Fui jantar ao tonico nas paredes ... um cherne com feijao verde
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Fui jantar ao tonico nas paredes ... um cherne com feijao verde
Paredes
da Vitória - sua História
A povoação de Paredes da Vitória situada a mais ou
menos 7 Km de Pataias, é hoje apenas conhecida pela sua
praia e pela procissão anual realizada a 15 de Agosto em honra de
Nossa Senhora da Vitória, e que entre Pataias
e esta localidade, a viagem é realizada em burros, cavalos, tractores
agrícolas e bicicletas devidamente decoradas para o evento, em que todas
as pessoas podem participar desde que tenham o seu veículo devidamente
decorado.
A presença humana no local onde se fundou a vila de Paredes remonta,
segundo vestígios arqueológicos, à Pré-História, mas terá sido
particularmente evidente na época da ocupação romana.
A antiga vila de Paredes encontrava-se edificada no
planalto, isto é, no cimo de uma encosta virada para o mar, sobressaindo
o seu porto aberto na escarpa, defendido por um esporão natural da
rocha contra incursões oriundas do mar.
Paredes hoje não passa de uma pequena aldeia, sem qualquer porto,
situada no fim do pequeno vale, irrigado por um pequeno ribeiro,
absorvido pelas areias da praia. O local da antiga vila, está ainda hoje
assinalado pela presença da Capela de N. Sra. da Vitória
e o que resta da casa do guarda florestal.
O topónimo “Paredes” é relativamente comum e regra
geral indica que os povoadores que lhes deram os nomes encontraram "paredes",
"muros" ou "muralhas" isto é, ruínas
de povoados anteriores, de cujo nome não havia memória.
Assim, Paredes da Vitória, Vale de Paredes ou
Praia das Paredes são topónimos que designam a mesma
povoação, situada no litoral norte do concelho de Alcobaça,
freguesia de Pataias.
As referências à povoação são muito antigas, existindo mesmo vestígios
na Serra d’Aire e Candeeiros de uma estrada romana (Estrada
Romana da Carreirancha - Alqueidão da Serra)
datada entre os séculos I a.C. e I d.C., que faria a ligação entre Tomar
e o Porto de Paredes, Collipo (Leiria) e Conimbriga.
A importância do Porto de Paredes assumiria grande
importância já nos séculos XII e XIII, e mais tarde sob domínio do Couto
Cisterciense do Mosteiro de Alcobaça, a partir do qual seriam
exportados os produtos agrícolas da região.
D. Dinis, o Rei Lavrador, concede foral ao Porto
de Paredes em 1282 (17 de Dezembro de 1282). Este primeiro
foral era uma carta de povoação para 30 moradores, que eram obrigados a
ter seis caravelas, pelo menos, preparadas para a pescaria. «Para que
acomodassem casa, lhes mandou dar D. Dinis a cada um
seu moio (antiga medida equivalente a sessenta alqueires) de trigo».
Com este foral, D. Dinis teve em vista, também,
defender este sítio da costa, das invasões dos piratas Africanos e
Granadinos. O mesmo D. Dinis concede um segundo foral
em 29 de Setembro de 1286 e D. Manuel um terceiro e
último foral em 1 de Outubro de 1514.
A 17 de Maio de 1368, a vila foi doada ao Mosteiro de Alcobaça,
a mando do rei D. Fernando, com o propósito de as suas
rendas recaírem para a salvação da alma de seu pai, D. Pedro I,
que jaz nesse mosteiro.
O Porto de Paredes progrediu muito até 1500, chegando a
atingir os 600 fogos. Alguns historiadores afirmam mesmo que o Porto
de Paredes possuiu um forte e 17 caravelas para defesa do seu
porto. Há inclusivamente registos de que a armada de Vasco da
Gama, antes da partida para a Índia, teria
aportado aqui para abastecimento de víveres.
No entanto, os ventos fortíssimos nesta região, foram arremassando com
tanta força as areias sobre a povoação e o porto, que tudo ficou
arrasado. Com esta invasão das areias marítimas, a povoação foi
abandonada, ficando aí por única memória a Capela de Nossa
Senhora da Vitória, a casa do eremitão e um moinho.
A povoação de Paredes deslocou-se então para Pataias
e para a Pederneira. Há mesmo quem afirme que a Pederneira
foi fundada pelos moradores do Porto de Paredes,
quando no século XVI o porto deixou de ser utilizado por esse
assoreamento pelas areias marítimas.
No entanto, cronistas cistercienses são de opinião que a Pederneira
já existia no ano de 1190. Seja como for, foi com a chegada
dos pescadores de Paredes que a pesca tomou um grande
incremento na Pederneira.
O fim do Porto de Paredes esteve associado ao seu
assoreamento e ao seu desmoronamento devido a uma violenta tempestade na
segunda metade do quartel do século XV (1450-1500) e progressiva
degradação.
Paredes passa então por um longo período de esquecimento. No início do
século XX, em 1911, estavam identificados 9 fogos e 44 moradores. A
principal actividade era a agricultura e a moagem de cereais, patente
nas dezenas de moinhos (fluviais) ainda hoje existentes, mas
completamente degradados. Em 1940 foram contabilizados 82 moradores.
Desde então, a população diminuiu, contando 65 moradores em 1960, 48 em
1970 e 50 em 1991. A procura da praia, quer por motivos de veraneio,
quer por motivos de saúde, contribuíram para a manutenção da população.
No princípio da década de 1990, a população residente era de 5 dezenas
de habitantes, quase que exclusivamente adultos e idosos.
Fonte: Wikipédia
Trabalho elaborado por: Pedro Rafael, nº 22, 7º F,
Grupo 1.
Vitor mango- Pontos : 117475
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