Eça de Queirós e Kadhafi
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Eça de Queirós e Kadhafi
Publicada por
Combustões
em
2.7.11
0
comentários
01 Julho 2011
Eça de Queirós e Kadhafi
Publicada por
Combustões
em
1.7.11
2
comentários
Combustões
em
2.7.11
0
comentários
01 Julho 2011
Eça de Queirós e Kadhafi
"Eu sou civilizado, tu és bárbaro: logo, dá cá primeiramente o teu ouro e depois trabalha para mim. (...) Tu
não tens canhões, nem couraçados; logo, és bárbaro. (...) Este tem sido
o verdadeiro Direito Internacional desde Ramsés e o velho Egipto. Que
digo eu ? Desde Caim e Abel".
não tens canhões, nem couraçados; logo, és bárbaro. (...) Este tem sido
o verdadeiro Direito Internacional desde Ramsés e o velho Egipto. Que
digo eu ? Desde Caim e Abel".
Eça de Queirós, Ecos de Paris , Porto, Lello, 1945.
Na
Líbia, com impudícia, o poder nu - não completamente nu, mas
indecentemente trajando a curta e quase pornográfica lycra da democracia
- vai de parada em parada exigindo mais e mais. É como a guerra
franco-siamesa de 1893, que Eça com soberba ironia acompanhou. Em nome
de coisas sagradas bombardeia-se para roubar. Lembra-nos o famoso caso
diplomático franco-português a respeito da apreensão na costa de
Moçambique pelas autoridades portuguesas do navio negreiro Charles et
Georges. Paris respondeu violentamente e eriçou-se de pudores, afirmando
que os negros que a bordo seguiam de mãos atadas atrás das costas
estavam nesses preparos de livre vontade. Vejo aquela gentuça
arrebanhada por britânicos e franceses, aqueles ministros feitos num
vão-de-escada e sinto vergonha. Ainda se fosse um imperialismo à antiga,
com pundonor, cargas heróicas, bandeiras desfraldadas. Mas não, é coisa
rasca, de bufarinheiros e negociatas tão caprichosas como as areias do
deserto.
Líbia, com impudícia, o poder nu - não completamente nu, mas
indecentemente trajando a curta e quase pornográfica lycra da democracia
- vai de parada em parada exigindo mais e mais. É como a guerra
franco-siamesa de 1893, que Eça com soberba ironia acompanhou. Em nome
de coisas sagradas bombardeia-se para roubar. Lembra-nos o famoso caso
diplomático franco-português a respeito da apreensão na costa de
Moçambique pelas autoridades portuguesas do navio negreiro Charles et
Georges. Paris respondeu violentamente e eriçou-se de pudores, afirmando
que os negros que a bordo seguiam de mãos atadas atrás das costas
estavam nesses preparos de livre vontade. Vejo aquela gentuça
arrebanhada por britânicos e franceses, aqueles ministros feitos num
vão-de-escada e sinto vergonha. Ainda se fosse um imperialismo à antiga,
com pundonor, cargas heróicas, bandeiras desfraldadas. Mas não, é coisa
rasca, de bufarinheiros e negociatas tão caprichosas como as areias do
deserto.
Publicada por
Combustões
em
1.7.11
2
comentários
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117572
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos