Telescópio espacial mostra ‘luz mais antiga’ do universo
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Telescópio espacial mostra ‘luz mais antiga’ do universo
Telescópio espacial mostra ‘luz mais
antiga’ do universo
Ao fundo, em magenta
e amarelo, vê-se a luz mais antiga do Universo, formada 380 mil anos
após o Big Bang
Ampliar imagem
A agência espacial europeia
divulgou nesta segunda-feira a primeira imagem do cosmos feita pelo
telescópio espacial Planck, na qual é possível ver a “luz mais antiga”
do universo.
A luz – chamada de radiação de micro-ondas
cósmica de fundo – é associada ao chamado big bang, a grande explosão
na qual os cientistas acreditam que o universo foi criado, há cerca de
14 bilhões de anos.
A parte central da foto é dominada por grandes
porções da nossa galáxia, a Via Láctea. A linha horizontal brilhante
atravessando a imagem é o eixo principal da galáxia.
É nessa região que se formam hoje a maioria das
estrelas da Via Láctea, mas como a foto registra apenas luz com
comprimentos de onda longos (invisíveis ao olho humano), o que vemos na
realidade não são estrelas, e sim o material do qual elas são feitas,
poeira e gás.
Mas a foto também mostra, em magenta e amarelo, a
radiação cósmica de fundo.
Formada 380 mil anos após o Big Bang, essa
radiação de calor só pôde circular pelo espaço quando um resfriamento no
Universo pós-Big Bang permitiu a formação de átomos de hidrogênio.
Os cientistas dizem que, antes desse estágio, o
cosmos era tão quente que matéria e radiação estavam "fundidas". O
Universo, seria, então, opaco.
Rascunho
Os instrumentos do Planck podem detectar
variações de temperatura nessa radiação antiga que auxiliam a
compreensão da estrutura do Universo no momento de sua formação e que
são uma espécie de rascunho de tudo o que se sucedeu depois.
Foram necessários mais de seis meses para que o
telescópio espacial conseguisse montar o mapa.
O Planck, lançado ao espaço em maio do ano
passado, já está montando uma segunda versão do mapa. A idéia é que ele
faça pelo menos quatro versões.
Os cientistas vão precisar de tempo para
analisar todas as informações e avaliar suas implicações. A divulgação
formal de imagens completas da radiação cósmica de fundo e de análises
científicas sobre elas não deve acontecer antes do fim de 2012.
Segundo os pesquisadores, as informações
coletadas constituem um banco de dados extraordinário, que os ajudará a
compreender melhor como o Universo adquiriu a aparência que tem hoje.
"É uma foto espetacular, uma coisa linda", disse
à BBC Jan Tauber, um dos cientistas da missão Planck.
antiga’ do universo
Ao fundo, em magenta
e amarelo, vê-se a luz mais antiga do Universo, formada 380 mil anos
após o Big Bang
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A agência espacial europeia
divulgou nesta segunda-feira a primeira imagem do cosmos feita pelo
telescópio espacial Planck, na qual é possível ver a “luz mais antiga”
do universo.
A luz – chamada de radiação de micro-ondas
cósmica de fundo – é associada ao chamado big bang, a grande explosão
na qual os cientistas acreditam que o universo foi criado, há cerca de
14 bilhões de anos.
A parte central da foto é dominada por grandes
porções da nossa galáxia, a Via Láctea. A linha horizontal brilhante
atravessando a imagem é o eixo principal da galáxia.
É nessa região que se formam hoje a maioria das
estrelas da Via Láctea, mas como a foto registra apenas luz com
comprimentos de onda longos (invisíveis ao olho humano), o que vemos na
realidade não são estrelas, e sim o material do qual elas são feitas,
poeira e gás.
Mas a foto também mostra, em magenta e amarelo, a
radiação cósmica de fundo.
Formada 380 mil anos após o Big Bang, essa
radiação de calor só pôde circular pelo espaço quando um resfriamento no
Universo pós-Big Bang permitiu a formação de átomos de hidrogênio.
Os cientistas dizem que, antes desse estágio, o
cosmos era tão quente que matéria e radiação estavam "fundidas". O
Universo, seria, então, opaco.
Rascunho
Os instrumentos do Planck podem detectar
variações de temperatura nessa radiação antiga que auxiliam a
compreensão da estrutura do Universo no momento de sua formação e que
são uma espécie de rascunho de tudo o que se sucedeu depois.
Foram necessários mais de seis meses para que o
telescópio espacial conseguisse montar o mapa.
O Planck, lançado ao espaço em maio do ano
passado, já está montando uma segunda versão do mapa. A idéia é que ele
faça pelo menos quatro versões.
Os cientistas vão precisar de tempo para
analisar todas as informações e avaliar suas implicações. A divulgação
formal de imagens completas da radiação cósmica de fundo e de análises
científicas sobre elas não deve acontecer antes do fim de 2012.
Segundo os pesquisadores, as informações
coletadas constituem um banco de dados extraordinário, que os ajudará a
compreender melhor como o Universo adquiriu a aparência que tem hoje.
"É uma foto espetacular, uma coisa linda", disse
à BBC Jan Tauber, um dos cientistas da missão Planck.
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