Decisão polémica
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Decisão polémica
Decisões editoriais. Há jóias e jóias.
A Porto Editora anunciou, em comunicado, que recusou editar em Portugal o polémico romance da jornalista Sherry Jones, A Jóia de Medina. A sua publicação, nos Estados Unidos, já tinha sido recusada pela Random House. A obra em causa conta a história – segundo me dizem – de Aisha, uma menina que «casou» com o profeta Maomé aos seis anos de idade. Aos nove anos, o casamento foi consumado sexualmente. Aos 14 anos, Aisha foi acusada de adultério com um jovem da sua idade. A partir daí, o «profeta», seu marido, decretou que as suas mulheres deviam cobrir o rosto e corpo. O livro, a publicar em vários países, vai certamente gerar polémica. E, consequentemente, vendas a rodos. Já é comparado à «crise religiosa» dos Os versículos satânicos, ou aos cartoons Dinamarqueses. Há quem diga que o «Ocidente», mais uma vez, ao não publicar a obra, se verga ao fanatismo muçulmano. A Porto Editora, não obstante o previsível sucesso de vendas em Portugal, no seu comunicado, explica as razões pelas quais se recusa a publicar a obra em Portugal:
«Um romance “vulgar, pobremente escrito e pouco convincente nas suas personagens e enredo” são algumas das mais relevantes considerações registadas naquele parecer que levaram o directo da Divisão Editorial Literária de Lisboa a renunciar a publicação de A Jóia de Medina».
A decisão da Porto Editora, na pessoa de Manuel Alberto Valente, é naturalmente polémica dado o tema em causa. Contudo (excluído, obviamente, por despropositado, qualquer temor por «represálias» muçulmanas contra a Editora), a ponderação entre qualidade literária versus interesses comerciais ter pendido para a primeira é de louvar, sobretudo num país ávido de dinheiro fácil, e ajusta-se ao perfil do editor Manuel Alberto Valente. É dele a frase: «É preciso publicar o que dá para poder publicar o que não dá». Neste caso, a publicação do que dá parece que ultrapassava os limites. O que não dá que aguarde mais um tempo.
Por Tomás Vasques
Maomé 1 - Cristo 0
Não gostei. Esperava mais arrojo. Sobretudo de Manuel Valente que sempre considerei a sua ousadia positiva.
A Porto Editora anunciou, em comunicado, que recusou editar em Portugal o polémico romance da jornalista Sherry Jones, A Jóia de Medina. A sua publicação, nos Estados Unidos, já tinha sido recusada pela Random House. A obra em causa conta a história – segundo me dizem – de Aisha, uma menina que «casou» com o profeta Maomé aos seis anos de idade. Aos nove anos, o casamento foi consumado sexualmente. Aos 14 anos, Aisha foi acusada de adultério com um jovem da sua idade. A partir daí, o «profeta», seu marido, decretou que as suas mulheres deviam cobrir o rosto e corpo. O livro, a publicar em vários países, vai certamente gerar polémica. E, consequentemente, vendas a rodos. Já é comparado à «crise religiosa» dos Os versículos satânicos, ou aos cartoons Dinamarqueses. Há quem diga que o «Ocidente», mais uma vez, ao não publicar a obra, se verga ao fanatismo muçulmano. A Porto Editora, não obstante o previsível sucesso de vendas em Portugal, no seu comunicado, explica as razões pelas quais se recusa a publicar a obra em Portugal:
«Um romance “vulgar, pobremente escrito e pouco convincente nas suas personagens e enredo” são algumas das mais relevantes considerações registadas naquele parecer que levaram o directo da Divisão Editorial Literária de Lisboa a renunciar a publicação de A Jóia de Medina».
A decisão da Porto Editora, na pessoa de Manuel Alberto Valente, é naturalmente polémica dado o tema em causa. Contudo (excluído, obviamente, por despropositado, qualquer temor por «represálias» muçulmanas contra a Editora), a ponderação entre qualidade literária versus interesses comerciais ter pendido para a primeira é de louvar, sobretudo num país ávido de dinheiro fácil, e ajusta-se ao perfil do editor Manuel Alberto Valente. É dele a frase: «É preciso publicar o que dá para poder publicar o que não dá». Neste caso, a publicação do que dá parece que ultrapassava os limites. O que não dá que aguarde mais um tempo.
Por Tomás Vasques
Maomé 1 - Cristo 0
Não gostei. Esperava mais arrojo. Sobretudo de Manuel Valente que sempre considerei a sua ousadia positiva.
O dedo na ferida- Pontos : 0
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