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Desencontros e perspectivas na Terra Santa

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Desencontros e perspectivas na Terra Santa Empty Desencontros e perspectivas na Terra Santa

Mensagem por Vitor mango Dom Mar 06, 2011 3:35 pm

Desencontros e perspectivas na Terra Santa



Por: Rosiane Rodrigues, em 11/01/2011 às 21:00














Uma cidade que, mesmo depois de 2011 anos, continua sendo o
ponto de partida para milhões de pessoas em todo mundo. Foi em
Jerusalém que a história dos cristãos começou a ser contada. Foi
aqui que o nascimento e a morte de Jesus marcaram definitivamente a
vida dos judeus. O que mais angustia é saber como olhar e definir
um lugar tão significativo, com suas riquezas e mazelas, perpassado
por lutas e guerras, há séculos. Jerusalém é a união do novo e do
velho, da paz e das disputas. Uma cidade histórica que hoje acolhe
palestinos, judeus de todos os cantos do mundo, marroquinos,
etíopes e europeus que se encontram para trabalhar, conviver e
coexistir.
Devido ao inverno - um frio que chega aos 3 graus - a noite cai
às 17h. Pela manhã, é necessário sair de luvas e cachecol. Ao
meio-dia, com sorte, você consegue se livrar de um dos casacos. O
que salva é a calefação.
Aqui toda cidade tem a mesma cor. Uma espécie de bege amarelado
das pedras de Jerusalém. Todos os prédios e casas, independente da
localidade e finalidade, possuem a mesma aparência.Isso dificulta a
localização de quem ainda não se acostumou com suas dezenas de
vilas, becos e avenidas.
Nada mais revelador para quem observa uma cultura do que os
mercados e feiras populares. A cidade abriga três mercados - todos
no mesmo modelo da Saara, no Rio de Janeiro - que vendem desde
roupa e ovos até doces e frutas do Oriente Médio. Aliás, as
melhores cotações para compra de moeda local estão nesses mercados.
Os cheiros e sabores também são muito diversos, desconhecidos e
fortes.

Desencontros e perspectivas na Terra Santa Diario-bordo-blog2



A moderna Jerusalém tem um custo de vida alto, apesar de um
shekel - moeda local - valer R$ 0,50. A água, bastante escassa por
aqui, é bem mais cara que um lata de refrigerante. Uma garrafa de
meio litro custa em média, R$ 7. A população está muito feliz
porque chove diariamente desde o último Sabbat. A comida também não
é barata, mesmo nos mercados populares. As refeições são compostas
basicamemte por frutas, pães, pastas,pepino e frango.

Desencontros e perspectivas na Terra Santa Diario-bordo-blog1



Sabbat

A cidade para durante a tarde de sexta-feira até o
início da noite de sábado. Apenas poucas lojas abrem. Até o
elevador do hotel muda seu ritmo. Ao subirmos do térreo ao quinto
andar, ele, primeiro, sobe até o último andar para então vir
parando andar por andar, independente do seu comando. Também não é
permitido o consumo de café, bebida alcóolica e festas - nem um
suco no mercado. O ritual é para guardar o dia de descanso,
previsto na Torá. Até mesmo os judeus que não são religiosos
respeitam as restrições do Sabbat.

Desencontros e perspectivas na Terra Santa Diario-bordo-blog





Mulheres de preto

Em Jerusalém - ainda não fui nas outras cidades
previstas no roteiro - a maioria esmagadora das mulheres veste
preto. São blusas, saias, calças, casacos e mantas que variam entre
o cinza-claro, cinza-escuro, preto e, quando muito, um marronzinho.
Pode parar se você pensa que me refiro apenas aos religiosos
ortodoxos (foto). Porém, mesmo distantes das cores vivas dos
trópicos, as mulheres desta cidade são simpáticas, sorridentes e
solícitas. Elas aparentam uma tristeza em suas vestimentas que não
se revela no cotidiano.
Um outro ponto que chama atenção é a quantidade de filhos. É
comum encontrar famílias inteiras andando de mãos dadas pelas ruas.
Já cheguei a contar cinco crianças pequenas, filhas de um mesmo
casal. As relações entre pais e filhos se mostraram afetuosas, como
as de quaisquer famílias no resto do mundo.
Balada? Don't have!

Uma cidade religiosa. Jerusalém tem poucas opções
de agito noturno, como danceterias,tão comuns no Brasil. O normal
por aqui são os pubs, ao estilo inglês. Todo mundo sentado,
conversando e bebendo. Ainda não vi nesses locais demonstrações
públicas de afeto, como beijos ou abraços mais entusiasmados.
Me surpreendi ao ouvir em plena Ben Yhuda - uma das principais
localidades da cidade - um funk, cantado em árabe, no ritmo de "Ja
é sensação", hit de alguns verões passados. Estava no pub da Rivlin
Street, experimentando a cerveja israelense Tuborg - feita de trigo
- e sendo atendida por uma garçonete que arriscava, muy bien, um
portunhol. Ao lado de dois amigos guachos, de Porto Alegre, Clarice
Moraes e Manoel D'Avila, que também fazem o curso do Yad Vashen,
comecei a fazer a coreografia do "joga a mão pro alto. Joga,
joga!", acompanhada pelo entusiasmo de Clarice.

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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