Derrota em Milão ameaça Governo de Berlusconi
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Derrota em Milão ameaça Governo de Berlusconi
Derrota em Milão ameaça Governo de Berlusconi
Por Sofia Lorena
Ainda não havia boletins de voto contados mas as sondagens à boca das urnas já eram suficientemente claras para as televisões italianas anunciarem que o candidato do centro-esquerda, Giuliano Pisapia venceu a câmaras de Milão. A oposição também venceu em Nápoles.
Berlusconi está cada vez mais isolado (Remo Casilli/REUTERS)
Milão e Nápoles eram as duas cidades mais importantes que iam a votos na segunda volta das eleições municipais e regionais que se realizou domingo e segunda-feira.
“A cidade precisava de mudança e este voto demonstrou-o”, afirmou o vencedor em Milão, Giuliano Pisapia, candidato independente apoiado pelo Partido Democrático (PD), que obteve 55,1 por cento dos votos, contra os 44,9 da presidente da câmara Letizia Moratti, do Povo da Liberdade (PdL). Há 15 anos que a esquerda perdia sem sequer disputar uma segunda volta.
Ao contrário de Milão, Nápoles é um bastião tradicional da esquerda, mas juntando a crise do lixo ao facto de a esquerda concorrer dividida, era desta vez um objectivo da direita. E na primeira volta foi o empresário Gianni Lettieri, candidato do Povo da Liberdade, o mais votado. Mas à segunda Luigi de Magistris, ex-juiz e candidato do Itália dos Valores, o partido de Antonio Di Pietro, conseguiu 65,37 por cento dos votos contra 34,62 do adversário.
A perda de Milão, há 20 anos nas mãos da direita, é especialmente grave para o primeiro-ministro. Para além de ser cabeça de lista do seu Povo da Liberdade, Silvio Berlusconi apostou forte na campanha pela reeleição da presidente de câmara, Letizia Moratti, e considerou que perder Milão seria “impensável”.
Na última semana agitou como pôde o fantasma da “extrema-esquerda”, afirmando que com Pisapia a capital económica de Itália se iria tornar numa cidade “islâmica”, “de ciganos”, “caótica” e “entregue aos imigrantes”. Os eleitores não tiveram medo.
Muitos analistas anteciparam que se a direita perdesse Milão, a Liga Norte, partido aliado de Berlusconi, abandonaria o Governo, deixando o primeiro-ministro sem maioria no Parlamento.
“Em relação à Liga este é um momento de reflexão, mas também de espera para vermos o que é que decide o grande derrotado deste voto, que é o primeiro-ministro”, afirmou na emissão da Sky Leonardo Boriani, director do "La Padania", o jornal da Liga Norte.
Para já, vieram da oposição os pedidos para Berlusconi se demitir e o anúncio do "fim do berlusconismo", repetido pelos líderes do PD, dos democratas cristãos da UDC e também pelo ex-aliado do primeiro-ministro, Gianfranco Fini.
Ausente do país, numa visita a Bucareste, Berlusconi foi curto nas reacções: "Perdemos. A culpa não é minha", disse aos jornalistas. "Sou um combatente e de cada vez que perco, a minha força multiplica-se por dez."
Sniff... sniff, tadito. Já estou cheio de pena do berlosconas.
Por Sofia Lorena
Ainda não havia boletins de voto contados mas as sondagens à boca das urnas já eram suficientemente claras para as televisões italianas anunciarem que o candidato do centro-esquerda, Giuliano Pisapia venceu a câmaras de Milão. A oposição também venceu em Nápoles.
Berlusconi está cada vez mais isolado (Remo Casilli/REUTERS)
Milão e Nápoles eram as duas cidades mais importantes que iam a votos na segunda volta das eleições municipais e regionais que se realizou domingo e segunda-feira.
“A cidade precisava de mudança e este voto demonstrou-o”, afirmou o vencedor em Milão, Giuliano Pisapia, candidato independente apoiado pelo Partido Democrático (PD), que obteve 55,1 por cento dos votos, contra os 44,9 da presidente da câmara Letizia Moratti, do Povo da Liberdade (PdL). Há 15 anos que a esquerda perdia sem sequer disputar uma segunda volta.
Ao contrário de Milão, Nápoles é um bastião tradicional da esquerda, mas juntando a crise do lixo ao facto de a esquerda concorrer dividida, era desta vez um objectivo da direita. E na primeira volta foi o empresário Gianni Lettieri, candidato do Povo da Liberdade, o mais votado. Mas à segunda Luigi de Magistris, ex-juiz e candidato do Itália dos Valores, o partido de Antonio Di Pietro, conseguiu 65,37 por cento dos votos contra 34,62 do adversário.
A perda de Milão, há 20 anos nas mãos da direita, é especialmente grave para o primeiro-ministro. Para além de ser cabeça de lista do seu Povo da Liberdade, Silvio Berlusconi apostou forte na campanha pela reeleição da presidente de câmara, Letizia Moratti, e considerou que perder Milão seria “impensável”.
Na última semana agitou como pôde o fantasma da “extrema-esquerda”, afirmando que com Pisapia a capital económica de Itália se iria tornar numa cidade “islâmica”, “de ciganos”, “caótica” e “entregue aos imigrantes”. Os eleitores não tiveram medo.
Muitos analistas anteciparam que se a direita perdesse Milão, a Liga Norte, partido aliado de Berlusconi, abandonaria o Governo, deixando o primeiro-ministro sem maioria no Parlamento.
“Em relação à Liga este é um momento de reflexão, mas também de espera para vermos o que é que decide o grande derrotado deste voto, que é o primeiro-ministro”, afirmou na emissão da Sky Leonardo Boriani, director do "La Padania", o jornal da Liga Norte.
Para já, vieram da oposição os pedidos para Berlusconi se demitir e o anúncio do "fim do berlusconismo", repetido pelos líderes do PD, dos democratas cristãos da UDC e também pelo ex-aliado do primeiro-ministro, Gianfranco Fini.
Ausente do país, numa visita a Bucareste, Berlusconi foi curto nas reacções: "Perdemos. A culpa não é minha", disse aos jornalistas. "Sou um combatente e de cada vez que perco, a minha força multiplica-se por dez."
Sniff... sniff, tadito. Já estou cheio de pena do berlosconas.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Derrota em Milão ameaça Governo de Berlusconi
amen
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117583
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