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Os putos

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Mensagem por Viriato Seg Ago 29, 2011 4:00 am

Os putos



Entre o fado e a política, Carlos do Carmo chama ao 25 de Abril, “uma data bonita” – “Foi um clarão que traz consigo a esperança de ver resgatar a dignidade de um povo e de acreditar que juntos íamos fazer qualquer coisa”. Mas a realidade desiludiu-o: “Foi essa a esperança que tive e na qual acreditei durante alguns anos, até ver que a política é uma coisa muito delicada”.

Tanto que hoje não se revê no País. E explica: “Vou tão somente falar de uma pessoa: Aníbal Cavaco Silva. Que foi primeiro-ministro deste país quando entraram vagões de dinheiro e nunca o ouvi dizer ‘Este dinheiro tem que ser pago’! Quando era primeiro-ministro, a nossa agricultura foi vendida a pataco, as nossas pescas foram vendidas a pataco, a nossa indústria quase desapareceu (…) É tão fácil bater em Guterres, em Santana Lopes, em Durão Barroso ou em Sócrates. Não quero centrar-me numa pessoa e dizer ‘Eis aqui o bode expiatório disto tudo’, pretendo é alertar os portugueses que têm esta tendência para ter um paizinho, só que precisamos é de ter um paizinho sério. E merecemos mais do que este homem, que foi primeiro-ministro e que é Presidente da República!”



Para além soberba hipocrisia e deboche constitucional, que marcam a passagem de Cavaco por Belém, um dos aspectos mais extraordinários ligado à sua figura é o apoio que tem recebido do PCP e BE. Vejamos.

Aquando da comissão de inquérito parlamentar ao caso BPN, os deputados bloquistas e comunistas tentaram superar os deputados social-democratas e centristas na fúria com que apontaram todas as armas contra o Banco de Portugal. Porquê? Porque estava lá um socialista. Fazer de Constâncio o bode expiatório da roubalheira de milhares de milhões, assim alinhando com a sórdida estratégia da direita, era tudo o que os imbecis pretendiam. Portugal que se fodesse.

Aquando da Inventona de Belém, na prática a tentativa de um golpe de Estado através da comunicação social, os esquerdalhos ficaram entre o entusiasmados e o divertidos. Para eles, acontecesse o que acontecesse, havia sempre ganho. Em especial, estavam muito agradados com a possibilidade de sacarem ainda mais votos ao PS. Portugal que se fodesse.

Aquando da moção de censura de Cavaco no discurso da tomada de posse, algo que nenhum presidente anterior teria tido estômago para fazer e não se acredita que algum no futuro volte a repetir, PCP e BE comportaram-se como se tivessem metido Marx na gaveta e de seguida pegassem fogo à casa toda. Só assim se explica a cumplicidade activa com um plano que dependia da sua cegueira para interromper a legislatura e entregar o Governo ao PSD e CDS. A verdade era que os comunas preferiam mil vezes a direita conspiradora e anti-patriótica no poder ao PS. Portugal que se fodesse.

Contudo, há alguma beleza poética nisto de ver uma figura tão política e intelectualmente miserável como Cavaco papar ao pequeno-almoço os rubros proprietários do povo e da História. São como os putos cantados pelo Carlos do Carmo, sentadinhos ao colo do pai, mas com a fatal diferença de não ser com este que aprendem a ser homens.

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