Nuno Rogeiro
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Nuno Rogeiro
O jogo e o fogo
00h00m
Numa conversa "gravada sem autorização", mas amplamente difundida, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, queixou-se da liderança de Ancara, apesar de apelidar o país de "amigo e aliado estratégico". Disse, resumidamente, que o novo chefe (desde Maio) dos serviços secretos turcos (o MIT), Hakan Fidan, é "um amigo do Irão", e que por isso teme que "segredos israelitas caiam nas mãos ERRADAS".
Mas quem é Fidan? Um jovem que substituiu Emre Taner no comando da poderosa máquina de informações, depois de uma carreira militar que o levou até ao quartel general da força de reacção rápida da OTAN. Como consultor independente, trabalhou na Embaixada da Austrália, obteve um diploma em Maryland, nos EUA, e foi autor de duas teses: uma sobre a relação entre política externa e serviços secretos, e outra acerca do papel das novas tecnologias de informação, na verificação do cumprimento de tratados.
"Islamista pró-ocidental", como o designa um colega, Fidan dirigiu ainda a estratégica TIKA, a Agência Turca De Cooperação e Desenvolvimento. Especialista em desarmamento estratégico, ex-braço direito do MNE
Ahmet Davutoglu, Fidan conheceu bem, e em profundidade, vários dos chefes do programa nuclear iraniano (incluindo Larijani).
É uma óptima fonte sobre Teerão, arquitectou o projecto turco-brasileiro para lidar com o Irão, mas só como insulto se pode dizer que é um adepto do regime de Ahmadinejad.
A observação israelita parece assim um aviso. E revela um mal-estar pronunciado, agora também na área da segurança e defesa, sendo certo que há aí muitas confidências nas relações israelo-turcas.
Agravar o já intenso jogo de nervos entre os dois ex--parceiros terá consequências no Médio Oriente, na Europa e nos EUA.
E dá-se numa altura em que os tribunais da Turquia sentenciam os alegados membros da conspiração "Belyoz". Destinar-se-ia a expulsar o PM Erdogan e a restaurar um regime "ordeiro", vigiado pelos militares, depois de um onda de terror "laboratorial".
É difícil imaginar um pré-drama maior, à beira de um referendo constitucional que pode decidir o futuro turco, entre a laicidade e a vontade da maioria.
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Numa conversa "gravada sem autorização", mas amplamente difundida, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, queixou-se da liderança de Ancara, apesar de apelidar o país de "amigo e aliado estratégico". Disse, resumidamente, que o novo chefe (desde Maio) dos serviços secretos turcos (o MIT), Hakan Fidan, é "um amigo do Irão", e que por isso teme que "segredos israelitas caiam nas mãos ERRADAS".
Mas quem é Fidan? Um jovem que substituiu Emre Taner no comando da poderosa máquina de informações, depois de uma carreira militar que o levou até ao quartel general da força de reacção rápida da OTAN. Como consultor independente, trabalhou na Embaixada da Austrália, obteve um diploma em Maryland, nos EUA, e foi autor de duas teses: uma sobre a relação entre política externa e serviços secretos, e outra acerca do papel das novas tecnologias de informação, na verificação do cumprimento de tratados.
"Islamista pró-ocidental", como o designa um colega, Fidan dirigiu ainda a estratégica TIKA, a Agência Turca De Cooperação e Desenvolvimento. Especialista em desarmamento estratégico, ex-braço direito do MNE
Ahmet Davutoglu, Fidan conheceu bem, e em profundidade, vários dos chefes do programa nuclear iraniano (incluindo Larijani).
É uma óptima fonte sobre Teerão, arquitectou o projecto turco-brasileiro para lidar com o Irão, mas só como insulto se pode dizer que é um adepto do regime de Ahmadinejad.
A observação israelita parece assim um aviso. E revela um mal-estar pronunciado, agora também na área da segurança e defesa, sendo certo que há aí muitas confidências nas relações israelo-turcas.
Agravar o já intenso jogo de nervos entre os dois ex--parceiros terá consequências no Médio Oriente, na Europa e nos EUA.
E dá-se numa altura em que os tribunais da Turquia sentenciam os alegados membros da conspiração "Belyoz". Destinar-se-ia a expulsar o PM Erdogan e a restaurar um regime "ordeiro", vigiado pelos militares, depois de um onda de terror "laboratorial".
É difícil imaginar um pré-drama maior, à beira de um referendo constitucional que pode decidir o futuro turco, entre a laicidade e a vontade da maioria.
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