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líbia. Nem Trípoli cai, nem a guerra termina

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Mensagem por Vitor mango Qui Ago 18, 2011 1:03 am

íbia. Nem Trípoli cai, nem a guerra termina


por Francisco Serrano , Publicado em 18 de Agosto de 2011 | Actualizado há 9 horas


A oposição líbia já
está perto da capital. Mas a tomada do último reduto de Muammar Kadhafi
promete ser difícil e as divisões entre o governo de transição e os
combatentes na frente ameaçam o futuro pós-guerra























O bairro está escuro, porque os cortes de electricidade são comuns, e
a infra- -estrutura continua volúvel. Há fogo esporádico de
metralhadora - entretenimento de alguns jovens que vigiam os checkpoints
da cidade, disparando o seu aborrecimento para o ar ou celebrando as
notícias dos avanços rebeldes a caminho de Trípoli.

Mazim
Ramadan fuma hooka e bebe chá na esplanada sem luz, um pequeno intervalo
antes de regressar ao trabalho durante o resto da noite. Este líbio
residente nos Estados Unidos chegou a Benghazi um mês depois do início
da revolução. "Pensei que o Kadhafi cairia mais rapidamente."


Como muita gente em Benghazi, este empreendedor começa a estar cansado
do prolongamento da guerra. Ramadan fez a sua fortuna em Silicon Valley,
criando start-ups e vendendo-as na altura certa. Foi chamado para
ajudar na parte económica do governo provisório, trabalhando
directamente com Ali Tarhouni, o ministro das Finanças e do Petróleo no
governo de transição.

Mazim Ramadan tem orquestrado muita da
ginástica financeira que tem permitido a sustentabilidade económica do
que chamam a Líbia libertada: vendas de petróleo pagas a pronto,
angariação de empréstimos utilizando os fundos líbios congelados no
estrangeiro como garantia, envio de aviões cheios de dinheiro para as
cidades conquistadas pelos rebeldes na região montanhosa de Nafouza, no
Oeste do país.

Só recentemente é que o governo de transição
conseguiu encontrar financiamento para começar a pagar aos funcionários
públicos. "Vamos pagar agora os salários de Junho", explica Ramadan.

No meio da animação nocturna do Ramadão, Benghazi é uma cidade à espera
do fim da guerra. Agora a preocupação é com a capital. Com a guerra a
entrar no seu sétimo mês, a estagnação da ofensiva rebelde parece ter
sido invertida com os avanços a Oeste. No entanto, isso também quer
dizer que a guerra se aproxima da última etapa: a tomada de Trípoli.

Há vários cenários possíveis, desde uma capitulação relativamente
pacífica do regime, a um violento embate urbano com um elevado números
de vítimas civis. "As primeiras 48 horas serão essenciais", explica
Ramadan. "Estamos a organizar petroleiros que ficarão ao largo e
entregarão combustível à cidade imediatamente a seguir à tomada do
controlo pelas forças da oposição. E queremos também ter a liquidez
necessária para abrir o sistema bancário."

antes, é preciso
ganhar a guerra Mas as primeiras questões são militares. Uma série de
avanços por parte da oposição líbia no Oeste do país parece ter colocado
os rebeldes na sua posição mais forte desde o início da insurreição. As
forças opositoras ao regime de Muammar Kadhafi anunciaram ter tomado o
controlo de Garyan, a sul da capital. Também na conquista de Zawya, 50
km a oeste de Trípoli, houve avanços, com os rebeldes a disputarem agora
o centro da cidade com as forças governamentais, que a continuam a
bombardear com mísseis Grad na frente Este, disse hoje uma fonte do
Conselho Militar em Benghazi.

Se é certo que as várias vitórias
dos rebeldes ao longo de toda a guerra foram sempre seguidas de
contra-ataques por parte do exército líbio, a verdade é que se os
rebeldes conseguirem assegurar o controlo completo de ambas cidades, a
guerra entrará numa nova fase. Garyan e Zawya são a única ligação
possível com a fronteira com a Tunísia, de onde as forças governamentais
têm conseguido obter mantimentos e combustível.

Mesmo que os
rebeldes consigam assegurar o controlo total destas duas cidades
estratégicas nos próximos dias, a questão de como entrar na capital
continua a ser uma incógnita. O governo de transição em Benghazi
confirma que existem grupos de rebeldes já dentro da capital a aguardar o
momento certo para entrar em acção, mas também é peremptório em afirmar
que uma entrada das brigadas da oposição na capital terá de ser bem
planeada.

A maior incógnita é perceber que tipo de resistência
as forças de Kadhafi têm capacidade para montar. Brigadas do exército
líbio ainda intactas, mercenários estrangeiros e o perigo real da
existência de brigadas de civis armados, colocam um travão de
pragmatismo nos avanços militares dos rebeldes.

A solução ideal
para os chefes da rebelião é que um cerco efectivo à capital encoraje um
levantamento interno e a implosão dos resquícios do regime. O coronel
Kadhafi pode decidir negociar a sua saída, mas poderá também combater
até ao fim. Um sinal de que o regime está cada vez mais enfraquecido
veio com a fuga do ministro líbio do interior, Nassr al-Mabrouk
Abdullah, para o Cairo, na segunda-feira passada.

Os avanços na
frente de combate surgem no seguimento de semanas de instabilidade
política no seio da rebelião. Após o misterioso assassinato de Abdul
Fattah Younes, o líder militar da oposição, a 28 de Julho passado,
crescem os receios de que a coesão das forças rebeldes seja enfraquecida
por disputas tribais.

diferenças entre os rebeldes Na semana
passada, o comité executivo do Governo Nacional de Transição foi
demitido, numa tentativa de apaziguar as tensões. Em Benghazi fala-se de
um distanciamento entre os advogados, que compõem a facção política da
rebelião, e os jovens armados que lutam na frente, organizados em
katibas (brigadas). Muitas katibas surgiram localmente e de forma
informal, mostrando-se por vezes reticentes a aceitar o comando das
chefes rebeldes em Benghazi.

Num Hospital de Misrata, um rebelde ferido disse ao i
que durante combates na frente de Zliten, no início de Agosto, soldados
enviados de Begnahzi para ajudar no esforço de guerra haviam recuado
face ao avanço das forças governamentais, deixando muitos dos rebeldes
de Misrata vulneráveis.

Para evitar este tipo de descoordenação o
governo de transição quer organizar todas as katibas sob o comando do
exército comum. A imagem dos rebeldes foi também manchada pelos relatos
de pilhagens e retribuições contra civis apoiantes do Coronel Kadhafi em
localidades conquistadas no Oeste do país.

À medida que a
guerra na Líbia se aproxima do que poderá ser a sua última fase, o
Governo de Transição tem tido dificuldades em apresentar uma frente
unida. Em Benghazi, como no resto do território, o mais difícil poderá
vir com o final da guerra.






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Uma família quebra o jejum do Ramadão numa esplanada em Benghazi. A guerra tarda em acabar e na zona...














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O bairro está escuro, porque os cortes de electricidade são comuns, e
a infra- -estrutura continua volúvel. Há fogo esporádico de
metralhadora - entretenimento de alguns jovens que vigiam os checkpoints
da cidade, disparando o seu aborrecimento para o ar ou celebrando as
notícias dos avanços rebeldes a caminho de Trípoli.

Mazim
Ramadan fuma hooka e bebe chá na esplanada sem luz, um pequeno intervalo
antes de regressar ao trabalho durante o resto da noite. Este líbio
residente nos Estados Unidos chegou a Benghazi um mês depois do início
da revolução. "Pensei que o Kadhafi cairia mais rapidamente."


Como muita gente em Benghazi, este empreendedor começa a estar cansado
do prolongamento da guerra. Ramadan fez a sua fortuna em Silicon Valley,
criando start-ups e vendendo-as na altura certa. Foi chamado para
ajudar na parte económica do governo provisório, trabalhando
directamente com Ali Tarhouni, o ministro das Finanças e do Petróleo no
governo de transição.

Mazim Ramadan tem orquestrado muita da
ginástica financeira que tem permitido a sustentabilidade económica do
que chamam a Líbia libertada: vendas de petróleo pagas a pronto,
angariação de empréstimos utilizando os fundos líbios congelados no
estrangeiro como garantia, envio de aviões cheios de dinheiro para as
cidades conquistadas pelos rebeldes na região montanhosa de Nafouza, no
Oeste do país.

Só recentemente é que o governo de transição
conseguiu encontrar financiamento para começar a pagar aos funcionários
públicos. "Vamos pagar agora os salários de Junho", explica Ramadan.

No meio da animação nocturna do Ramadão, Benghazi é uma cidade à espera
do fim da guerra. Agora a preocupação é com a capital. Com a guerra a
entrar no seu sétimo mês, a estagnação da ofensiva rebelde parece ter
sido invertida com os avanços a Oeste. No entanto, isso também quer
dizer que a guerra se aproxima da última etapa: a tomada de Trípoli.

Há vários cenários possíveis, desde uma capitulação relativamente
pacífica do regime, a um violento embate urbano com um elevado números
de vítimas civis. "As primeiras 48 horas serão essenciais", explica
Ramadan. "Estamos a organizar petroleiros que ficarão ao largo e
entregarão combustível à cidade imediatamente a seguir à tomada do
controlo pelas forças da oposição. E queremos também ter a liquidez
necessária para abrir o sistema bancário."

antes, é preciso
ganhar a guerra Mas as primeiras questões são militares. Uma série de
avanços por parte da oposição líbia no Oeste do país parece ter colocado
os rebeldes na sua posição mais forte desde o início da insurreição. As
forças opositoras ao regime de Muammar Kadhafi anunciaram ter tomado o
controlo de Garyan, a sul da capital. Também na conquista de Zawya, 50
km a oeste de Trípoli, houve avanços, com os rebeldes a disputarem agora
o centro da cidade com as forças governamentais, que a continuam a
bombardear com mísseis Grad na frente Este, disse hoje uma fonte do
Conselho Militar em Benghazi.

Se é certo que as várias vitórias
dos rebeldes ao longo de toda a guerra foram sempre seguidas de
contra-ataques por parte do exército líbio, a verdade é que se os
rebeldes conseguirem assegurar o controlo completo de ambas cidades, a
guerra entrará numa nova fase. Garyan e Zawya são a única ligação
possível com a fronteira com a Tunísia, de onde as forças governamentais
têm conseguido obter mantimentos e combustível.

Mesmo que os
rebeldes consigam assegurar o controlo total destas duas cidades
estratégicas nos próximos dias, a questão de como entrar na capital
continua a ser uma incógnita. O governo de transição em Benghazi
confirma que existem grupos de rebeldes já dentro da capital a aguardar o
momento certo para entrar em acção, mas também é peremptório em afirmar
que uma entrada das brigadas da oposição na capital terá de ser bem
planeada.

A maior incógnita é perceber que tipo de resistência
as forças de Kadhafi têm capacidade para montar. Brigadas do exército
líbio ainda intactas, mercenários estrangeiros e o perigo real da
existência de brigadas de civis armados, colocam um travão de
pragmatismo nos avanços militares dos rebeldes.

A solução ideal
para os chefes da rebelião é que um cerco efectivo à capital encoraje um
levantamento interno e a implosão dos resquícios do regime. O coronel
Kadhafi pode decidir negociar a sua saída, mas poderá também combater
até ao fim. Um sinal de que o regime está cada vez mais enfraquecido
veio com a fuga do ministro líbio do interior, Nassr al-Mabrouk
Abdullah, para o Cairo, na segunda-feira passada.

Os avanços na
frente de combate surgem no seguimento de semanas de instabilidade
política no seio da rebelião. Após o misterioso assassinato de Abdul
Fattah Younes, o líder militar da oposição, a 28 de Julho passado,
crescem os receios de que a coesão das forças rebeldes seja enfraquecida
por disputas tribais.

diferenças entre os rebeldes Na semana
passada, o comité executivo do Governo Nacional de Transição foi
demitido, numa tentativa de apaziguar as tensões. Em Benghazi fala-se de
um distanciamento entre os advogados, que compõem a facção política da
rebelião, e os jovens armados que lutam na frente, organizados em
katibas (brigadas). Muitas katibas surgiram localmente e de forma
informal, mostrando-se por vezes reticentes a aceitar o comando das
chefes rebeldes em Benghazi.

Num Hospital de Misrata, um rebelde ferido disse ao i
que durante combates na frente de Zliten, no início de Agosto, soldados
enviados de Begnahzi para ajudar no esforço de guerra haviam recuado
face ao avanço das forças governamentais, deixando muitos dos rebeldes
de Misrata vulneráveis.

Para evitar este tipo de descoordenação o
governo de transição quer organizar todas as katibas sob o comando do
exército comum. A imagem dos rebeldes foi também manchada pelos relatos
de pilhagens e retribuições contra civis apoiantes do Coronel Kadhafi em
localidades conquistadas no Oeste do país.

À medida que a
guerra na Líbia se aproxima do que poderá ser a sua última fase, o
Governo de Transição tem tido dificuldades em apresentar uma frente
unida. Em Benghazi, como no resto do território, o mais difícil poderá
vir com o final da guerra.

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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líbia. Nem Trípoli cai, nem a guerra termina Empty Re: líbia. Nem Trípoli cai, nem a guerra termina

Mensagem por Joao Ruiz Qui Ago 18, 2011 4:34 am

.
Mais um jogo de cartas marcadas, tingidas de sangue...

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