Descoberto no Algarve insecto sem asas nem olhos
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Descoberto no Algarve insecto sem asas nem olhos
Descoberto no Algarve insecto sem asas nem olhos
Nova espécie foi encontrada em grutas do Algarve por jovem bióloga
00h00m
Fica descrito para a ciência como litocampa mendesi, não excede três
milímetros, é desprovido de visão e de asas. Vive em grutas do Algarve.
Este é o insecto mais recentemente descoberto por Sofia Reboleira,
bióloga e espeleóloga, a trabalhar no seu doutoramento.
Pela
quinta vez, Sofia Reboleira desvenda a existência de espécies que vivem
na profundeza de cavernas e sem acesso à luz. Esta especialista em
bioespeleologia descobriu agora, numa gruta do Algarve, uma nova espécie
de insecto sem olhos nem asas. "Esta descoberta acrescenta uma
nova ordem à fauna cavernícola portuguesa, uma vez que não se conhecia
nenhum dipluro (insecto) exclusivamente cavernícola em Portugal", disse à
agência Lusa esta jovem doutoranda da Universidade de Aveiro, que é
bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia.A nova espécie
está adaptada a viver exclusivamente nas grutas e deverá existir desde
há vários milhões de anos, sendo "evolutivamente um percursor dos
insectos actuais". A descoberta surge já descrita em revistas
científicas, em artigos que Sofia Reboleira escreveu com a colaboração
do especialista espanhol Alberto Sendra.A nova espécie, a que foi
atribuída a designação litocampa mendesi, torna-se assim "a
representante mais ocidental do género litocampa na Europa, cuja espécie
mais próxima se encontra nas grutas da Cantábria".Com esta
descoberta, aumentam para cinco as já descritas por Sofia Reboleira como
novas espécies, resultado que decorreu do seu trabalho de campo,
realizado em grutas da Serra d'Aire e Candeeiros, do Algarve e de
Montejunto. Antes, a bioespeleóloga tinha descoberto três escaravelhos e
um pseudoescorpião. Alguns destes seres vivem a cerca de cem metros de
profundidade, num ambiente de total escuridão.Sofia Reboleira
está a especializar-se em ecologia das águas subterrâneas e conservação
dos sistemas cavernícolas. A sua tese de doutoramento versa a última
destas áreas.Algumas das espécies descritas por Sofia Reboleira
alimentam-se da matéria orgânica que as águas transportam quando se
infiltram no subsolo. É esse o caso, por exemplo, do escaravelho trechus
tatai, encontrado numa gruta de Montejunto, perto do Cadaval.
Nova espécie foi encontrada em grutas do Algarve por jovem bióloga
00h00m
Fica descrito para a ciência como litocampa mendesi, não excede três
milímetros, é desprovido de visão e de asas. Vive em grutas do Algarve.
Este é o insecto mais recentemente descoberto por Sofia Reboleira,
bióloga e espeleóloga, a trabalhar no seu doutoramento.
Pela
quinta vez, Sofia Reboleira desvenda a existência de espécies que vivem
na profundeza de cavernas e sem acesso à luz. Esta especialista em
bioespeleologia descobriu agora, numa gruta do Algarve, uma nova espécie
de insecto sem olhos nem asas. "Esta descoberta acrescenta uma
nova ordem à fauna cavernícola portuguesa, uma vez que não se conhecia
nenhum dipluro (insecto) exclusivamente cavernícola em Portugal", disse à
agência Lusa esta jovem doutoranda da Universidade de Aveiro, que é
bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia.A nova espécie
está adaptada a viver exclusivamente nas grutas e deverá existir desde
há vários milhões de anos, sendo "evolutivamente um percursor dos
insectos actuais". A descoberta surge já descrita em revistas
científicas, em artigos que Sofia Reboleira escreveu com a colaboração
do especialista espanhol Alberto Sendra.A nova espécie, a que foi
atribuída a designação litocampa mendesi, torna-se assim "a
representante mais ocidental do género litocampa na Europa, cuja espécie
mais próxima se encontra nas grutas da Cantábria".Com esta
descoberta, aumentam para cinco as já descritas por Sofia Reboleira como
novas espécies, resultado que decorreu do seu trabalho de campo,
realizado em grutas da Serra d'Aire e Candeeiros, do Algarve e de
Montejunto. Antes, a bioespeleóloga tinha descoberto três escaravelhos e
um pseudoescorpião. Alguns destes seres vivem a cerca de cem metros de
profundidade, num ambiente de total escuridão.Sofia Reboleira
está a especializar-se em ecologia das águas subterrâneas e conservação
dos sistemas cavernícolas. A sua tese de doutoramento versa a última
destas áreas.Algumas das espécies descritas por Sofia Reboleira
alimentam-se da matéria orgânica que as águas transportam quando se
infiltram no subsolo. É esse o caso, por exemplo, do escaravelho trechus
tatai, encontrado numa gruta de Montejunto, perto do Cadaval.
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