exposiçao do mango ao Director do Ambiente

Eng António Gonçalves Henriques
Agencia Portuguesa do Ambiente
Rua da Musgueira 9\9 A
Apartado 7585
2611-865 Amadora
Data 14 Março 2011
Vossa referencia 97\01
Of circ 742\09\Gaia
AIA913/Gaia

Assunto – Destruição Nascente do Brejo na Variante da Batalha IC2

Do meu reparo técnico e ecológico sobre a eventualidade da destruição da nascente do Brejo recebi de vários organismos oficiais e particulares informações que naturalmente agradeço
Infelizmente todos os meus temores sobre o processo se realizaram conforme fotografias que anexo
A nascente foi atolada coberta com areia trazida na enxurrada o colector desapareceu e os tubos que levam agua á quinta dos lagos ficou cooperativo
(Ver fotos anexas 1 e 2 )
Em todas as comunicações que recebi e em visitas ao local apenas e só me era garantido o estudo do impacto das aguas no local .Nenhuma mesmo nenhuma referencia me foi trazida ao impacto ambiental ou mesmo se esses estudos foram alguma vez realizados
Eu Explico
Uma Floresta que recebe as aguas da chuva tem o beneficio de “amortecer e reter superficialmente as mesmas provocando a sua infiltração no solo
Ora a destruição da “ floresta do Rato “, o coração da nascente foi devastado e, em lugar da Floresta ,vamos ter um manta impermeável que leva a agua em grande velocidade para fora dos recursos da nascente secando-a
Tive o cuidado de alertar que esta situação poderia ser minorada com um estudo técnico ambiental já que o vale apertado permite reter e travar as aguas perdidas caídas na auto estrada . Estes custos são insignificantes para quem tem na obra e no local vastos recursos
Senhor Director Henriques deixe-me que lhe diga que vamos assistir ao domínio da maquina sobre aquilo que demais precioso temos nos dias de hoje
A água

O recurso á agua e a sua defesa numa zona tristemente celebre e, neste local ,tão cobiçado pela industria do betão armado
Porque o assunto é de interesse nacional achei que seria valioso para V. Exas ver o alcance histórico com que estamos a lidar
Estou certo que as autoridades locais me acompanharão neste movimento cívico , para salvaguardarmos aquilo que temos de mais valioso e que é NOSSO
Entendi da sua carta que só recebera da entidade construtora a “Obra “ Ou auto-estrada se os recursos nacionais e locais do ambiente estiverem em conformidade com a salvaguarda ecológica como foram alertados pelo Sr Presidente da Junta da Azóia
Juntamente com o Dr Jorge Paiva e em Coimbra fui das primeiras pessoas a fazer uma exposição ecológica em Portugal e depois andar pelo mundo da ecologia
Aprendi uma coisa
A insensibilidade de quem utiliza o betão e o ferro e o Buldozer para problemas ecológicos
Assim achei de utilidade anexar notas ecológicas sobre o Lena e esta nascente

Com elevada consideração

Notas ecológicas sobre a nascente do Brejo
Em 14 de Agosto de 1385 todos os nossos soldados passaram por um tormento – A sede
O Mestre de Aviz perante tanto sofrimento mandou que na igreja de S. Jorge fosse colocada uma bilha de agua para que nunca mais ninguém tivesse sede
E ainda Hoje já passados mais de 600 anos a bilha lã continua ( ver foto em anexo nº 3 )
Ora eram os monges de Cister quem ao longo da nascente do Brejo limpavam a mesma recolhendo gota por gota ate ir parar á Quinta da Várzea ou servir de única agua para a aldeia de vale do Horto
A agua entrava na ribeira e depois um pouco á frente no rio Lena
A Quinta da Várzea é o local onde nasceu outro nosso herói de grande respeito. Mouzinho de Albuquerque e também ele encarregado da limpeza da nascente

Mao Tse Tung e os pardais

Num rasgo gesto do que parecia uma atitude justa este presidente da China mandou matar tudo o que fosse pardal ou parecido convencido que assim traria mais cerais ao seu povo
Só que o tiro saiu pela culatra com o aparecimento de pragas incontroláveis
Quando em 1988 convidado pelo ministro e dentro da FAO visitava aldeias a primeira coisa que nos mostravam eram iscos para atrair pardais
A Tv e os media acompanhavam o grupo ( foto 4)
Os erros ecológicos pagam-se caro
Em situação idêntica tive no Vale do Mondego onde os agricultores despejavam toneladas de pesticidas e não queriam ver uma arvore
Fui para a rádio Jornais explicar que os vegetais sem micorrizas nao absorvem alimentos e (…)
Os agricultores verificaram a tempo o erro e corrigiram

As Nossas crianças e a poluição do Lena e do Liz (foto 5 e 6 )

Lancei um alerta aos presidentes da Junta que a causa da poluição não se resolve com leis já que as mesmas paralisam nos tribunais e são viradas ao contrario pelos lóbis locais e do facto tenho razões de queixa do MA quando um construtor civil destrui a nascença na mira de fazer obras de betão … ( mais não digo …porque é surrealista …
Os presidentes foram sensíveis e reuniram junto do rio Lena dezenas de crianças
A causa esta ganha e já não vamos assistir quando porqueiros despejavam a “ mijaceira “ e os vizinhos que protestavam ouviam
- Quem esta mal muda-se
Era esta a resposta pronta e directa

Primeiro as pessoas e depois os carros

Convivi de perto com o arquitecto Jaime Lerner em Curitiba ,que tinha uma máxima
Todo o projecto que não tenha em atenção op bem estar das populações falha
Ora a população do vale do Horto vê desaparecer a sua nascente milenar e receber em volta …gazes dos carros poluição sonora e aguas em deslizamento incontrolável

Em 14 de Agosto de 1385 todos os nossos soldados passaram por um tormento – A sede
O Mestre de Aviz perante tanto sofrimento mandou que na igreja de S. Jorge fosse colocada uma bilha de agua para que nunca mais ninguém tivesse sede
E ainda Hoje já passados mais de 600 anos a bilha lã continua ( ver foto em anexo nº 3 )

Vitor mango escreveu:

Em 14 de Agosto de 1385 todos os nossos soldados passaram por um tormento – A sede
O Mestre de Aviz perante tanto sofrimento mandou que na igreja de S. Jorge fosse colocada uma bilha de agua para que nunca mais ninguém tivesse sede
E ainda Hoje já passados mais de 600 anos a bilha lã continua ( ver foto em anexo nº 3 )

esta aposto que nao sabiam

Viriato escreveu:

Vitor mango escreveu:

Em 14 de Agosto de 1385 todos os nossos soldados passaram por um tormento – A sede
O Mestre de Aviz perante tanto sofrimento mandou que na igreja de S. Jorge fosse colocada uma bilha de agua para que nunca mais ninguém tivesse sede
E ainda Hoje já passados mais de 600 anos a bilha lã continua ( ver foto em anexo nº 3 )

esta aposto que nao sabiam

Mas se bem me lembro, caro Mango, na visita guiada que me proporcionou, a bilha estava vazia. Nem água nem Kartaxo. Será da crise???