Poluição em S. Pedro de Moel

Poluição em S. Pedro de Moel
01h28m
João Pedro Campos

O aparecimento de manchas de cor acastanhada e verde no mar tem alarmado os banhistas das praias de Pedrógão Grande, Praia da Vieira e São Pedro de Moel. As autoridades já procederam às análises e afirmam não ter detectado perigo para as populações.

As manchas terão aparecido na água há cerca de duas semanas, tendo-se estendido para a areia. Ao que o JN conseguiu apurar junto de banhistas, a sujidade gera uma espuma esverdeada e um cheiro insuportável.

Ontem, a situação em São Pedro de Moel piorou, o que levou o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Álvaro Pereira, a visitar o local. Segundo o autarca, já foi feita uma intervenção no sentido de atenuar os problemas no areal. “Desloquei-me ao local porque já é uma situação recorrente e recebi queixas de várias pessoas”, conta.

Álvaro Pereira afirma desconhecer as causas do aparecimento das manchas, mas destaca que a origem da sujidade terá de ser identificada. “Na próxima semana há uma reunião com o governador civil de Leiria e é um dos assuntos a tratar”, explica.

O comandante da capitania da Nazaré, Albuquerque e Silva, confirma ter sido detectada sujidade na água e no areal das praias, afirmando terem sido já recolhidas amostras para analisar.

Jorge Costa, da Autoridade de Saúde de Leiria, remete informações para um comunicado da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Centro lançado a semana passada, segundo o qual “os resultados da primeira análise efectuada à qualidade da água durante a permanência das espumas demonstram que a ocorrência se deve à presença de fitoplâncton, não tendo sido detectadas espécies portadoras de toxicidade”.

O mesmo comunicado entende não se justificarem medidas especiais de salvaguarda da saúde pública para além da necessária limpeza das praias, “a efectuar pelas autarquias, e da informação ao público dos cuidados genéricos a ter”. Avisa, porém, que a recolha de amostras extraordinárias vai continuar. Em São Pedro de Moel, a ARH Tejo indica que a água está “própria para a prática balnear”.