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Mensagem por Vitor mango Dom Jul 03, 2011 11:41 pm



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Eu
ainda sou do tempo das costureiras: havia as que iam a casa para
arranjos ou necessidades de grande porte (como cortinados), as que nos
recebiam no quarto de costura em casa própria, e as mais finas, com
marcação e sala de espera.
Claro
que estas fadinhas da agulha tinham diversas especialidades; eram raras
as que tanto faziam roupa de dormir como cortavam um fato. Seja como
for, era sempre preciso esperar, e muitas vezes, era uma espera terrível
para uma miúda que tinha idealizado aquela blusa e mesmo para as
adultas: quem nunca foi buscar um vestido mesmo em cima da hora do
casamento, que se acuse.
Havia
costureiras com fartura, era um facto, mas mãos de ouro, essas eram
poucas e faziam-se filas para arranjar uma aberta no apertado calendário
de festas familiares, vestuário de verão, de inverno, e outras
minudências, como arranjos variados. Estou a esquecer-me das senhoras da
malhas, com as máquinas eléctricas de fio a peso, mas esse era o
domínio das adultas, se bem que olhando para velhas fotografias bem vejo
os casaquinhos saídos de novelos. Em bom rigor, nunca percebi o motivo
por que umas eram "modistas" e outras "costureiras", mas ambas eram uma
grande seca. Uma maçada para meninas e adultas naqueles paraísos das
damas: sobe bainha, pesponto aqui, corte acolá, endireite as costas e
meia dúzia de alfinetes.
Vem isto a propósitos da novas
"costureiras" dos shoppings, para arranjos rápidos e botões, muita
máquina, pouco jeito, preço milionário. Têm tabelas de preços para todos
os serviçose usam computadores e fazem campanhas promocionais via
telemóvel. Abandonaram os vãos de escada, o biscate foi substituido por
tributação fical e nós deixámos de as tratar pelo nome. Empregam
chinesas, russas, ucranianas e brasileiras; portuguesas julgo que só
mesmo os patrões e eu sou uma chata, bem sei, mas venho de uma casa de
mãos perfeitas com chuleados perfeitos e técnica a rigor. Presto para
pouco (estupidamente aprendi pouco), mas sei reconhecer alinhavos
competentes, uma casa bem cosida e um botão bem pregado. É só abrir uma
gaveta e ver panos de cozinha com monogramas bordados à mão.








posted by M Isabel G at 26.6.11


3 comments

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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