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Lula lamenta visão de Obama sobre América Latina e Oriente Médio
por Vitor mango Ter Dez 28, 2010 12:57 am
Lula lamenta visão de Obama sobre América Latina e Oriente Médio
27 de dezembro de 2010 • 13h04
Comentários
1. Notícia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixará o governo no próximo sábado, lamentou nesta segunda-feira que a relação dos Estados Unidos com a América Latina "não tenha mudado nada" sob a gestão de Barack Obama, e criticou o papel desse país nas negociações de paz no Oriente Médio.
"A relação (entre América Latina e EUA) mudou pouco. A verdade é que não mudou nada, e vejo isso com tristeza", disse Lula durante um café da manhã com jornalistas realizado no Palácio do Planalto, no qual abordou as relações da Casa Branca com o resto do mundo.
Lula lembrou que, pouco após assumir a presidência, Obama teve um encontro com os líderes dos países da União de Nações Sul-americanas (Unasul) durante a V Cúpula das Américas realizada em Trinidad e Tobago, mas disse crer que nem mesmo com essa reunião os "Estados Unidos entenderam a importância da América Latina".
O presidente também explicou que em várias conversas falou a Obama que "deveria haver uma mudança de visão" na política americana em relação aos países latino-americanos, mas também disse crer que essa mensagem não foi compreendida.
"Nos Estados Unidos devem entender a importância da América Latina", insistiu Lula, que ressaltou que se trata de "uma região democrática", "de paz" e "sem bombas nucleares".
Lula afirmou que "há mais de 35 milhões de latino-americanos vivendo nos Estados Unidos" e que, no caso de nações da América Central, "há mais pessoas vivendo lá do que em seus próprios países", e por isso disse não "entender" que Washington ainda se comporte como um "império" em sua relação com a região.
"Espero que Obama visite o Brasil em 2011, mas o importante é que visite não só este país, mas todos os nossos países, para que conheça nossa realidade", indicou.
O café da manhã realizado hoje com os jornalistas foi o último de Lula na condição de presidente, já que no próximo sábado passará o cargo que ocupa desde janeiro de 2003 a Dilma Rousseff.
Como fez nos últimos meses, perto do final de seu segundo mandato, Lula se negou a dar pistas sobre seu futuro, mas reiterou que não aceitará nenhum cargo internacional, e aproveitou para fazer outra crítica velada aos Estados Unidos.
"Se um ex-presidente do Brasil vai à Secretaria-Geral da ONU, depois poderia ir um ex-presidente dos Estados Unidos, e aí as coisas seriam mais difíceis", apontou.
Lula assegurou ainda que "não haverá acordo de paz no Oriente Médio enquanto os Estados Unidos acharem que podem sozinhos serem os tutores da paz, porque eles são partes do conflito".
"A paz interessa para Israel e Palestina, mas quantos não estão interessados?", questionou. Quando perguntado se considera que os Estados Unidos estão interessados na paz, o presidente voltou a alfinetar o governo americano.
"Sei que o povo está. (O governo) não sei", disse.
27 de dezembro de 2010 • 13h04
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1. Notícia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixará o governo no próximo sábado, lamentou nesta segunda-feira que a relação dos Estados Unidos com a América Latina "não tenha mudado nada" sob a gestão de Barack Obama, e criticou o papel desse país nas negociações de paz no Oriente Médio.
"A relação (entre América Latina e EUA) mudou pouco. A verdade é que não mudou nada, e vejo isso com tristeza", disse Lula durante um café da manhã com jornalistas realizado no Palácio do Planalto, no qual abordou as relações da Casa Branca com o resto do mundo.
Lula lembrou que, pouco após assumir a presidência, Obama teve um encontro com os líderes dos países da União de Nações Sul-americanas (Unasul) durante a V Cúpula das Américas realizada em Trinidad e Tobago, mas disse crer que nem mesmo com essa reunião os "Estados Unidos entenderam a importância da América Latina".
O presidente também explicou que em várias conversas falou a Obama que "deveria haver uma mudança de visão" na política americana em relação aos países latino-americanos, mas também disse crer que essa mensagem não foi compreendida.
"Nos Estados Unidos devem entender a importância da América Latina", insistiu Lula, que ressaltou que se trata de "uma região democrática", "de paz" e "sem bombas nucleares".
Lula afirmou que "há mais de 35 milhões de latino-americanos vivendo nos Estados Unidos" e que, no caso de nações da América Central, "há mais pessoas vivendo lá do que em seus próprios países", e por isso disse não "entender" que Washington ainda se comporte como um "império" em sua relação com a região.
"Espero que Obama visite o Brasil em 2011, mas o importante é que visite não só este país, mas todos os nossos países, para que conheça nossa realidade", indicou.
O café da manhã realizado hoje com os jornalistas foi o último de Lula na condição de presidente, já que no próximo sábado passará o cargo que ocupa desde janeiro de 2003 a Dilma Rousseff.
Como fez nos últimos meses, perto do final de seu segundo mandato, Lula se negou a dar pistas sobre seu futuro, mas reiterou que não aceitará nenhum cargo internacional, e aproveitou para fazer outra crítica velada aos Estados Unidos.
"Se um ex-presidente do Brasil vai à Secretaria-Geral da ONU, depois poderia ir um ex-presidente dos Estados Unidos, e aí as coisas seriam mais difíceis", apontou.
Lula assegurou ainda que "não haverá acordo de paz no Oriente Médio enquanto os Estados Unidos acharem que podem sozinhos serem os tutores da paz, porque eles são partes do conflito".
"A paz interessa para Israel e Palestina, mas quantos não estão interessados?", questionou. Quando perguntado se considera que os Estados Unidos estão interessados na paz, o presidente voltou a alfinetar o governo americano.
"Sei que o povo está. (O governo) não sei", disse.
Vitor mango- Pontos : 117520
Re: Lula lamenta visão de Obama sobre América Latina e Oriente Médio
por Vitor mango Ter Dez 28, 2010 12:59 am
Lula assegurou ainda que "não haverá acordo de paz no Oriente Médio enquanto os Estados Unidos acharem que podem sozinhos serem os tutores da paz, porque eles são partes do conflito".
"A paz interessa para Israel e Palestina, mas quantos não estão interessados?", questionou. Quando perguntado se considera que os Estados Unidos estão interessados na paz, o presidente voltou a alfinetar o governo americano.
"Sei que o povo está. (O governo) não sei", disse.
Vitor mango- Pontos : 117520
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