Soares invoca qualidade de Conselheiro de Estado
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Soares invoca qualidade de Conselheiro de Estado
Soares invoca qualidade de Conselheiro de Estado para se abster de comentar relações Belém/Governo
O ex-presidente da República Mário Soares invocou hoje o seu estatuto de conselheiro de Estado para se abster de comentar as actuais relações entre Cavaco Silva e o Governo PS
«Não é meu gosto falar sobre essas questões. Sou membro do Conselho de Estado e como tal tenho o dever de reserva», afirmou o ex-presidente da República, após ser questionado pelos jornalistas sobre o estado das relações entre o Governo e a Presidência da República e sobre a forma como Cavaco Silva tem exercido o poder de veto político.
Mário Soares pediu compreensão para o seu silêncio sobre estas questões, referindo que poderá até, sobre esse assunto, «ser chamado a pronunciar-se» no Conselho de Estado.
O ex-chefe do Estado falava aos jornalistas após intervir na abertura do XXVII ‘Symposium of the Scientific Instrument Comission’, que decorre no Museu da Ciência, em Lisboa, até ao próximo dia 21.
Desde o início do Verão, o Presidente da República entrou em colisão com os socialistas na lei do divórcio, que vetou, e sobre o estatuto político-administrativo da Região Autónoma dos Açores, que o levou a fazer uma comunicação ao país.
Por outro lado, na semana passada, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, queixou-se do atraso na entrada em vigor da lei orgânica da GNR, diploma que foi também alvo de veto político por parte do Presidente da República.
Face às notícias publicadas pelo DN e JN sobre as declarações do ministro, Cavaco Silva fez questão de rejeitar, através de um comunicado, qualquer responsabilidade no atraso da transferência de militares da GNR para o terreno.
Na segunda-feira à noite, o dirigente socialista António Vitorino considerou que existe um ambiente de tensão entre a maioria socialista e Belém e que o Presidente da República tem razão sobre o Estatuto dos Açores, posições que a direcção do PS recusou comentar.
Na perspectiva de António Vitorino, nos últimos dias, houve «três exemplos» de tensão nas relações entre a Presidência da República e a maioria socialista: o Estatuto Político Administrativo dos Açores, as declarações do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sobre o processo de aprovação da nova lei da GNR e a lei do divórcio.
Mário Soares é membro do Conselho de Estado por inerência, como o são todos os antigos presidentes da República.
Mário Soares foi Presidente da República durante dez anos (1986-1996), tendo mantido relações tensas, especialmente no segundo mandato, com o então primeiro-ministro, Cavaco Silva, actual Chefe do Estado, eleito em 2005.
No segundo mandato, Cavaco Silva chegou a apelidar de «forças de bloqueio» o Tribunal de Contas, então presidido por Sousa Franco, acusação que também atingia Mário Soares pelas seus sucessivos vetos a leis do Governo.
Lusa / SOL
O ex-presidente da República Mário Soares invocou hoje o seu estatuto de conselheiro de Estado para se abster de comentar as actuais relações entre Cavaco Silva e o Governo PS
«Não é meu gosto falar sobre essas questões. Sou membro do Conselho de Estado e como tal tenho o dever de reserva», afirmou o ex-presidente da República, após ser questionado pelos jornalistas sobre o estado das relações entre o Governo e a Presidência da República e sobre a forma como Cavaco Silva tem exercido o poder de veto político.
Mário Soares pediu compreensão para o seu silêncio sobre estas questões, referindo que poderá até, sobre esse assunto, «ser chamado a pronunciar-se» no Conselho de Estado.
O ex-chefe do Estado falava aos jornalistas após intervir na abertura do XXVII ‘Symposium of the Scientific Instrument Comission’, que decorre no Museu da Ciência, em Lisboa, até ao próximo dia 21.
Desde o início do Verão, o Presidente da República entrou em colisão com os socialistas na lei do divórcio, que vetou, e sobre o estatuto político-administrativo da Região Autónoma dos Açores, que o levou a fazer uma comunicação ao país.
Por outro lado, na semana passada, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, queixou-se do atraso na entrada em vigor da lei orgânica da GNR, diploma que foi também alvo de veto político por parte do Presidente da República.
Face às notícias publicadas pelo DN e JN sobre as declarações do ministro, Cavaco Silva fez questão de rejeitar, através de um comunicado, qualquer responsabilidade no atraso da transferência de militares da GNR para o terreno.
Na segunda-feira à noite, o dirigente socialista António Vitorino considerou que existe um ambiente de tensão entre a maioria socialista e Belém e que o Presidente da República tem razão sobre o Estatuto dos Açores, posições que a direcção do PS recusou comentar.
Na perspectiva de António Vitorino, nos últimos dias, houve «três exemplos» de tensão nas relações entre a Presidência da República e a maioria socialista: o Estatuto Político Administrativo dos Açores, as declarações do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sobre o processo de aprovação da nova lei da GNR e a lei do divórcio.
Mário Soares é membro do Conselho de Estado por inerência, como o são todos os antigos presidentes da República.
Mário Soares foi Presidente da República durante dez anos (1986-1996), tendo mantido relações tensas, especialmente no segundo mandato, com o então primeiro-ministro, Cavaco Silva, actual Chefe do Estado, eleito em 2005.
No segundo mandato, Cavaco Silva chegou a apelidar de «forças de bloqueio» o Tribunal de Contas, então presidido por Sousa Franco, acusação que também atingia Mário Soares pelas seus sucessivos vetos a leis do Governo.
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