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Os cães de Pavlov não param de salivar. Uma fulana que não conheço de lado nenhum, descrita por amigos como espécie de freira laica do RALIS, escreveu: Eu evito este blogue, mas hoje fui lá para por acaso. E o que fez estrebuchar a criatura? Este parágrafo do post de sábado: As tutelas militares não dão bom resultado. A experiência portuguesa é eloquente: entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, dezanove meses de tranquibérnia absoluta; entre 25 de Novembro de 1975 e 30 de Setembro de 1982, subalternização da sociedade civil ao farisaísmo dos militares moderados: Eanes, Melo Antunes, Vítor Alves, etc. Foi preciso extinguir o Conselho da Revolução para sermos uma democracia plena. A Lei Constitucional 1/82 (a 1.ª revisão), aprovada por Soares e Balsemão, pôs fim a oito anos de tutela militar.
Seguiu-se o habitual cortejo de indignações. O dirigente comunista Vítor Dias obrigou-a a pôr aspas em democratas (uma curiosa ironia), achando repugnante que eu pudesse comparar o MFA com o exército egípcio. Do mesmo passo, os oligofrénicos do costume despejaram no brumoso blogue e no FB a linguagem de latrina que têm à mão. A ver se a gente se entende: eu não obrigo ninguém a concordar comigo. Mas tenho o direito a pensar pela minha cabeça. E não me comovo com a náusea mal resolvida do esquerdismo tardo adolescente.
Nem de propósito, ontem, Vasco Pulido Valente escreveu: «Não percebo por que razão os políticos divagam e os jornais se entusiasmam. [...] Nem sequer chegou o exemplo português de que um pequeno partido, com influência ideológica e bem organizado, [o PCP] pode facilmente corromper os militares e tomar conta do Estado [...] Por muito que doa ao idealismo adolescente em moda, civis sem armas não derrubam ditaduras.» Isto, que é o óbvio, não os perturbou. Presumo que nenhum leia o Público.
Irra que ao fim de 37 anos de liberdade de expressão ainda há gente a ver o mundo pelo olho da NKVD! Por último mas não em último: evita, porquê? E desta vez não evitou?
posted by Eduardo Pitta
Os cães de Pavlov não param de salivar. Uma fulana que não conheço de lado nenhum, descrita por amigos como espécie de freira laica do RALIS, escreveu: Eu evito este blogue, mas hoje fui lá para por acaso. E o que fez estrebuchar a criatura? Este parágrafo do post de sábado: As tutelas militares não dão bom resultado. A experiência portuguesa é eloquente: entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, dezanove meses de tranquibérnia absoluta; entre 25 de Novembro de 1975 e 30 de Setembro de 1982, subalternização da sociedade civil ao farisaísmo dos militares moderados: Eanes, Melo Antunes, Vítor Alves, etc. Foi preciso extinguir o Conselho da Revolução para sermos uma democracia plena. A Lei Constitucional 1/82 (a 1.ª revisão), aprovada por Soares e Balsemão, pôs fim a oito anos de tutela militar.
Seguiu-se o habitual cortejo de indignações. O dirigente comunista Vítor Dias obrigou-a a pôr aspas em democratas (uma curiosa ironia), achando repugnante que eu pudesse comparar o MFA com o exército egípcio. Do mesmo passo, os oligofrénicos do costume despejaram no brumoso blogue e no FB a linguagem de latrina que têm à mão. A ver se a gente se entende: eu não obrigo ninguém a concordar comigo. Mas tenho o direito a pensar pela minha cabeça. E não me comovo com a náusea mal resolvida do esquerdismo tardo adolescente.
Nem de propósito, ontem, Vasco Pulido Valente escreveu: «Não percebo por que razão os políticos divagam e os jornais se entusiasmam. [...] Nem sequer chegou o exemplo português de que um pequeno partido, com influência ideológica e bem organizado, [o PCP] pode facilmente corromper os militares e tomar conta do Estado [...] Por muito que doa ao idealismo adolescente em moda, civis sem armas não derrubam ditaduras.» Isto, que é o óbvio, não os perturbou. Presumo que nenhum leia o Público.
Irra que ao fim de 37 anos de liberdade de expressão ainda há gente a ver o mundo pelo olho da NKVD! Por último mas não em último: evita, porquê? E desta vez não evitou?
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