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Segredos de três múmias egípcias revelados em Lisboa

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Segredos de três múmias egípcias revelados em Lisboa  Empty Segredos de três múmias egípcias revelados em Lisboa

Mensagem por Viriato Seg Ago 23, 2010 9:07 am

Segredos de três múmias egípcias revelados em Lisboa

Três múmias egípcias do Museu Nacional de Arqueologia estão a ser objeto de um estudo científico inédito em Portugal: a análise não-destrutiva por Raios X e TAC.

Virgílio Azevedo (www.expresso.pt)

Sarcófago egípcio com a múmia de Irtieru (séculos IX-VII antes de Cristo) na sala de Raios X do IMI, em Lisboa
Três múmias egípcias pertencentes ao espólio do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) estão a ser estudadas num projeto científico inédito em Portugal: a análise não-destrutiva por Raios X e TAC.

A operação foi feita ontem em Lisboa no IMI-Imagens Médicas Integradas, sendo os primeiros resultados conhecidos dentro de três meses. Além do MNA e do IMI, o projeto envolve o Instituto Oriental da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a Siemens Healthcare.

"Este tipo de estudos já é feito há cerca de dez anos em todo o Mundo, mas em Portugal é inovadora em termos internacionais a qualidade dos dados que foram recolhidos, devido ao equipamento usado nos Raios X e na TAC", explicou Luís Raposo, diretor do MNA, acrescentado que "as técnicas não invasivas utilizadas são uma espécie de Eldorado da arqueologia".

Construções em 3D e endoscopias virtuais


As centenas de milhares de imagens foram obtidas através de equipamentos da Siemens de Raios X digital e de TAC Multicorte de 64 cortes e, segundo Carlos Prates, médico especialista em radiologia e coordenador da equipa de médicos e técnicos do IMI no projeto, as primeiras imagens observadas ontem "estão à altura das expectativas e são de boa qualidade, permitindo no futuro construções em 3D, 2D e endoscopias virtuais".

Carlos Prates sublinhou também que "esta paixão entre medicina, artes e arqueologia que o projeto representa para o IMI pode levar outras instituições do país a disponibilizar equipamentos de Raios X para estudar o património nacional, podendo mesmo criar-se uma rede para esse fim".

As três múmias humanas nunca foram antes avaliadas porque, como disse Luís Raposo, "em Portugal temos excelentes especialistas nesta área, mas faltam-nos infraestruturas para fazermos estes estudos".

Duas das múmias estão encerradas em sarcófagos antropomórficos fechados, cobertos de ilustrações e inscrições, e a terceira está apenas enfaixada. Esta última é de origem desconhecida mas sabe-se que pertence ao período ptolomaico (séculos IV-I antes de Cristo), tal como um dos sarcófagos em madeira e gesso, que contém os restos mortais de um sacerdote chamado Pabasa.

Min, o deus da fertilidade e da potência sexual

Pabasa, filho de Hor, era o sacerdote encarregado de vestir a estátua do deus Min, o deus da fertilidade e da potência sexual. A maior parte das figuras deste deus no Egito foram destruídas pelos cristãos, incluindo o templo que lhe era dedicado, porque surgia sempre representado com o falo ereto.

Em relação ao outro sarcófago, em linho prensado e gesso, o MNA sabe apenas que é de um homem chamado Irtieru, "que poderia ser um sacerdote, um governador ou um arquiteto importante, já que todos os egípcios mumificados eram figuras importantes na sociedade da altura", afirma Luís Araújo, perito em egiptologia do Instituto Oriental.

Os parceiros envolvidos neste estudo pretendem reforçar a perspetiva histórica de cada múmia, divulgar a coleção do MNA e, antes de mais, congregar competências diversificadas beneficiando a investigação científica do património cultural existente em Portugal.

A avaliação das três múmias através da TAC será feita segmentando e comparando os resultados em cinco grupos de dados: antropologia física, detalhes de embalsamento, grau de preservação, paleopatologia (doenças), e faixas e artefactos.

1500 peças egípcias em Portugal


"Os resultados deste projeto vão ser certamente impressionantes, é um verdadeiro trabalho de ressurreição, de hino à vida", salientou Luís Araújo, visivelmente entusiasmado. O egiptólogo recordou que existem 1500 peças egípcias em Portugal, sendo a maioria (580) do espólio do MNA e as de melhor qualidade - apesar de serem apenas 40 - as da coleção da Fundação Gulbenkian.

Esta iniciativa está integrada no Lisbon Mummy Project, que envolve o MNA, o British Museum, o University College de Londres, a Universidade Americana do Cairo e a Universidade de Áquila (Itália).


O curioso é que ninguém explica a origem de tais múmias. Como vieram parar a Portugal. Napoleão, os ingleses, a Igreja (Museu Vaticano) andaram por lá a saquear. Portugal nunca esteve no Egipto ou arredores. Então passo a explicar. No fim da Primeira Guerra, em que Portugal entrou como é do conhecimento geral, pertencendo ao grupo dos vencedores, apresou toda a marinha mercante alemã, italiana ou japonesa que se encontrava nos nossos portos, em Portugal e nas colónias. A nossa marinha mercante triplicou num dia. Num deles vinha um saque alemão feito no Egipto.

Um dos barcos estava no Lobito (minha terra). Passou a ser o "Sofala". O "Mouzinho de Albuquerque", onde viajei uma vez de Lisboa ao Lobito era outro.

Na Segunda Guerra passou-se algo de semelhante. Como eramos neutrais, aviões militares (de todas as nacionalidades) em dificuldades que aterrassem em Portugal eram aumentados á nossa FA. Daí um grande incremento das mesmas....
Viriato
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