foram viver para aquela cidade transmontana e os maridos e os filhos passaram a ficar mais tempo fora de casa e a contribuir com menos para a economia doméstica. Agora, como então, usou-se o argumento divino para afastar o Diabo dos cordeiros. As mulheres de Bragança escreveram ao bispo, as do século XXI escreveram a Bagão Félix. Mas porque é que não há nenhuma que se candidate a Belém? Se querem ser padeiras a sério, ao menos que ponham a mão na massa.

Vitor mango escreveu:padeira de aljubarrota nunca existiu

Já sabemos disso... há muito tempo!

maS NADA DEW PANICO
JA DIZIA O hERMANO SARAIVA
a PADEIRA ERA UMA FIGURA LENDARIA QUEW NUNCA EXISTIU E
E...CALCULEM QUE TENHO AQUI AO MEU LADO UMA. NETA DA NETA DA DITA CUJA
E ESTA PA DE FERRO
E MOSTRA