"Politicamente, Marcelo é muito superficial nas suas análises"

"Politicamente, Marcelo é muito superficial nas suas análises"

por Dn.ptHoje




É um dos críticos à actual direcção do Bloco de Esquerda, mas tem
esperança que Francisco Louçã possua a dimensão política para passar a
tempo o legado que construiu no partido.


Contesta a forma como os
jornalistas passam para o campo da assessoria
dos governos e depois regressam aos antigos lugares. "Quem vai por
convicções políticas para assessor, que foi o meu caso, não é
seguramente pela carreira. Não há problema de um jornalista vir a ser
assessor de imprensa, mas sim no saltitar", comenta. Mas aquilo que o
preocupa "um pouco mais" que isso, é quem "trabalha em redacções de
jornais e faz assessoria política disfarçada".
O político,
comentador e antigo jornalista defende que "formar a opinião dos outros é
fácil no mau sentido", porque "Portugal é dos países onde se lêem menos
jornais, o que significa que são pessoas pouco informadas". Daí,
defende, a dificuldade de ter debates políticos. "As pessoas adoram a
unanimidade em vez da frontalidade e da clareza necessárias", diz.
E
os fenómenos políticos criados por Marcelo Rebelo de Sousa?
"Politicamente, é muito superficial nas suas análises. Porque quer, pois
Marcelo Rebelo de Sousa é evidentemente, e consensualmente, uma pessoa
muito inteligente, com uma cultura política bastante profunda, só que
opta no meio que utiliza por fazer análises superficiais e por querer
criar fenómenos políticos", analisa.
Leia a entrevista na íntegra no e-paper do DN.
31
entrevistas em Agosto é uma rubrica do "Made in Portugal": durante os
31 dias deste mês de Agosto o DN publicará 31 entrevistas a figuras
portuguesas, que falarão do País que temos e daquele que queremos. Todas
as entrevistas serão conduzidas pelo jornalista João Céu e Silva. AMANHÃ: Inês Pedrosa

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