Até parecia que o Rambo andava à solta na Encarnação
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Até parecia que o Rambo andava à solta na Encarnação
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Até parecia que o Rambo andava à solta na Encarnação
por VALENTINA MARCELINO
Hoje
Era só um simulacro a meio da noite, mas ninguém foi informado. Nem a polícia, que, chamada por residentes aterrorizados, por pouco não atirou nos militares encapuzados.
Os residentes na zona da Encarnação, em Lisboa, viveram momentos de terror ao ouvirem, na madrugada de terça para quarta-feira, dezenas de tiros na rua. Quando espreitaram à janela, o que viram não os sossegou: um grupo de militares encapuzados, de camuflado, armados até aos dentes, tentavam entrar de assalto numas instalações do Exército.
De repente, parecia que o País tinha voltado atrás no tempo e se estava no 11 de Março de 1975, quando as tropas bombardearam o quartel dos Ralis, na Encarnação.
Era tudo a fingir, um simulacro do Exército para testar a segurança de instalações naquele local, mas ouve um pequeno esquecimento... ninguém tinha sido informado, nem mesmo a PSP. Os telefones do Comando Metropolitano de Lisboa não paravam de tocar. As pessoas, a quem o sono tinha sido roubado ao som de rajadas, estavam em pânico. A polícia, que ignorava tratar-se de um exercício, enviou carros patrulha com equipas de intervenção rápida.
Já no "cenário de guerra", constataram que havia duas situações. Às 02.40 da manhã souberam que os "rambos" estavam na Avenida Alfredo Bensaúde (ver mapa). Pouco depois, cerca das 03.30, um pouco mais adiante, na estrada da circunvalação, que liga a Portela a Moscavide, o grupo voltava a disparar dezenas de tiros. Nem o herói criado por Sylvester Stallone se movimentava tão depressa.
Quando a PSP se aproximou, os tiros cessaram, e, só por isso, a abordagem não foi agressiva, com tiros de aviso. Isso pode ter evitado um incidente graves consequências.
Os militares foram identificados pelas equipas da PSP . Do chão, a polícia apanhou mais de meia centena de invólucros de munições de salva, usadas habitualmente neste tipo de exercício.
A Direcção Nacional da PSP foi ontem informada da situação e o desagrado é geral. "Como é que é possível fazerem uma coisa destas sem nos avisarem? Fazer exercícios em plena via pública, numa área densamente povoada? É de uma irresponsabilidade sem precedentes. Podia ter acontecido o pior", desabafa uma oficial da PSP que teve conhecimento do caso.
Na opinião da hierarquia da polícia, este tipo de exercício em zonas urbanas "não deve nunca ser feito sem o conhecimento da força de segurança competente da área. Se era preciso testar a segurança das instalações, isso compete às forças de segurança, não aos militares", sustentam fontes da PSP ouvidas pelo DN. "Pelo menos deviam ter coordenado com a PSP o exercício. Tratando-se de uma área urbana devia ter sido feito um balizamento, definidos perímetros de segurança", sublinham.
O porta-voz oficial do Exército desvaloriza as preocupações. Explica que aquele treino se tratava de "simular um assalto pelo inimigo ao Laboratório de Defesa Biológica do Exército, naquele local, no âmbito de um exercício nacional, o Orion 10, para testar as capacidades de segurança em caso de ataque a instalações críticas".
Ainda segundo o tenente-coronel Helder Perdigão, "foram realizados exercícios semelhantes por todo o País", e, sublinha, "só naquela zona os militares estiveram envolvidos em seis outros cenários parecidos".
Em relação à falha de comunicação com a PSP e ao facto de o exercício ter alarmado a população, este oficial do Exército diz que, "tratando-se de um exercício ao mais alto nível, sobre o qual os próprios militares são informados na hora, tal não seria possível". "Se queríamos testar a capacidade de reacção a uma tentativa de intrusão do inimigo, não se podia saber que o íamos fazer. Era segredo e não o podíamos contar", explica.
In DN
Até parecia que o Rambo andava à solta na Encarnação
por VALENTINA MARCELINO
Hoje
Era só um simulacro a meio da noite, mas ninguém foi informado. Nem a polícia, que, chamada por residentes aterrorizados, por pouco não atirou nos militares encapuzados.
Os residentes na zona da Encarnação, em Lisboa, viveram momentos de terror ao ouvirem, na madrugada de terça para quarta-feira, dezenas de tiros na rua. Quando espreitaram à janela, o que viram não os sossegou: um grupo de militares encapuzados, de camuflado, armados até aos dentes, tentavam entrar de assalto numas instalações do Exército.
De repente, parecia que o País tinha voltado atrás no tempo e se estava no 11 de Março de 1975, quando as tropas bombardearam o quartel dos Ralis, na Encarnação.
Era tudo a fingir, um simulacro do Exército para testar a segurança de instalações naquele local, mas ouve um pequeno esquecimento... ninguém tinha sido informado, nem mesmo a PSP. Os telefones do Comando Metropolitano de Lisboa não paravam de tocar. As pessoas, a quem o sono tinha sido roubado ao som de rajadas, estavam em pânico. A polícia, que ignorava tratar-se de um exercício, enviou carros patrulha com equipas de intervenção rápida.
Já no "cenário de guerra", constataram que havia duas situações. Às 02.40 da manhã souberam que os "rambos" estavam na Avenida Alfredo Bensaúde (ver mapa). Pouco depois, cerca das 03.30, um pouco mais adiante, na estrada da circunvalação, que liga a Portela a Moscavide, o grupo voltava a disparar dezenas de tiros. Nem o herói criado por Sylvester Stallone se movimentava tão depressa.
Quando a PSP se aproximou, os tiros cessaram, e, só por isso, a abordagem não foi agressiva, com tiros de aviso. Isso pode ter evitado um incidente graves consequências.
Os militares foram identificados pelas equipas da PSP . Do chão, a polícia apanhou mais de meia centena de invólucros de munições de salva, usadas habitualmente neste tipo de exercício.
A Direcção Nacional da PSP foi ontem informada da situação e o desagrado é geral. "Como é que é possível fazerem uma coisa destas sem nos avisarem? Fazer exercícios em plena via pública, numa área densamente povoada? É de uma irresponsabilidade sem precedentes. Podia ter acontecido o pior", desabafa uma oficial da PSP que teve conhecimento do caso.
Na opinião da hierarquia da polícia, este tipo de exercício em zonas urbanas "não deve nunca ser feito sem o conhecimento da força de segurança competente da área. Se era preciso testar a segurança das instalações, isso compete às forças de segurança, não aos militares", sustentam fontes da PSP ouvidas pelo DN. "Pelo menos deviam ter coordenado com a PSP o exercício. Tratando-se de uma área urbana devia ter sido feito um balizamento, definidos perímetros de segurança", sublinham.
O porta-voz oficial do Exército desvaloriza as preocupações. Explica que aquele treino se tratava de "simular um assalto pelo inimigo ao Laboratório de Defesa Biológica do Exército, naquele local, no âmbito de um exercício nacional, o Orion 10, para testar as capacidades de segurança em caso de ataque a instalações críticas".
Ainda segundo o tenente-coronel Helder Perdigão, "foram realizados exercícios semelhantes por todo o País", e, sublinha, "só naquela zona os militares estiveram envolvidos em seis outros cenários parecidos".
Em relação à falha de comunicação com a PSP e ao facto de o exercício ter alarmado a população, este oficial do Exército diz que, "tratando-se de um exercício ao mais alto nível, sobre o qual os próprios militares são informados na hora, tal não seria possível". "Se queríamos testar a capacidade de reacção a uma tentativa de intrusão do inimigo, não se podia saber que o íamos fazer. Era segredo e não o podíamos contar", explica.
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Até parecia que o Rambo andava à solta na Encarnação
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Também não podem saber tudo, senhores polícias...
Mas talvez que se arrumassem os carrinhos na garagem e passassm a policiar todas as zonas a pé, já não seriam surpreendidos e o vosso poder de dissuasão aumentaria...
Também não podem saber tudo, senhores polícias...
Mas talvez que se arrumassem os carrinhos na garagem e passassm a policiar todas as zonas a pé, já não seriam surpreendidos e o vosso poder de dissuasão aumentaria...
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