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Crise rouba clientes às prostitutas

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Jun 27, 2010 3:45 am

Crise rouba clientes às prostitutas

por PATRÍCIA JESUS
Hoje

Crise rouba clientes às prostitutas  Ng1310947

Na rua, a vida está mais difícil do que nunca. Os clientes aparecem menos, regateiam mais, e as mulheres precisam de passar longas horas à espera para conseguir sobreviver. Em desespero, arriscam-se mais. Conseguir sair da prostituição também é mais difícil em tempo de crise: não há empregos para quem não tem outra experiência e os salários não chegam para quem tem filhos para sustentar.

"Não é que eles não queiram, mas não há dinheiro. Sempre tentaram regatear, mas agora regateiam ainda mais..." Clara anda na vida desde os 20 anos. Agora, aos 36, quando os clientes escasseiam por causa da crise, está a tentar abandonar a rua. Mas a mesma escassez de dinheiro que lhe tem diminuído a procura ainda a obriga a procurar "amigos" nas pensões do Intendente, em Lisboa.

A falta de clientes das prostitutas da rua tem sido uma consequência da crise, concorda Ingrid Alvaredo, coordenadora das equipas de rua das Irmãos Oblatas, na capital. Mas dentro de portas a realidade é outra: multiplica-se o número de mulheres a trabalhar em "apartamentos", bares e casas de massagens, alerta Inês Fontinha, a directora da Associação O Ninho.

"É mais complicado viver da prostituição, porque há menos clientes e aparecem menos vezes. Logo, as senhoras passam mais horas na rua para conseguir o dinheiro que precisam para sobreviver. É uma queixa recorrente nos últimos meses", acrescenta Ingrid Alvaredo. Mas a crise nota-se de outras formas: na falta de clientes e na falta de apoios. "Há cada vez menos organizações no terreno a prestar ajuda", conta.

Ingrid não exclui que fora das áreas de actuação das equipas - que cobrem o Intendente, Praça da Figueira, Instituto Superior Técnico e Artilharia 1, em Lisboa - ou noutros horários, haja aumento, mas isso não se vê nos registo diários. "É uma população em que há sempre flutuação. Há umas que desaparecem durante uns meses, quando arranjam um companheiro ou um trabalho." Em 2009, as Irmãs acompanharam cerca de 400 prostitutas de rua em Lisboa.

Segundo a directora da Associação O Ninho, que tem uma área de actuação mais abrangente, há mais mulheres vulneráveis por causa de falta de dinheiro. E isso reflecte-se no aumento da prostituição "em 'apartamentos' (bordéis), bares de espera, bares de alterne, agências, casas de massagens".

Céu, com 26 anos de experiência, já passou por apartamentos e pela rua e acha que agora já não se ganha dinheiro como antigamente. Não tem sequer que ver com a idade - porque há sempre os que preferem as mais velhas, garante, e porque não parece ter 46 anos - mas sim com a crise. "Fico muito tempo planta-da na rua, a olhar para o boneco. Nota-se que não há dinheiro. Andam pela rua toda a perguntar os preços até decidir", conta. Por isso, há três meses, que não põe os pés na rua, com a ajuda da Irmãs Oblatas.

O que leva as prostitutas às ruas, excepto nos casos de tráfico humano, é mesmo a falta de dinheiro e de uma rede de suporte, diz Ingrid Alvaredo. "Muitas, a maioria mesmo, têm uma família, fi-lhos para sustentar." E quando não se consegue o dinheiro necessá-rio arrisca-se mais. "Elas preocupam-se com a segurança, mas quando chega ao final do dia e não ganharam nada aceitam trabalhos mais perigosos, entram em carros em que não entrariam."

Por isso, o trabalho das Irmãs é junto das mulheres na rua - são as que estão mais expostas. A falta de apoios para tirá-las da prostituição é uma realidade com a qual convivem há muito e os anunciados cortes nas prestações sociais agudizam essas preocupações. Para além do rendimento mínimo de inserção, não há apoios específicos para combater a prostituição, que "não é vista como um problema social".

In DN

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Mensagem por ricardonunes Dom Jun 27, 2010 4:26 am

Crise rouba clientela às prostitutas

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ricardonunes
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Mensagem por Vitor mango Qui maio 31, 2012 12:46 am

amen

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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