Paul Krugman coloca Portugal na rota dum eventual desmantelar do Euro
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Paul Krugman coloca Portugal na rota dum eventual desmantelar do Euro
Ruptura da Zona Euro
por
RTP
actualizado às 19:56 - 11 Julho '10
Paul Krugman coloca Portugal na rota dum eventual desmantelar do
Euro
publicado
19:55
11 Julho '10
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"Acredito que há uma possibilidade plausível de a Grécia ser
forçada a sair e esse contágio provocaria sérios problemas a todos os
outros, especialmente Portugal", disse Paul Krugman
O Prémio Nobel da Economia apontou a
"possibilidade plausível de a Grécia ser forçada a sair do euro". Paul
Krugman adverte que perante essa circunstância haveria um contágio a
todos os países da Zona Euro, em particular a Portugal.
Paul Krugman coloca Portugal na rota dum
eventual desmantelar do Euro
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"Não me surpreenderia ver um dos países a ser forçado a sair do
Euro", apontou o Nobel da Economia durante uma entrevista ao jornal
espanhol El Pais.
"Acredito que há uma possibilidade plausível de a Grécia ser forçada a
sair e esse contágio provocaria sérios problemas a todos os outros,
especialmente Portugal, e logo depois possivelmente seriam a Espanha e a
Irlanda", disse Paul Krugman, acrescentando por outro lado não
acreditar que a Europa venha a colapsar.
Ficaria "realmente surpreendido" se França, Alemanha ou os países do
Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) não defendessem "com unhas e
dentes a moeda única no futuro mais imediato", sublinhou o economista,
professor da Universidade de Princeton.
Ruptura da Zona Euro como solução para a Europa
De acordo com um relatório da consultora Capital Economics, o
desmantelamento da Zona Euro poderia ser o caminho para livrar as 16
nações deste grupo de anos de estagnação económica, ao potenciar a
competitividade dos membros mais fracos e a procura interna na Alemanha.
"A ameaçadora rotura da Zona Euro, que muitos vêem como um potencial
desastre, na verdade abriria a porta a um renovado crescimento
económico, não apenas para os membros mais fracos da Zona Euro, mas para
a Europa como um todo", apontam os analistas da consultora com sede em
Londres.
A Capital Economics defende que as economias mais fracas da Europa
enfrentam "anos de dificuldades económicas" ao serem obrigadas a
encolher custos e preços para voltar a ganhar competitividade face à
Alemanha, gigante europeu que continua a gerir um excedente comercial e a
restringir a procura interna.
O relatório defende que se Itália, Espanha, Irlanda, Portugal e Grécia
voltassem às suas antigas moedas estariam em condições de reduzir
rapidamente o fosso de competitividade, já que poderiam desvalorizar e
permitir um crescimento das exportações.
"Isto ofereceria uma via de fuga às dificuldades através do crescimento
económico, em vez de uma depressão", aponta a Capital Economics, que não
vê no fim da Zona Euro uma tragédia para a Alemanha, uma vez que um
readoptado marco alemão valorizaria e forçaria o governo a expandir a
procura interna para manter postos de trabalho e crescimento. Melhorado o
nível de vida dos alemães cresceriam as importações dos outros países
da Zona Euro, o que ajudaria a reequilibrar a economia do Velho
Continente.
Vitor mango- Pontos : 117475
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