Sócrates e Amado às turras no último Conselho de Ministros
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Sócrates e Amado às turras no último Conselho de Ministros
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2 de Julho, 2011por Manuel A. Magalhães
O último Conselho de Ministros do Governo PS acabou em conversa azeda. Estava a ser um Conselho de Ministros distendido e informal, mas José Sócrates e Luís Amado toldaram o ambiente.
A última reunião do Executivo socialista acabou por ficar marcada por uma azeda troca de palavras entre o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros, tendo como tema Ribeiro de Menezes, o ex-braço direito de Amado no Palácio das Necessidades agora chefe de gabinete do novo primeiro-ministro, Passos Coelho.
A referência ao embaixador de Portugal em Estocolmo, que tinha estado à frente do gabinete de Luís Amado e veio integrar o núcleo duro do Governo PSD/CDS, fez a conversa descarrilar.
O que começou por ser uma brincadeira passou a assunto sério, deixando o grupo de ministros socialista desconfortável. Sócrates terá considerado insolente a forma como Amado se referiu à ‘transferência’ do seu ex-colaborador.
Noutra versão do sucedido, foi dito ao SOL que o ambiente em que decorria a conversa não dava razões a Sócrates para se irritar.
O episódio traz à superfície os desentendimentos que Sócrates e Amado vinham acumulando nos últimos meses. As posições de Amado diversas vezes sobressaíram num Governo com uma cultura de não desalinhados. Sócrates tentou evitar polémicas públicas, desabafando no seu círculo próximo. Como quando Amado defendeu que Portugal devia ter um Governo de coligação maioritário e o primeiro-ministro ‘reenquadrou’ as palavras: «Eu já tentei fazer isso logo no início do Governo».
Amado continuou a dar nas vistas. Defenderia um tecto constitucional para dívida pública, em contracorrente com o PS, e ainda embaraçou Sócrates ao confessar que Portugal fora vender dívida ao Qatar.
Este afastamento teve reflexos nas listas eleitorais: Amado (como Teixeira dos Santos, o outro ministro de Estado rebelde) não constou das listas do PS.
Em cima das legislativas, o MNE ainda fez ‘a graça’ de defender um «choque liberal» para a economia.
Sócrates exigiu mostras de lealdade na campanha e Amado não escapou a aparecer ao lado do PM num comício – seria recebido com frieza, no Palácio Cristal, pelos apoiantes socialistas. O seu discurso procurou esbater as diferenças mas elas notaram-se: «O PS cometeu erros e o Governo cometeu erros», disse, ensaiando um mea culpa que Sócrates considerou uma heresia.
manuel.a.magalhaes@sol.pt
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2 de Julho, 2011por Manuel A. Magalhães
O último Conselho de Ministros do Governo PS acabou em conversa azeda. Estava a ser um Conselho de Ministros distendido e informal, mas José Sócrates e Luís Amado toldaram o ambiente.
A última reunião do Executivo socialista acabou por ficar marcada por uma azeda troca de palavras entre o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros, tendo como tema Ribeiro de Menezes, o ex-braço direito de Amado no Palácio das Necessidades agora chefe de gabinete do novo primeiro-ministro, Passos Coelho.
A referência ao embaixador de Portugal em Estocolmo, que tinha estado à frente do gabinete de Luís Amado e veio integrar o núcleo duro do Governo PSD/CDS, fez a conversa descarrilar.
O que começou por ser uma brincadeira passou a assunto sério, deixando o grupo de ministros socialista desconfortável. Sócrates terá considerado insolente a forma como Amado se referiu à ‘transferência’ do seu ex-colaborador.
Noutra versão do sucedido, foi dito ao SOL que o ambiente em que decorria a conversa não dava razões a Sócrates para se irritar.
O episódio traz à superfície os desentendimentos que Sócrates e Amado vinham acumulando nos últimos meses. As posições de Amado diversas vezes sobressaíram num Governo com uma cultura de não desalinhados. Sócrates tentou evitar polémicas públicas, desabafando no seu círculo próximo. Como quando Amado defendeu que Portugal devia ter um Governo de coligação maioritário e o primeiro-ministro ‘reenquadrou’ as palavras: «Eu já tentei fazer isso logo no início do Governo».
Amado continuou a dar nas vistas. Defenderia um tecto constitucional para dívida pública, em contracorrente com o PS, e ainda embaraçou Sócrates ao confessar que Portugal fora vender dívida ao Qatar.
Este afastamento teve reflexos nas listas eleitorais: Amado (como Teixeira dos Santos, o outro ministro de Estado rebelde) não constou das listas do PS.
Em cima das legislativas, o MNE ainda fez ‘a graça’ de defender um «choque liberal» para a economia.
Sócrates exigiu mostras de lealdade na campanha e Amado não escapou a aparecer ao lado do PM num comício – seria recebido com frieza, no Palácio Cristal, pelos apoiantes socialistas. O seu discurso procurou esbater as diferenças mas elas notaram-se: «O PS cometeu erros e o Governo cometeu erros», disse, ensaiando um mea culpa que Sócrates considerou uma heresia.
manuel.a.magalhaes@sol.pt
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: Sócrates e Amado às turras no último Conselho de Ministros
about nada abouto
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