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Vários japoneses deixam Tóquio e demonstram descrédito no governo

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Mensagem por Vitor mango Qui Mar 17, 2011 12:48 pm

Vários japoneses deixam Tóquio e demonstram descrédito no governo

Ewerthon Tobace

De Tóquio para a BBC Brasil

Foto: Ewerton Tobace

Daiju Wada garantiu passagens para Tokushima, a sudoeste da capital

Enquanto a maioria dos moradores de Tóquio tenta voltar à vida normal, muitos outros lotam as estações de trem e aeroportos em busca de lugares mais seguros, longe da radiação nuclear.

O professor universitário Daiju Wada, 28 anos, enfrentou nesta quinta-feira uma fila na estação de Shinjuku para garantir passagens de trem-bala em direção à Tokushima, cidade à sudoeste do Japão, onde vivem seus pais.

“A universidade não está funcionando e, por insistência dos meus pais, resolvi sair de Tóquio”, disse à BBC Brasil.

O jovem não acredita que o governo japonês esteja mentindo sobre a periculosidade dos níveis de radiação. Mesmo assim, ele se mostra desconfiado com o risco real. “Acho que eles não podem provar, por enquanto, que darão conta de controlar a situação”, disse.

O estudante malaio Chong Foo Koon, 20 anos, também esperava sua vez para comprar os bilhetes para toda a família – a mãe e cinco irmãs – para o aeroporto de Narita. O destino era Kuala Lumpur, capital da Malásia.

“Vamos voltar e ficar por lá para nos sentirmos mais seguros”, afirmou o rapaz, que estuda cultura japonesa em Utsunomiya, na província de Tochigi. “Lá não temos desastres naturais”, completou sua mãe.

No entanto, as opiniões sobre a segurança em Tóquio não são unânimes. No mesmo bairro de Shinjuku, Kureha Nakmori, 22 anos, caminhava tranquilamente na tarde desta quinta, vestida de quimono.

Acompanhada da mãe, a jovem ia para a sua formatura. “A festa foi cancelada e vou apenas buscar o diploma. Como já tinha alugado o quimono, achei desperdício não usar”, disse.

“Acredito no governo e acho que esses níveis de radiação não farão mal para nossa saúde”, afirmou a jovem. “Não vamos deixar Tóquio enquanto o governo não ordenar a evacuação”.

Leo Kwan, 19 anos, também não demonstra preocupação. Ele fazia turismo pelo centro da capital japonesa ao lado da mãe. “Chegamos dois dias depois do terremoto. Não tinha mais como trocar as passagens e resolvemos vir de qualquer forma”, contou o jovem, que mora em Nova York.
Foto: Ewerton Tobace

Kureha Nakmori (à direita) diz acreditar no que o governo diz

“Os níveis de radiação são normais e não fazem mal a saúde”, diz o estudante. “Vamos aproveitar esses dias para conhecer outros pontos da cidade tranquilamente”, afirmou ele, que volta para os EUA na próxima segunda-feira.

Evacuação

O governo japonês evacuou os moradores num raio de 20 km da usina nuclear Fukushima Daiichi e sugeriu aos moradores em um raio inferior a 30 km que permanecessem em suas casas.

No entanto, a embaixada dos Estados Unidos sugeriu aos norte-americanos que moram num raio de 80 km que evacuem a área como medida de prevenção.

A embaixada britânica advertiu aos seus nacionais para que deixem Tóquio e áreas mais ao norte, enquanto a Rússia anunciou a retirada de famílias de diplomatas da capital.

A França pediu à Air France para disponibilizar mais aviões na rota Tóquio-Paris e, assim, facilitar a saída dos franceses da cidade.

Outras embaixadas transferiram seus funcionários para cidades mais a sudoeste do Japão. O governo da Áustria, por exemplo, transferiu suas atividades para Osaka.

Muitas multinacionais seguiram o exemplo dos governos e também realocaram seus funcionários para outras áreas ou países asiáticos.

Resfriamento em usina

Nesta quinta-feira, o Japão intensificou os esforços para resfriar os reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi. Helicópteros militares começaram a jogar toneladas de água nos reatores três e quatro da usina para tentar evitar o derretimento de bastões de combustível nuclear.

Fukushima já sofreu pelo menos três explosões desde o terremoto de magnitude 9,0, seguido por um tsunami, ocorrido na última sexta-feira (11). Autoridades japonesas afirmam que o número de mortos em decorrência do desastre já passa de 5,4 mil
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