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A sentença favorável a Paulo Pedroso

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Mensagem por Viriato Dom Set 07, 2008 9:24 am

A sentença favorável a Paulo Pedroso

O caso Casa Pia, como o Apito Dourado e outros, é daqueles que nos faz temer qualquer um de nós, que algum dia tenha alguma coisa a ver com a justiça portuguesa e os seus agentes.

Paulo Pedroso foi detido preventivamente no decurso das averiguações sobre os abusos sexuais, continuados e repetidos, contra as crianças da Casa Pia.

Depois de muitas denúncias, de muitas teorias da conspiração e de muitos anos, é certo que houve abusos, portanto abusadores, é certo que houve vítimas, é certo que houve declarações bombásticas de antigos e recentes responsáveis governamentais e não só que tutelavam a Casa Pia e, numa indiscutível e muito suspeita coincidência, houve grande falatório sobre dirigentes políticos da área do PS.

Não consigo aperceber-me do que será na vida de qualquer pessoa a acusação de pedofilia.

Estive a ler a sentença sobre a condenação do Estado Português a pagar uma indemnização a Paulo Pedroso pela prisão preventiva a que esteve sujeito e fiquei a perceber que

(…) todos os indícios recolhidos eram claramente insuficientes para imputar ao arguido a prática de qualquer crime concreto e que não ocorriam os perigos de perturbação do inquérito e da ordem e tranquilidade públicas, não podemos extrair outra conclusão que não seja a de que nesse mesmo Acórdão (08/10/2003) se formulou o juízo de que a decisão determinativa da prisão preventiva imposta ao arguido, ora A., foi motivada por acto temerário enquadrável na figura do erro grosseiro. (…).*

(…) Significa isto que o Acórdão (08/10/2003) em causa não se bastou em proceder ao exame dos elementos em que o despacho de 15/07/2003 se estribou para decidir pelo reforço dos indícios da prática pelo arguido dos crimes que lhe eram imputados, como também analisou – como em nosso entender não poderia deixar de ser – todos os elementos disponíveis anteriores à primitiva decisão de decretamento da prisão preventiva, para da sua análise global concluir não haver indícios suficientes para imputar ao arguido a prática de qualquer crime concreto.(…).*


Ou seja, não só a prisão preventiva foi um erro grosseiro como não havia indícios para imputar qualquer tipo de crime concreto. Ainda bem que assim se decidiu, ainda bem para Paulo Pedroso.

Mas não deixa de me arrepiar a sensação de que, em Portugal, é preciso ser-se poderoso e influente para que o Estado resolva devolver um pouco da dignidade que resolveu retirar, sem que para isso tenha tido razão. Quantas e quantas pessoas não passaram e não passarão pelo mesmo calvário?


Por outro lado, como é possível que continue a haver a certeza de crimes sem culpados?


A névoa que envolve este caso continua, sem verdadeiros culpados condenados e sem verdadeira ilibação dos falsamente acusados. A suspeita e o simulacro de justiça num Estado que se diz de direito.

bolds e sublinhados meus

publicado por Sofia Loureiro dos Santos

Brilhante, como sempre. Ou, quem sai aos seus não degenera...
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Mensagem por Vitor mango Dom Set 07, 2008 9:37 am

FILHA e Pai Loureiros são de uma lucidez incrivel
Vitor mango
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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Dom Set 07, 2008 12:35 pm

ninguem disse que pedroso e inocente. sOMENTE QUE FOI PRESO DE UMA FORMA ERRADA. Agora MAOS A OBRA e cadeia com os PEDOFILOS!!!
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Mensagem por Vitor mango Dom Set 07, 2008 2:13 pm

RONALDO ALMEIDA escreveu:ninguem disse que pedroso e inocente. sOMENTE QUE FOI PRESO DE UMA FORMA ERRADA. Agora MAOS A OBRA e cadeia com os PEDOFILOS!!!

ninguem disse que pedroso e inocente.

Porra nao inverta..isso é batota meu caro
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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Dom Set 07, 2008 5:59 pm

Tem que ser PODEROSO e do PS, para se salvar da CADEIA. As criancas que se LIXEM!!
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Mensagem por Vitor mango Seg Set 08, 2008 1:21 am

RONALDO ALMEIDA escreveu:Tem que ser PODEROSO e do PS, para se salvar da CADEIA. As criancas que se LIXEM!!

porra NAO MISTURE CARAGO
os pedófilos DEVEM SER PRESOS E AS CRIANÇAS PROTEGIDAS
eSTE pEDROSO FOI AVALIADO E ANALISADO PELOS tribunais QUE DISSERAM QUE ELE FOI PRESO POR UM erro gROSSEIRO
... e uma coisa é o RON nao gostar da cara dele e outra é tudo o que é portuga é livre e tem direito a ter a cara levantada ate provarem o contrario


...voce que vai aos arames quando lhe dizem que bla bla bla da sua casa ...gosta ...nao tem um negocio LEGAL ?
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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Seg Set 08, 2008 1:27 am

NO FINAL vamos ver!!
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Mensagem por Viriato Seg Set 08, 2008 3:08 am

Leonel Moura

Erro grosseiro

leonel.moura@mail.telepac.pt

Jornal de Negócios



Não deve haver hoje maior opróbrio do que ser-se denunciado como pedófilo. É mais grave do que a acusação de assassino, muito pior do que a de ladrão ou vigarista. Em comparação, roubar velhinhos ou bater na mulher não são nada. Na escala dos crimes, o pedófilo está no lugar mais fundo, mais obsceno, mais negro, mais insuportável, mais sem perdão. Mas nem sempre foi assim.


Basta ler António Nobre. O interesse pela pedofilia é um fenómeno recente no mundo e em Portugal encontra-se rigorosamente datado pelo chamado caso Casa Pia. Só então parece ter-se descoberto que existem homens adultos que apreciam o sexo com jovens, crianças e até bebés. No seguimento, desde os testemunhos dos casapianos à profusão de sites na Internet, passando pelas redes internacionais, nunca mais pararam os relatos de tais horrores. O conceito banalizou-se e generalizou-se. Do desinteresse passou-se rapidamente para a paranóia e hoje fazer uma festa a uma criança na rua pode ser um gesto muito perigoso.

Entretanto, a própria natureza do crime que explora a inocência das crianças, tem permitido também o expediente oportunista para calúnias e ataques pessoais. Aconteceu noutros países, aconteceu por cá. Basta pensar que no início do processo Casa Pia praticamente toda a gente que é gente foi dada como suspeita de pedofilia. Não só os próximos da instituição, mas acima de tudo políticos, artistas, jornalistas. É bom recordar que esse foi um tempo em que a polícia elaborou um lindo álbum com retratos dos famosos, feito de recortes de jornais com caras de políticos e outros assíduos dos media e que mostrava diligentemente às vítimas para identificação de eventuais pedófilos. Que uma tal "técnica" pudesse facilmente levar à confusão entre reconhecimento público e reconhecimento do agressor não parece ter preocupado estes agentes, nem o Ministério Público, nem os juízes envolvidos. Assim num clima de histeria Portugal enveredou por uma caça às bruxas, exigindo culpados e aplaudindo uma justiça vindicativa mais do que uma justiça justa. Neste contexto entre tanta coisa delirante, basta pensar na exuberante Dra. Teresa Macedo, emergiram alucinados perigosos, de que Pedro Namora é o mais distinto e mais perseverante pois continua na mesma, e juízes dispostos à cavalgada justiceira. O resultado foi um processo Casa Pia mal formulado, incompetente e provavelmente, como iremos ver no futuro próximo, inconclusivo. Mas foi mais do que isso. Toda esta triste história resultou também na destruição implacável de vidas e carreiras. De Ferro Rodrigues por exemplo, mas ainda pior na de Paulo Pedroso.

É certo que o próprio cometeu alguns erros. Eu próprio na altura escrevi um violento artigo contra a inconcebível romaria de Paulo Pedroso à Assembleia da República no dia da sua libertação, não percebendo que um tal acto festivo só podia cair mal junto da população que acha, e com razão, que existe uma justiça para o comum das pessoas e outra para os poderosos. Mas esse erro não é minimamente comparável com o erro colossal de que ele foi objecto e lhe estragou por completo a vida. Foi como ser atacado subitamente por uma doença má e incurável.

A razão que agora lhe dão vale alguma coisa mas não apaga os estragos irremediáveis, nem a suspeita que ficará para toda a vida. É por isso que a atitude do Ministério Público que se apressou a anunciar novo recurso surge como particularmente aviltante. Pelo facto em si, recurso atrás de recurso, e pela redução de um tremendo drama a uma mera disputa de tostões. O que só vem confirmar que o Ministério Público não conseguiu até hoje definir com rigor o seu papel no regime democrático. Já são demasiados os casos em que mais do que ponderar factos e leis os seus magistrados se envolvem em verdadeiras perseguições pessoais. Para além disso era de esperar que o Ministério Público tivesse outro bom senso. Pois se é certo que um recurso que altera uma decisão anterior demonstra que a justiça tem mecanismos de regeneração, também não é menos verdade que decisões tão contraditórias denunciam um sistema que comete frequentes erros grosseiros e precisa de sucessivas reapreciações.
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Mensagem por Viriato Seg Set 08, 2008 3:57 am

5 parágrafos sobre facies e pedofilia

8 Setembro 2008 | por Paulo Pinto

O “caso Paulo Pedroso” podia estar encerrado. Já deveria estar encerrado. Mas não está, e corre o risco de arrastar-se indefinidamente. O “erro grosseiro” do juíz Rui Teixeira seria corrigido, justiça seria feita, e os danos causados ao deputado seriam indemnizados. E passávamos adiante. Em vez disso, já se avizinham recursos da Procuradoria, e aquilo a que se chama “colocar uma pedra sobre o assunto” ficou, uma vez mais, adiada. Isto sou eu a divagar. Porque o estigma nunca o largará, por muitos que sejam os reconhecimentos do erro. Sobre Paulo Pedroso penderá sempre a suspeita velada, o “não há fumo sem fogo” e outras manifestações mais ou menos confessadas de desconfiança. Será assim tão difícil admitir de vez que foi erro? Teremos da nossa capacidade de discernimento e dos juízos de Rui Teixeira uma opinião tão próxima da omnisciência e da infalibilidade? Ou há aqui algo mais do que a fria e desapaixonada análise dos factos?Acompanhei o “caso Casa Pia” sem grande empenho para além de um mediano interesse informativo, como qualquer mortal. Uma coisa me chocou particularmente: a forma emotiva como a questão foi tratada, uma autêntica paranóia colectiva que via, subitamente, pedófilos em todo o lado, nascidos como cogumelos onde quer que houvesse crianças. Manifestações “espontâneas” de populares em Lisboa, com gente a gritar “Rui Teixeira! Rui Teixeira”, como se o antipático juiz fosse um justiceiro que iria lavar Portugal da vergonha da mácula subitamente revelada nas manchetes. E um sentimento de “caça às bruxas”, não a bruxas quaisquer, mas aos poderosos, aqueles sempre impolutos e acima da Lei. Houve dias de autêntica sanha de adivinhar que outros “famosos” surgiriam envolvidos no caso, nas primeiras páginas do dia seguinte. Como se uma rede pedófila fosse um pequeno clube de políticos e figuras públicas. Se havia um lobby gay, porque não um lobby pedófilo, não é mesmo?

Mais grave, porém, foi a campanha de desinformação que amplificou, estendeu e alargou os preconceitos e ideias feitas sobre a questão, misturando pedofilia, abuso sexual de crianças, desvios à norma e… homossexualidade masculina. Não raras vezes ouvi comentários, mistos de ignorância, medo e revolta, sobre o assunto. Um homossexual como um pedófilo em potência ou, pior, um homossexual como um pedófilo preferencial. Um pedófilo como um homossexual realizado e satisfeito, em suma. Enormidades destas, sim, mais ou menos sussurradas ou ditas abertamente, e contra as quais não havia argumentos dissuasores eficazes.

No que toca a Paulo Pedroso, lembro-me de me ter causado forte impressão, não exactamente os meandros do processo, mas o circo promovido pelo marshall Rui Teixeira de que todos estamos recordados. E algo muito pior, muito mais desagradável e, sob certo ponto de vista, assustador: Paulo Pedroso era o alvo ideal da frustração de um país assustado, do medo e da ignorância. Um político em ascensão, ex-ministro, deputado. Tinha tudo contra ele: uma figura de gabinete, pouco brilhante no discurso, voz desagradável, ar antipático, óculos. E percebi que possuía uma característica que suscitava uma desconfiança adicional e irracional: uma cara redonda, imberbe. Ouvi eu de várias pessoas, sim: “tem cara de pedófilo, pá”. Quando pedia uma definição mais concreta sobre o que era exactamente uma “cara de pedófilo”, ouvia respostas variadas mas convergentes: que não era “normal”, que parecia “o Padre Frederico”, que tinha “cara de bebé chorão”, ou, mais prosaicamente, que “não sei bem, mas vê-se logo, pá, sabes bem o que quero dizer, não me lixes”. Era “esquisito”, em suma. E o “ser esquisito” dava-lhe passaporte automático para a culpa de envolvimento em abusos de crianças e jovens da Casa Pia. Lembro-me de ter divagado, entre o espanto e o incómodo, sobre estas formas de justiça ad-hoc que julgavam as pessoas pela cara, de forma tão taxativa e concludente. Pensei no que aconteceria se o Paulo Pedroso tivesse cara de Paulo Pires, voz de Cândido Mota, carisma de Mário Soares. Certamente que não suscitaria uma vaga tão unânime de certeza da sua culpa.

Hoje, posso estar errado, posso estar a ser injusto, posso estar a ser, eu próprio, preconceituoso acerca dos meus concidadãos. Mas não me convenci de que os murmúrios e os desabafos de suspeita, de desconfiança, de incerteza, que na blogosfera pairam sobre este caso e esta figura, não têm nada a ver com isto.


Publicado em Paulo Pinto, cinco dias
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Mensagem por Joaninhavoa Seg Set 08, 2008 7:47 am

Paulo Pedroso era o alvo ideal da frustração de um país assustado, do medo e da ignorância. Um político em ascensão, ex-ministro, deputado. Tinha tudo contra ele: uma figura de gabinete, pouco brilhante no discurso, voz desagradável, ar antipático, óculos. E percebi que possuía uma característica que suscitava uma desconfiança adicional e irracional: uma cara redonda, imberbe. Ouvi eu de várias pessoas, sim: “tem cara de pedófilo, pá”.

Acrescento outro facto
Não tinha barba
E Outro facto era que estava em moda no pais vizinho Um Juiz implacável contra a ETA e os bandidos que sem medo mandava executar tudo em sentenças e prisões
Suponho que o Juiz português quiz imitar o vizinho espanhol
Só que de Espanha nem bom ventos e casamentos ainda pior
Joaninhavoa
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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Ter Set 09, 2008 10:37 am

E INCRIVEL, como os BANDIDOS sao INOCENTADOS e as vitimas sao os MAUS da fita!!! As criancas e que cometeram um CRIME ao serem violadas!! ISTO DA-ME VOMITOS!!!
RONALDO ALMEIDA
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Mensagem por Admin Qua Set 10, 2008 1:01 am

RONALDO ALMEIDA escreveu:E INCRIVEL, como os BANDIDOS sao INOCENTADOS e as vitimas sao os MAUS da fita!!! As criancas e que cometeram um CRIME ao serem violadas!! ISTO DA-ME VOMITOS!!!

Caro RON
Estive para cortar esta acusação porque esta a insinuar uma acusação generalista a TODOS os arguidos no caso que cita
Depois queixa-se que que os seus comentários criam mal estar
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Mensagem por Admin Qua Set 10, 2008 1:05 am

Admin escreveu:
RONALDO ALMEIDA escreveu:E INCRIVEL, como os BANDIDOS sao INOCENTADOS e as vitimas sao os MAUS da fita!!! As criancas e que cometeram um CRIME ao serem violadas!! ISTO DA-ME VOMITOS!!!

Caro RON
Estive para cortar esta acusação porque esta a insinuar uma acusação generalista a TODOS os arguidos no caso que cita
Depois queixa-se que que os seus comentários criam mal estar

Repito
Que as pessoas que cita podem mete-lo no Tribunal mesmo estando aí nos EUA
Olhe que um colega aqui perto em Alcobaça foi a tribunal porque largou umas bocas num blog
Ora a Administração deste forum em nada repito em nada tem a ver com as acusações levianas que lança
Tudo o que é Portugues esta livre e tem direito ao seu bom nome
Todos somos inocentes ate o Tribunal nos acusar e julgar
E nao ao contrario
Este forum é de discutir noticias e ideias e não para pessoalizar a vida privada de alguem
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Mensagem por RONALDO ALMEIDA Qua Set 10, 2008 1:35 am

dESCULPEM-ME , MAS O QUE EU VEJO VEEM TODOS OS portugueses!!! aFINAL QUEM ESTA NA CADEIA? hA QUANTOS ANOS VEM ESTA chanchada?
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Mensagem por Vitor mango Qua Set 10, 2008 6:49 am



MARIA MADALENA,

A PROSTITUTA SAGRADA



A maioria dos homens acredita que a maior ofensa para uma mulher é ser chamada de "prostituta". A partir deste momento você entenderá com a história da Santa Maria Madalena e outras deusas mitológicas, como esta palavra foi tão depurtada pelo cristianismo.

Imagine-se agora, se puder, que estamos viajando no tempo, por terras estrangeiras, alcançando civilizações muito antigas. Com o olho de sua mente veja um templo cintilando de luz. Lá dentro há uma bela mulher coberta de véus, que virá em sua direção dançando. Seus braços são cobertos de braceletes dourados cravados de pedras preciosas e quando passa por você, sentirá um aroma delicioso de flores. Ela é só amor e êxtase. Ela é a nossa prostituta sagrada que se entrega à Deusa e aos estranhos cansados de viver que vão até o templo venerar a Deusa do amor.

Esta imagem fenomenal que contemplamos em nossa imaginação, já foi uma realidade em tempos muito antigos. Inscrições antigas desenterradas de templos, nos contam com mais detalhes destas cerimônias religiosas que eram celebradas em honra a Deusa do amor e da fertilidade. Quem ainda hoje não se encanta com a beleza da nudez de Afrodite?

Mas, quando a prostituição sagrada existiu, as culturas eram embasadas no sistema matriarcal. Nestes tempos, natureza e maternidade eram prioridade, pois tinha-se um mundo imenso para povoar. Entretanto, a natureza sexual dos homens era tida como uma atitude religiosa. Na Babilônia, todas as virgens, antes de casar, eram iniciadas na feminilidade através da prostituição em templos sagrados. Matronas romanas, da mais alta aristocracia, iam ao templo Juno Sospita para entrar no ato de prostituição sagrada quando era necessária uma revelação.

Independentemente de onde vinham, por uma origem real ou comum, por uma noite ou toda a vida, as prostitutas sagradas eram nesta época, muito numerosas. Todas elas gozavam de "status" social e eram muito cultas, pois passavam por iniciações e muito estudo. A maioria delas, eram política e legalmente iguais aos homens. No Código de Hamurábi, uma legislação especial salvaguarda os direitos e o bom nome da prostituta sagrada. Ela era protegida contra difamações, assim como seus filhos. Também por lei, a prostituta sagrada podia herdar propriedades de seu pai e receber renda da terra trabalhada de seus irmãos. Se insatisfeita, ela podia dispor da propriedade da maneira que julgasse conveniente.

Avançando alguns passos de tempo à frente já encontramos a imagem da prostituta sagrada totalmente deturpada. Foi exatamente quando o sistema matriarcal evoluiu para o patriarcal e patrilinear. Mas este trunfo do patriarcado não foi resultado de uma revolução violenta. Foi com o surgimento da política, do militarismo e do comércio que gerou-se a estratificação social. A mulher passou à condição de subordinada porque seus papéis deixaram de ser importantes para os novos valores. À medida que as conquistas foram acontecendo, um enorme número de povos foram se mesclando e as divindades de uma foram incorporadas à outra. Imagine a quantidade de deusas e deuses que eram cultuados. Ficou então resolvido, que o melhor seria criarem somente um Deus Supremo, para ser adorado. Do ponto de vista patriarcal, ele deveria logicamente ser masculino. Foi assim, que o homem criou novas doutrinas religiosas, de acordo com suas crenças na supremacia masculina. Deste modo, os antigos templos do amor, deram lugar à casa do Senhor, deslocando radicalmente os papéis das mulheres nos ritos religiosos.



Sob à nova tradição, a mulher tornou-se Eva, a encarnação da sedução, a ruína do homem. Sua simples existência era advertência para os desejos físicos, aos quais era necessário resistir mediante o medo de punição eterna. As mesmas qualidades pelas quais as mulheres foram outrora consideradas sagradas, agora são a razão para as degradarem.

Em nome do Senhor o homem começou a destruir todos os vestígios da Deusa e de sua defesa da felicidade sexual. Até o casamento não tinha mais como finalidade o prazer sexual, mas a criação de novas almas para adorar a Deus. Todo o prazer foi tirado da natureza humana e considerado pecado.

Com estas mudanças, as mulheres deixaram de ser consideradas em pleno gozo de seus direitos. A lei romana colocava a mulher sob sua tutela e afirmava que ela era imbecil. Na Grécia, as leis de Sólon não lhes davam direito algum. A lei hebraica condenava a mulher à morte caso não fosse casta na época de se casar e, se cometesse adultério, era apedrejada até a morte.

Essas novas leis são a antítese das atitudes em relação à mulher e à sua natureza sexual, as quais prevaleceram durante as eras em que a deusa era venerada.

Pois é neste contexto histórico que surge a nossa Maria Madalena.

QUEM ERA MARIA MADALENA?

Maria Madalena é a prostituta mais conhecida da história. Mas pergunta-se, quem era mesmo Maria Madalena?

Todas as incertezas a respeito de Maria Madalena deve-se à uma projeção totalmente alterada. Ela acabou presa entre as incongruências da interjeição moral cristã e a imagem arquetípica da natureza feminina erótica.

Existem poucas citações diretas sobre ela nos quatro evangelhos, porém ela está nominalmente presente nas passagens mais marcantes na vida do Cristo, como a Paixão e a Ressurreição. Ela é a discípula que ama o mestre acima de tudo e é testemunha da Sua Ressurreição, sendo a portadora da Boa Nova. Por isso ela pode ser considerada a primeira apóstola.

Marcos se refere a Maria Madalena como "aquela que Jesus havia tirado sete demônios". Lucas fala de uma mulher que segue Jesus, e que "havia sido curada de espíritos malignos e enfermidades"; se chamava Maria, provinha de uma cidade de Magdala, e Jesus expulsou dela sete diabos. Imediatamente antes disto, Lucas relata a cena com o fariseu, quando uma mulher sem nome lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, os secou com seus cabelos e logo o unge, em agradecimento ao perdão por parte de Jesus por seus pecados.

A justaposição nos leva a acreditar que as duas mulheres se identificam em uma só. A mesma história aparece em Mateus e Marcos, mas a mulher sem nome não é tachada de pecadora e lhe foi dada muita importância ao colocá-la na última Ceia, em Betania. Não unge os pés de Jesus, mas sim sua cabeça, de modo mais cerimonial em que se unge os reis, durante a cerimônia de um sacrifício ritual. Ante a indignação dos discípulos, que argumentam que o azeite foi mal gasto, pois poderia ser vendido e dado aos pobres, Jesus pede que sua ação seja considerada como um ato de celebração, dizendo:

-" Porque os pobres tereis sempre convosco, porém a mim não me tereis sempre (Marcos).

João, no entanto, acrescenta uma complicação a mais ao descrever a ressurreição de Lázaro, onde identifica de forma explícita a Maria de Betania com "a que ungiu ao Senhor com perfumes e lhe ungiu os pés com seus cabelos". João relata a cena no capítulo seguinte de forma muito similar aos outros Evangélicos, não tachando Maria como pecadora: "Então Maria, tomando uma libra de perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os secou com seus cabelos. E a casa se encheu do odor do perfume". Porém João não identifica em modo algum a Maria de Betania e a Maria Madalena.

Em outras fontes que não as Escrituras cristãs, já encontramos uma imagem bem diferente de Madalena e sua função.

Nos Evangelhos Gnósticos ela é vista como líder ativa no discipulado de Cristo. Talvez fosse até, uma professora dos apóstolos. O gnóstico "Evangelho de Felipe" relata "a união do homem e da mulher como símbolo da cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e Madalena que, diz ele, era freqüentemente beijada por ele". Ele descreve Maria Madalena como "a companhia mais íntima de Jesus, e símbolo da Sabedoria Divina".

De acordo com o "Diálogo do Salvador", Maria Madalena foi uma dos três discípulos a receber ensinamentos especiais, e era elogiada acima de Mateus e Tomé. Dizia-se que "ela falava como mulher que conhecia o Todo".

Mas, a atenção especial que recebia Maria Madalena, acabou gerando rivalidade entre ela e os outros discípulos. Em "Pists Sophia", há algo a respeito de Pedro irritando-se porque Maria Madalena dominava a conversa com Jesus. Ela parecia entender tudo o que Cristo falava, enquanto os outros, não tinham tanto alcance.Pedro em função disso, temia perder sua posição de liderança na nova comunidade religiosa. Ele exige que Jesus a silencie e é imediatamente censurado. Mais tarde, Maria admite a Jesus que não ousa falar a ele livremente porque, segundo suas palavras: "Pedro faz-me hesitar; tenho medo dele porque ele odeia a raça feminina". Jesus responde que quem quer que o espírito tenha inspirado é divinamente ordenado a falar, seja homem ou mulher.



No "Evangelho de Maria", há uma passagem que os discípulos abatidos com a crucificação, pedem para Maria Madalena que os animassem, contando-lhes coisas que Jesus dissera e ela em particular. Ela fala então, de sua visão de Cristo e o que ele tinha revelado a ela. Todos duvidaram e a rechaçaram.

Nos "Evangelhos Gnósticos", Maria Madalena é considerada uma mulher capaz, ativa, amorosa, com habilidades de conhecer e falar "o Todo", o que talvez seja uma referência à mais alta Sabedoria, certa compreensão que o coração recebe e contém. Maria Madalena possuía a habilidade de saber das coisas inexplicáveis, como sua visão de Cristo. Ela não questionava este seu lado, como os outros. Ela confiava em sua fonte mais íntima. Ela conseguia ver os emissários divinos e transmitir suas mensagens aos humanos. Como prostituta sagrada, ela era mediadora entre o mundo divino e o mundo dos humanos.

Maria Madalena também operava milagres. Conta-se que após ela ver o Cristo ressuscitado, corre para contar aos outros discípulos. No caminho, encontrou Pôncio Pilatos e falou-lhe sobre a maravilhosa novidade.

-"Prove-o", disse Pilatos.

Naquele instante, passou ao seu lado uma mulher que carregava uma cesta de ovos, e Maria Madalena tomou um em suas mãos. Quando ergueu diante de Pilatos, o ovo adquiriu uma cor vermelho-vivo. Como testemunho desse efeito lendário, na catedral em Jerusalém que porta seu nome há uma estátua de Maria Madalena segurando um ovo colorido.

Aliás, o ovo é um símbolo muito apropriado para este contexto histórico, porque ele simboliza uma nova vida. Ovos coloridos ainda hoje são usados com semelhante simbolismo em nossa Páscoa.

Cultuar seus símbolos é uma forma de evocarmos os auspícios de Maria, e meditar sobre eles é uma forma de penetrar em seus mistérios.

Desde o início da Idade Média, Santa Maria Madalena tem fervorosa devoção, principalmente na Europa, de todos os destituídos, prostituídos, pecadores e despossuídos, que estão em busca de um verdadeiro arrependimento. Várias instituições foram criadas levando o seu nome, para o acompanhamento e orientação, principalmente, de mulheres vítimas da prostituição.

Diz a lenda, que após a volta do Cristo para junto de Seu Pai, Maria Madalena partiu em busca do isolamento, chegou até a costa francesa, passando o resto de sua vida em penitência e adoração ao Cristo, habitando em uma gruta. Como não se alimentava, anjos vinham constantemente em seu socorro, até que veio a falecer e sua alma foi levada por um cortejo de anjos, para o céu, junto ao seu Salvador. Em 1279 seu corpo apareceu milagrosamente na cripta da igreja de St. Maximin, em Aix-en-Provence.

Mas, Maria Madalena não é só lembrada por sua renúncia a sexualidade. Em a "Leyenda Áurea", Jacobo de Vorágine a descreve como a Mãe dos Reis e dos merovíngios, governadores da França, anteriores à Carlos Magno, reivindicarão que descendiam dela. Dado que acreditavam que era consorte de Jesus, na realidade estavam dando a entender que descendiam de Deus.



Em quadros renascentistas , uma das imagens mais características de Maria Madalena é uma mulher chorosa com um jarro de azeite de ungir em uma das mãos. Essa imagem a seguiu em forma de lenda até Provenza, onde lhe foi dedicado um santuário que se ocultava em uma brecha de uma montanha, na cova de Sainte Baume, perto de Saint Maximin. Foi proclamada a existência de suas relíquias em numerosos lugares no sul da França; se acreditava que as três Marias, junto com Marta e Lázaro, chegaram em uma barca à um lugar que se deu seu nome. "Les Saintes Maries de la Mer". A imagem do pranto se considerava uma das qualidades que definiam Maria Madalena: o vocábulo inglês "maudlin" (sensível, chorão) que passou à língua inglesa através da francesa, é uma derivação de seu nome.

Maria Madalena, parece ter sido a antítese de Maria, ou seja, como se a maternidade virginal, necessita-se da mulher que não era casta, porém, cujo "pecado original" havia sido redimido. O erro, que caracteriza a todo pensamento literal, de pensar que um extremo compensará o outro, fala uma vez mais: ambas alternativas terminam por situar-se ao mesmo nível. Tanto virgem como prostituta são consideradas em termos plenamente sexuais e a diferença é, a final, só uma diferença entre distintos tipos de serviços. No entanto, termina por ser Maria Madalena, e não Maria a Mãe, quem transcende sua definição doutrinal: é ela quem chorará e preparará o corpo sem vida de Jesus e é ela quem presencia todas as fases do drama da transformação. É ela, portanto, a mediadora entre o mistério da ressurreição e o entendimento ordinário dos discípulos, que consideram que o relato que ela lhes conta é o relato de seu Senhor.

Maria Madalena como vemos, continua sendo uma figura proeminente na tradição cristã por uma razão psicológica. A dimensão arquetípica da natureza feminina erótica elege uma figura para ser a portadora de sua projeção. A questão é que os seres humanos, em sua busca espiritual, têm que encontrar uma imagem do feminino que tenha relação com aspectos eróticos da Deusa. Mas a repressão da sexualidade pelo pai cristão manipulou a imagem de maneira que Maria Madalena fosse vista como penitente, renunciando à sua sexualidade.

Diferentemente do homem antigo, cujo amor pelo erótico era considerado compatível com a espiritualidade, esses líderes cristãos negaram exatamente o necessário para a renovação da vida.

Maria Madalena é uma figura feminina com que todas nós mulheres podemos nos relacionar sem trairmos a nossa essência. Como uma prostituta sagrada, é capaz de encerrar todos os aspectos dinâmicos e transformadores do feminino: paixão, espiritualidade e prazer A imagem feminina de Maria Madalena, pode ser portadora de muitos outros significados, quando sua natureza plena for restaurada dentro da nossa psique.



A imagem da Deusa divina que personifica os aspectos risonho, radiante, sábio, independente e sensual da natureza feminina existe desde que se tem registros históricos. E pode continuar a existir em nosso tempo se permitirmos que a sua imagem seja restabelecida e que tome seu lugar de direito na compreensão consciente.

Texto pesquisado e desenvolvido por

Rosane Volpatto




Bibliografia consultada

A Prostituta Sagrada - Nancy Qualls-Corbett

La Diosa - Shahrukh Husain

El Mito de La Diosa - Anne Baring/Jules Cashford
Vitor mango
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Pontos : 117551

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