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17,5% de alunos assumem pertencer a um gangue

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17,5% de alunos assumem pertencer a um gangue Empty 17,5% de alunos assumem pertencer a um gangue

Mensagem por Joao Ruiz Dom Nov 28, 2010 9:30 am

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17,5% de alunos assumem pertencer a um gangue

por JOANA DE BELÉM,
Hoje

Estudantes da classe alta são os que mais admitem consumir drogas.

Mais de 17% de jovens entre os 12 e os 18 anos, estudantes em Lisboa e Porto, assumem que pertencem a gangues, enquanto 92% conseguem esconder dos pais e autoridades o tráfico de droga em que se envolvem. As conclusões são de um estudo da Escola de Criminologia do Porto.

O inquérito envolveu 2898 estudantes de 21 escolas da Área Metropolitana do Porto e 28 da de Lisboa, onde existem as maiores taxas de delinquência juvenil. Os números ainda são recentes e carecem de uma análise mais profunda, mas as conclusões merecem reflexão.

Por estratos socioeconómicos, 7,2% dos alunos da classe alta admitiram consumos de drogas nas quatro semanas anteriores ao inquérito, mais 3,1% do que alunos da classe média e mais 4,3% do que os da baixa. Do estudo resultou ainda a "aparente" inexistência de ligações entre o insucesso escolar e os comportamentos desviantes, assinalou Josefina Castro, co-autora do trabalho.

Registe-se ainda que os jovens estrangeiros radicados em Portugal faltam mais à escola, mas, no que toca ao consumo de drogas, não se verificam grandes oscilações entre os alunos autóctones e imigrantes. O autocontrolo quanto ao consumo de drogas é baixo em 10,2% dos casos e médio/baixo em 4%.

Ainda de acordo com a investigadora, a humilhação está no topo das experiências traumáticas sofridas por alunos dos 12 aos 18 anos, com 29,4%. Seguem-se a ameaça de agressão (20,1%) e o furto (20%), muito acima da agressão, que apenas regista 9,6%.

"A vitimação sofrida, nos 12 meses anteriores ao inquérito, é muito superior em perímetro escolar à registada noutros locais, excepto nos actos contra sua integridade física", assinalou a investigadora. Os rapazes são mais violentos e mais vítimas de violência, mas equiparam-se às raparigas na concretização de outros crimes, como furtos.

Entre os actos delinquentes que os inquiridos declararam terem cometido sem serem detectados pelas autoridades policiais, escolares e pelos próprios pais contam-se o dano (78,1%), furto em loja (84,5%) ou porte de arma (86,4%). Porém, o tráfico de droga (92,7%) é o acto criminoso que mais consegue escapar ao controlo de pais e autoridades. No entanto, nas situações em que é detectado é também o mais castigado, sublinhou Josefina Castro, referindo que o controlo parental sobre o consumo de estupefacientes é fraco em 59,8% das situações, médio em 36,4% e forte em 24,2%.

O estudo surge depois de o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, ter anunciado, em 2008, a criação de um observatório da criminalidade juvenil nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, coordenado por Cândido Agra, da Escola de Criminologia do Porto. Os inquéritos foram realizados em contexto escolar entre 2008 e Fevereiro de 2010.

Excluído da apresentação no 72.º Curso Internacional de Criminologia foi um outro estudo, fora do contexto escolar, também nas áreas metropolitanas, e que será em breve divulgado. A criminalidade juvenil em contexto urbano esteve em destaque no curso que durante três dias reuniu peritos internacionais. A Sociedade Internacional para a Criminologia, que organiza estes cursos desde 1952 e que promove o seu próximo congresso no Japão, em 2011, é uma rede mundial de investigadores criminólogos.

In DN

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