Português no topo da investigação de software para invisuais
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Português no topo da investigação de software para invisuais
Português no topo da investigação de software para invisuais
Natural de Vila Verde, cego congénito, integra grupo que desenvolve software livre para invisuais
00h28m
PEDRO VILA-CHÃ
Abílio Guimarães começou como todos os invisuais a aprender braille, mas
desenvolveu conhecimentos que o levaram ao topo da investigação mundial
do software para invisuais.
Além
do OpenOffice livre (o programa para invisuais custa 1300 euros),
Abílio Guimarães tem participado no projecto NonVisual Desktop Access
(NVDA), responsável por inúmeras adaptações informáticas que facilitam a
vida a quem não vê, como por exemplo, a instalação de som nas caixas
multibanco dos Estados Unidos.A experiência de Abílio Guimarães
iniciou-se em Vila Verde, na criação do fundo documental para cegos e
amblíopes. Ali foi reunida documentação em braille e suporte áudio. "Fui
investigando novos apoios, porque a ambição era alcançar os melhores
meios. Investiguei e dei passos para a Informática. A ideia era criar
software livre à escala mundial e a oportunidade abriu-se com o convite
de um grupo australiano, integrando a investigação que previa instalação
de software na região do Texas."Elaborei um projecto que
envolveu todas as entidades de Dallas e Forthworth. Um cego que esteja
numa paragem de autocarro fica a saber para onde vai, as páginas das
entidades estão todas adaptadas para cegos. Seria interessante que
houvesse esse laivo de inovação na região do Minho", lança o alerta
Abílio Guimarães.Em Vila Verde (e em Portugal), Abílio Guimarães
destaca o facto de a Biblioteca Municipal local ser a "única instituição
pública a disponibilizar software livre a quem procura. Este espaço vai
além da biblioteca comum, preparando as pessoas e formando-as para
acolher informação". Em termos práticos, com o software, qualquer
invisual pode digitalizar uma carta do banco e ficar a saber o assunto.
"Podem aceder e produzir informação, sem dependerem dos outros", destaca
Abílio, lembrando que entre os 200 utilizadores já formados contam-se
pessoas de todo o país. "Há pessoas que vivem escondidas, devido à sua
deficiência. Se este software for alargado a outras instituições,
certamente que haverá mais pessoas a aderir". E alerta os responsáveis:
"ao nível económico, uma pessoa cega integrada custa muito menos ao
erário público".Abílio garante que quem frequenta o curso "não
sai sem saber como evitar um vírus na Internet, usa todos os dedos para
escrever, sabe corrigir um texto. Aqui funcionamos como uma espécie de
centro consultivo, porque também indicamos que computadores ou
telemóveis devem adquirir".
Natural de Vila Verde, cego congénito, integra grupo que desenvolve software livre para invisuais
00h28m
PEDRO VILA-CHÃ
Abílio Guimarães começou como todos os invisuais a aprender braille, mas
desenvolveu conhecimentos que o levaram ao topo da investigação mundial
do software para invisuais.
foto Sérgio Freitas/Global Imagens |
Abílio Guimarães |
Além
do OpenOffice livre (o programa para invisuais custa 1300 euros),
Abílio Guimarães tem participado no projecto NonVisual Desktop Access
(NVDA), responsável por inúmeras adaptações informáticas que facilitam a
vida a quem não vê, como por exemplo, a instalação de som nas caixas
multibanco dos Estados Unidos.A experiência de Abílio Guimarães
iniciou-se em Vila Verde, na criação do fundo documental para cegos e
amblíopes. Ali foi reunida documentação em braille e suporte áudio. "Fui
investigando novos apoios, porque a ambição era alcançar os melhores
meios. Investiguei e dei passos para a Informática. A ideia era criar
software livre à escala mundial e a oportunidade abriu-se com o convite
de um grupo australiano, integrando a investigação que previa instalação
de software na região do Texas."Elaborei um projecto que
envolveu todas as entidades de Dallas e Forthworth. Um cego que esteja
numa paragem de autocarro fica a saber para onde vai, as páginas das
entidades estão todas adaptadas para cegos. Seria interessante que
houvesse esse laivo de inovação na região do Minho", lança o alerta
Abílio Guimarães.Em Vila Verde (e em Portugal), Abílio Guimarães
destaca o facto de a Biblioteca Municipal local ser a "única instituição
pública a disponibilizar software livre a quem procura. Este espaço vai
além da biblioteca comum, preparando as pessoas e formando-as para
acolher informação". Em termos práticos, com o software, qualquer
invisual pode digitalizar uma carta do banco e ficar a saber o assunto.
"Podem aceder e produzir informação, sem dependerem dos outros", destaca
Abílio, lembrando que entre os 200 utilizadores já formados contam-se
pessoas de todo o país. "Há pessoas que vivem escondidas, devido à sua
deficiência. Se este software for alargado a outras instituições,
certamente que haverá mais pessoas a aderir". E alerta os responsáveis:
"ao nível económico, uma pessoa cega integrada custa muito menos ao
erário público".Abílio garante que quem frequenta o curso "não
sai sem saber como evitar um vírus na Internet, usa todos os dedos para
escrever, sabe corrigir um texto. Aqui funcionamos como uma espécie de
centro consultivo, porque também indicamos que computadores ou
telemóveis devem adquirir".
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117490
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