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A classe de um Embaixador...

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Mensagem por Viriato Ter Set 21, 2010 7:26 am

A classe de um Embaixador...

Há dias, um aprendiz de jornalista brasileiro de Porto Alegre, de seu nome Polipio Braga, publicou a seguinte notícia: Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nosso reconhecimento. Há apenas uma semana, em apenas quatro anos, o editor desta página visitou pela quinta vez Lisboa, arrependendo-se pela quarta vez de ter
feito isto. Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nosso reconhecimento. É como visitar a casa de um parente malquisto, invejoso e mal educado. Na sexta e no sábado, dias 24 e 25, Portugal submergiu diante de um dilúvio e mais uma vez mostrou suas mazelas. O País real ficou diante de todos. Portugal é bonito por fora e podre por dentro. O dinheiro que a União Européia alcançou generosamente para que os portugueses saíssem do buraco e alcançassem seus sócios, foi desperdiçado em obras desnecessárias ou suntuosas. Hoje, existe obra demais e dinheiro de menos. O pior de tudo é que foi essa gente que descobriu e colonizou o Brasil. É impossível saber se o pior para os brasileiros foi a herança maldita portuguesa ou a herança
maldita católica. Talvez as duas .
Esta Nota mereceu a seguinte resposta do nosso Embaixador:



Brasília, 8 de Dezembro de 2006

Senhor Políbio Braga

Um cidadão brasileiro, que faz o favor de ser meu amigo, teve a gentileza de me dar a conhecer uma nota que publicou no seu site, na qual comentava aspectos relativos à sua mais recente visita a Portugal. Trata-se de um texto muito interessante, pelo facto de nele ter a apreciável franqueza de afirmar, com todas as letras, o que pensa de Portugal e dos portugueses. O modo elegante como o faz confere-lhe, aliás, uma singular dignidade literária e até estilística. Mas porque se limita apenas a uma abordagem em linhas muito breves, embora densas e ricas de pensamento, tenho que
confessar-lhe que o seu texto fica-nos a saber a pouco. Seria muito curioso se pudesse vir a aprofundar, com maior detalhe, essa sua aberta acrimónia selectiva contra nós.

Por isso lhe pergunto: não tem intenção de nos brindar com um artigo mais longo, do género de ensaio didáctico, onde possa dar-se ao cuidado de explanar, com minúcia e profundidade, sobre o que entende ser a listagem de todas as nossas perfídias históricas, das nossas invejazinhas enraizadas, dos inumeráveis defeitos que a sua considerável experiência com a triste realidade lusa lhe deu oportunidade de decantar? Seria um texto onde, por exemplo, poderia
deter-se numa temática que, como sabe, é comum a uma conhecida escola de pensamento, que julgo também partilhar: a de que nos caberá, pela imensidão dos tempos, a inapelável culpa histórica no que toca aos resquícios de corrupção, aos vícios de compadrio e nepotismo (veja-se, desde logo, a última parte da Carta de Pêro Vaz de Caminha), que aqui
foram instilados, qual vírus crónico, para o qual, nem os cerca de dois séculos, que se sucederam ao regresso da maléfica Corte à fonte geográfica de todos os males, conseguiram ainda erradicar por completo.

Permita-me, contudo, uma perplexidade: porquê essa sua insistência e obcecação em visitar um país que tanto lhe desagrada? Pela quinta vez, num espaço de quatro anos ? Terá que reconhecer que parece haver algo de inexoravelmente masoquista nessa sua insistente peregrinação pela terra de um "parente malquisto, invejoso e mal educado". Ainda pensei que pudesse ser a Fé em Nossa Senhora de Fátima o motivo sentimental dessa rotina, como sabe comum a muitos cidadãos brasileiros, mas o final do seu texto, ao referir-se à "herança maldita católica", afasta
tal hipótese e remete-o para outras eventuais devoções alternativas.

Gostava que soubesse que reconheço e aceito, em absoluto, o seu pleníssimo direito de pensar tão mal de nós, de rejeitar a "herança maldita portuguesa" (na qual, por acaso, se inscreve a Língua que utiliza). Com isso, pode crer, ajuda muito um país, que aliás concede ser "bonito por fora" (valha-nos isso !), a ter a oportunidade de olhar severamente para dentro de si próprio, através da arguta perspectiva crítica de um visitante crónico, quiçá relutante.

E porque razão lhe reconheço esse direito ? Porque, de forma egoísta, eu também quero usufruir da possibilidade de viajar, cada vez mais, pelo maravilhoso país que é o Brasil, de admirar esta terra, as suas gentes, na sua diversidade e na riqueza da sua cultura (de múltiplas origens, eu sei). Só que, ao contrário de si, eu tenho a sorte de gostar de andar por onde ando e você tem o lamentável azar de se passear com insistência (vá-se lá saber porquê!), pela triste terra
dessa "gente que descobriu e colonizou o Brasil". Em má hora, claro!

Da próxima vez que se deslocar a Portugal (porque já vi que é um vício de que não se liberta) espero que possa usufruir de um tempo melhor, sem chuvas e sem um "dilúvio" como o que agora tanto o afectou. E, se acaso se constipou ou engripou com o clima, uma coisa quero desejar-lhe, com a maior sinceridade: cure-se !

Com a retribuída cordialidade de

Francisco Seixas da Costa
Embaixador de Portugal no Brasil
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Mensagem por Vitor mango Ter Set 21, 2010 8:24 am


Francisco Seixas da Costa
Embaixador de Portugal no Brasil
estive entre os anos 90 e 96 em Curitiba e suponho que devo ter tido contacto com o embaixador de Portugal em Brasília
dava-me bem com a consul e quando vinha o embaixador o po era limpo e o lixo escondido debaixo da carpete e a gente alargava o sorriso de orelha a orelha porque o embaixador mandava vir coisas portuguesas como pasteis de bacalhau e um vinho verde de boa colheita
Ate aqui tudo bem e ate se calhar troquei uns pasteis de bacalhau Kuembaixador
Só que quando o Presidente da Republica quis ira a Curitiba ai tramei-me porque era de bom tom levar gravata
Recebi o Convite formalmente e formalmente arrota já que almoços de borla não ha ( por acaso foi jantar )
Nisto a simplicidade americana Norte sul ou centro nada tem a ver Kagente

O Obama recebeu o gajo da Rússia e foi almoçar com ele num self serv e exigiu pagar

E voltando ao Seixas da Costa ele contou aqui um episodio que ainda hoje o recordo com uma sonora gargalhada
Foi quando ele meteu os sapatos na frente do quarto do Hotel e alguem os roubou
Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy
Vitor mango
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A classe de um Embaixador...  Empty Re: A classe de um Embaixador...

Mensagem por Joao Ruiz Ter Set 21, 2010 9:43 am

e um vinho verde de boa colheita

Faço votos por que nunca tenha sido alguma zurrapa, tipo Kartaxo!!!!


lol! lol! lol! lol! lol! lol! lol!

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
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A classe de um Embaixador...  Empty Re: A classe de um Embaixador...

Mensagem por Vitor mango Ter Set 21, 2010 9:57 am

João Ruiz escreveu:
e um vinho verde de boa colheita

Faço votos por que nunca tenha sido alguma zurrapa, tipo Kartaxo!!!!


lol! lol! lol! lol! lol! lol! lol!

todos os vinhos teem boas e mas colheitas
Vitor mango
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