Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Portugal e o ouro

Ir para baixo

Portugal e o ouro Empty Portugal e o ouro

Mensagem por Joao Ruiz Seg Jul 25, 2011 4:47 am

study .

Portugal pode produzir 280 milhões de ouro

Hoje

Portugal e o ouro Ng1588815

A corrida ao ouro já chegou a Portugal, com empresas internacionais prontas para começar explorações no Continente, onde estão activas cinco prospecções de ouro, sendo que nos próximos meses duas delas vão iniciar a exploração. A previsão é que nos próximos dez anos permitam a exportação de 280 milhões de euros daquele metal precioso.

Em estado mais avançado está o projecto da exploração em Boa Fé, Montemor-o-Novo, que a multinacional canadiana Colt admite ter capacidade produtiva, numa extensão de 30 quilómetros, tendo já a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) o processo administrativo "totalmente fechado".

Mais a norte, em Vila Pouca de Aguiar, a Gralheira/Jales, última mina de ouro portuguesa e encerrada já em 1992, prepara-se para abrir de novo portas, depois de encontrados vestígios num novo local daquela mina, que permitem uma primeira exploração de 2347 quilos de ouro e 9482 quilos de prata.

Ainda há poucos dias, outra empresa canadiana anunciou ter descoberto ouro em trabalhos de prospecção, um dos cinco que decorrem em todo o País, neste caso na freguesia de Covas, Vila Nova de Cerveira, e que poderá ter ouro em quantidade "significativa", lê-se no site oficial da empresa.

In DN

Portugal e o ouro Smilie34Portugal e o ouro Smilie34Portugal e o ouro Smilie34Portugal e o ouro Smilie34

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
Joao Ruiz

Pontos : 32035

Ir para o topo Ir para baixo

Portugal e o ouro Empty A nova corrida ao ouro

Mensagem por Joao Ruiz Ter Ago 16, 2011 5:35 pm

.
A nova corrida ao ouro

Portugal e o ouro Minhas_antigas2

A escalada dos preços do nobre metal fez disparar projectos de novas minas no País

Metidos dentro das galerias da mina, a 600 metros de profundidade, os mineiros sabiam os perigos que corriam. Durante 33 anos, Augusto Silva assistiu a episódios dramáticos, dentro e fora da mina de Campo de Jales.

\"Vi gente morrer à minha beira. Usávamos explosivos para arrancar a rocha com que carregávamos as vagonas e era muito perigosos. Fazíamos turnos de 8 horas dentro da mina, havia dias em que nem chegávamos a ver a luz do Sol\".

Durante 11 anos, o jovem Augusto percorreu as galerias escavadas nas serras do concelho de Vila Pouca de Aguiar, em Trás-os-Montes, à procura de ouro. Depois, foi promovido a maquinista e o trabalho passou a ser feito fora da mina, mas nem por isso acabaram os sustos. \"Eu nunca tive um acidente, mas houve colegas que tiveram azares graves. Lembro-me de que houve grupos de mineiros que ficaram mais de 24 horas presos dentro da mina, antes que conseguíssemos trazê-los cá para cima\", lembra Augusto, de 74 anos. E se não eram os azares a ceifar vidas, o ar viciado das galerias deixou a muitos uma terrível herança de doenças pulmonares e outros males. \"Morreu muita gente por causa das minas\", diz Augusto.

Augusto Silva reformou-se quatro anos antes do fecho da última mina de ouro que funcionou em Portugal. Foi em 1992 que a mina de Jales deixou no desemprego cerca de 300 trabalhadores – nos tempos mais prósperos chegaram a trabalhar ali três turnos de 800 pessoas. Luís Delgado, hoje com 57 anos, saiu semanas antes do fecho: \"Já se estava a prever que a mina ia fechar. Não dava rendimento\", explica o mecânico, que zelava pelas viaturas ao serviço da mina de Jales. toara

ESPERANÇA CAUTELOSA

O fecho da mina foi um duro castigo para a região. Arnaldo Ribeiro, actual presidente da Junta de Freguesia de Alfarela de Jales – onde surgem agora novos projectos de exploração do mais precioso dos metais – faz contas aos que partiram: \"O concelho perdeu cerca de 40% da população. Os mais novos não tinham onde arranjar emprego e a maior parte deles emigrou\". Hoje, volta-se a falar na abertura de uma nova mina de ouro, na zona da Gralheira, mas os de lá desconfiam.

\"Já houve três empresas a fazer aqui prospecções, mas nunca avançaram para uma nova mina. Eu sei que tem havido estudos, mas tento não me deixar entusiasmar demasiado. A população já não está com grande esperança de que volte a haver minas\", explica Arnaldo Pinto. Norberto Pires, presidente da Junta de Freguesia vizinha, Vreia de Jales – onde se situava a mina que fechou em 1992 – também revela algum pessimismo. \"Não estou ao corrente dos projectos que estão a fazer agora, mas há muito tempo que se ouve falar nisso e não se vêm resultados\".

LICENÇAS A CAMINHO

A julgar pelos pedidos que têm chegado à Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), as gentes de Vila Pouca de Aguiar têm razões para esperar o regresso da actividade mineira a breve prazo. Desde 2010, a entidade que regula o sector recebeu 15 novos pedidos de prospecção de ouro (não havia nenhum antes), e está a apreciar outros cinco para a abertura de novas explorações.

A mina de Gralheira, em Jales, é uma das três que tem \"o processo de concessão de uma licença de exploração mais adiantado\", explica à Domingo Luís Martins, da Direcção de Serviços de Minas e Pedreiras da DGEG. São várias as empresas, nacionais e estrangeiras, interessadas, incluindo a Empresa de Desenvolvimento Mineiro, de capitais públicos.

Fonte desta empresa confirma que a EDM espera a curto prazo por uma decisão das autoridades para avançar para a exploração da nova mina da Gralheira. Um cenário justificado pelos consecutivos recordes que o preço do ouro tem atingido nos últimos tempos: \"Se o valor do ouro triplica, obviamente que o mesmo acontece em relação ao material que está depositado nas minas\", explica fonte da EDM à Domingo.

Os métodos que o antigo mineiro Augusto Silva conheceu quando trabalhou nas minas de Jales são, hoje, parte do passado. Uma mina com boa rentabilidade permite que se retire entre 4 a 6 gramas de ouro por cada tonelada de material extraído, o que exige tecnologia apurada e muito investimento.

\"O pedido de concessão para uma mina com uma certa dimensão deve ser acompanhado de dois elementos fundamentais: Estudo de Impacto Ambiental e o Plano de Mina, incluindo, este último, o plano de lavra, o plano de recuperação paisagística, o estudo de viabilidade económica e o plano de gestão de resíduos. Todos estes documentos têm de ser aprovados pelas entidades competentes\", explica Luís Martins, da DGEG.

Os prazos são demorados: \"Entre o pedido de concessão e a entrada da mina em produção, é normal passar entre um e dois anos, dependendo da menor ou maior complexidade da operação\".

Para além de Jales, também podem estar prestes a ser aprovados duas novas minas, em Montemor-o-Novo e na Serra de Banjas, que abrange os concelhos de Valongo, Gondomar e Paredes.

OURO NO ALENTEJO

Há décadas que sucessivos estudos geológicos apontam para a existência de ouro na região de Montemor-o-Novo. Mas só agora parecem estar reunidas as condições para a abertura de uma mina experimental na zona do Escoural. Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, dá conta do optimismo que se vive em relação ao início da actividade: \"Com a melhoria das técnicas de extracção e a subida dos preços do ouro, passou a ser viável ter aqui uma mina\".

O autarca desconhece os pormenores dos projectos em curso, mas espera que se mantenham as expectativas criadas pela Iberian Resources, uma empresa de capitais canadianos que fez prospecções na região antes de ceder a concessão à Colt Resources, também do Canadá: \"Apontava-se para uma exploração durante, pelo menos, 10 anos, criando-se cerca de 100 empregos directos. Pode não parecer muito, mas faria a diferença nesta região\", diz o autarca.

A Colt Resources, já explora outros minérios em Portugal e tem em curso outras prospecções de ouro, por exemplo em Penedono. Mas o projecto de Montemor-o-Novo é o mais adiantado e a própria DGEG confirma que o processo de concessão de uma licença para a extracção experimental está bem encaminhada. Até porque já existe um estudo de impacto ambiental que prova que \"é possível conciliar o ecossistema que existe na Serra de Monfurado com a exploração dos recursos minerais\", garante Carlos Pinto de Sá.

O autarca preferia que a nova mina fosse explorada por portugueses, mas não desdenha o investimento canadiano, que poderá trazer um novo fôlego a este concelho alentejano.

INVESTIMENTO CANADIANO

Grande parte dos projectos de prospecção vêm de companhias sediadas no Canadá. Luís Martins confirma que \"as empresas que mais têm investido no nosso País em prospecção e pesquisa são canadianas, mas também se tem registado investimento americano, australiano, português, etc.\". Em tempos de crise, há um notório esforço para atrair a Portugal quem queira explorar as riquezas escondidas debaixo do chão: \"A DGEG tem realizado campanhas de promoção do nosso potencial mineiro um pouco por todo o mundo, com especial destaque para o Canadá (Toronto) e China (Xangai)\", diz o responsável da Direcção de Serviços de Minas e Pedreiras.

Em Banjas, zona para a qual existe outro pedido de concessão de uma licença de exploração - ainda a ser apreciado - também são capitais canadianos que estão por trás da Almada Mining, empresa sedeada em Portugal que é titular da concessão. Sem querer adiantar pormenores, Luís Martins admite que, dos 15 pedidos de prospecção que entraram desde 2010, existem locais com \"excelente potencial\" em Trás-os-Montes.

Augusto Silva, que deu 33 anos da sua vida à mina de Jales, onde também trabalharam quatro dos seus 12 filhos, espera voltar a ver mineiros na sua terra. \"Não foi por falta de ouro que as minas fecharam. Era uma grande riqueza para esta região\". O ex-colega Luís Delgado, também anseia por novidades. Quanto mais não seja pela filha, uma engenheira química que ainda procura o primeiro emprego.

E TUDO OS ROMANOS LEVARAM

As minas de Jales, em Vila Pouca de Aguiar, foram a últimas de onde se extraiu ouro em Portugal. Fecharam em 1992, mas o início da exploração remonta ao início da era cristã. Terá sido durante o Império de Augusto que se intensificaram as actividades de extracção de ouro na Península Ibérica. O nordeste transmontano foi uma das regiões mais procuradas.

As explorações de Tresminas e de Jales já eram conhecidas dos Romanos, que dali extraíram preciosas pepitas de ouro, que haveriam de ser levadas para Roma. Também na zona de Valongo – onde poderá abrir em breve uma nova exploração – são conhecidas várias minas construídas pelos Romanos. Existem até circuitos turísticos que permitem aos visitantes conhecer os locais de onde se retirou o mais precioso dos minérios.

Ali perto, Castromil (Paredes) foi outro importante centro de mineração. Em São Pedro do Sul e em outras partes do Alentejo, também existem várias minas romanas. Além do ouro, os Romanos exploraram minas de prata e de chumbo, mas pouco restou após a sua partida.

NOTAS

RECORDE

O ouro chegou nesta semana aos 1800 dólares ( 1266 euros) por onça. Em 2009, não chegava a mil dólares.

SEGURO

Os analistas garantem que a tendência de valorização do ouro se vai manter na próxima década.

RESERVAS

O Banco de Portugal tem reservas de ouro avaliadas em 12 mil milhões de euros, mas existem restrições à sua venda.

CM, 2011-08-15

Rolling Eyes

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
Joao Ruiz

Pontos : 32035

Ir para o topo Ir para baixo

Portugal e o ouro Empty Portugal volta a extrair ouro 20 anos depois

Mensagem por Joao Ruiz Qui Mar 29, 2012 2:29 pm

.
Dispararam os investimentos

Portugal e o ouro Minas

Portugal volta a extrair ouro 20 anos depois

A mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes), a única em Portugal onde se explorou ouro, vai reabrir, duas décadas depois de encerrar.
O anúncio foi feito ao SOL pelo responsável do departamento de Minas e Pedreiras, da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG), Luis Martins, adiantando que no final deste mês deverá ser «lançado o concurso público» para as empresas interessadas em explorar aquele metal precioso naquela mina.

«O ouro que for extraído em Portugal deverá ter como destino o emergente mercado asiático», prevê Luis Martins, acrescentando que há já vários grupos interessados.

É o caso, entre muitas outras, de duas empresas canadianas: a Redcorp Ventures, uma das principais a operar no mercado mineiro em Portugal, e a Colt Resources. Na corrida deverá estar ainda a a portuguesa Almada Mining, também com capitais canadianos. De acordo com o responsável da DGEG «numa primeira fase o concurso será aberto só às empresas de extracção mineira que já mostraram interesse na Mina de Jales», mas depois será aberto a outros candidatos.

Para o país, as vantagens do regresso à exploração de ouro, numa altura em que a cotação do metal precioso atinge máximos históricos, são óbvias. «Além de todos os empregos directos e indirectos ligados à exploração, há as exportações, em que o país está a ter dificuldade. E este Governo já assumiu que as exportações são a saída da crise», diz Luís Martins.

Crescem pedidos de prospecção do metal

Aliás, no último ano aumentaram os pedidos de prospecção de ouro feitos à DGEG. E dispararam os investimentos de empresas privadas em projectos de pesquisa deste metal precioso. «Há, por exemplo, um projecto para prospecção no Valongo, da Almada Mining, em vias de ser aprovado; outro em Penedono e outro ainda em Vila do Rei, da inglesa MedGold», diz Luis Martins, esclarecendo que este departamento governamental não tem ainda os números conclusivos de 2011. «Mas temos a clara ideia de que o investimento aumentou ao nível dos melhores anos», garante.

Segundos os dados da DGEG, aos quais o SOL teve acesso, no melhor ano, 2005, em metais preciosos no país, foram investidos 2.944.458 euros.

A maioria das empresas mineiras a operar no país são, porém, estrangeiras, refere Daniel Oliveira, investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). É que os investimentos são bastante avultados e tem de se perder pelo menos dois anos para detectar se é viável explorar uma mina.

Por exemplo, a Colt Resources começou trabalhos de pesquisa de ouro em 2010 perto de Montemor-o-Novo, no Escoural, e só agora surgem os primeiros resultados do investimento. «E apenas dentro de seis meses a um ano, saberemos se vamos conseguir extrair ouro destas minas e se vamos avançar», explica ao SOL Nikolas Perrault, presidente da empresa que há cinco anos chegou ao país.

O líder da Colt Resources aproveita para sublinhar que «a tradição mineira em Portugal, que remonta há 200 anos, tem sido negligenciada nos tempos modernos». Nikolas Perrault diz que Montemor «era uma oportunidade em que ninguém reparava». E que agora promete dar lucros: «Tudo indica que vamos encontrar reservas assinaláveis em Montemor. Todos os dias temos dados novos promissores. Mas é cedo».

O presidente da empresa admite, no entanto, que o negócio é caro: «o investimento necessário à exploração será no mínimo de 10 milhões a 15 milhões de dólares ».

«Há grande potencial em Jales»

A Redcorp Ventures, que, do mesmo modo, mostrou interesse na prospecção na Mina de Jales, também adianta que a sua aposta passapelo ouro português. Depois de anos dedicados a outros metais, tem agora dois projectos para extrair ouro no país: um na Seara Velha, perto de Boticas, em Vila Real; e o de Jales.

«As Minas de Jales foram as maiores de ouro em Portugal e o projecto Jales/ Gralheira tem um potencial mínimo total de 300 mil onças de ouro (com um teor médio de 8,9 gramas por tonelada de ouro). Há um grande potencial», explica João Barros, director da Redcorp em Portugal.

O outro projecto da empresa é em Boticas, na Mina da Seara Velha, «Corresponde às antigas minas de ouro denominadas Limarinho e Poço das Freitas, cuja antiga concessionária Kernow Resources abandonou, e cujos estudos já realizados revelam um grande potencial em termos de reservas de ouro», adianta ainda João Barros.

Para os dois projectos, a Redcorp prevê, em termos de prospecção, um investimento de um milhão e 800 mil euros, só nos primeiros três primeiros anos.

Para Daniel Oliveira, o facto de o ouro ter uma cotação «tão alta» é uma oportunidade para Portugal. O responsável do LNEG lembra: «Não foi por acaso que os romanos investiram em Portugal. Já eles tinham minas de ouro abertas».


Sónia Balasteiro, SOL, 2012-03-27

Portugal e o ouro Images?q=tbn:ANd9GcR8YoCoguUUuYBv5SLRK4g5ZKQyElqvTvKnvmzfhx3hoav1w8UBvj05wA

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
Joao Ruiz

Pontos : 32035

Ir para o topo Ir para baixo

Portugal e o ouro Empty Re: Portugal e o ouro

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos