Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

À conversa com o "Mandela palestiniano"

Ir para baixo

À conversa com o "Mandela palestiniano" Empty À conversa com o "Mandela palestiniano"

Mensagem por Vitor mango Sex Out 21, 2011 12:00 pm

À conversa com o "Mandela palestiniano"



À conversa com o "Mandela palestiniano" 9306895_py5Mq



Corria o Verão de 2001. O Médio Oriente
estava a “ferro e fogo”. A intifada de al Aqsa estava prestes a entrar
no segundo ano, com terroristas suicidas a fazerem-se explodir quase
todas as semanas nas cidades israelitas e os territórios ocupados da
Cisjordânia e da Faixa de Gaza em autêntico estado de sítio.




Em Ramallah, o autor destas linhas, tinha
uma entrevista marcada com aquele que era, talvez, o principal líder da
segunda intifida, sobretudo junto da população mais jovem.




Marwan Barghouti, destacado dirigente da
Fatah (então secretário-geral) e, alegadamente, fundador das milícias
Tanzim, uma espécie de braço armado daquele movimento político, era há
algum tempo um dos homens mais procurados pelas forças de seguranças
israelitas (IDF).




No seu escritório em Ramallah, lá estava
Barghouti, uma figura de pequena estatura, com ar amistoso e com o seu
famoso bigode. Cordial e acessível, embora não exibisse uma simpatia
excessiva, o militante da Fatah demonstrou desde logo uma convicção
política firme.




A entrevista foi partilhada com um
jornalista da agência de notícias alemã, e apesar das insistências,
Barghouti nunca admitiu que era o líder das milícias Tanzim,
responsáveis por vários atentados terroristas contra Israel.




Serpenteava-se como um verdadeiro político
na forma como respondia às perguntas mais sensíveis que lhe eram
colocadas, chegando mesmo a dizer que acreditava que a Palestina ia ser
independente “dentro de cinco anos” (Foi este o título da entrevista
depois publicada no jornal Público. No entanto, a História viria demonstrar que Barghouti estava erra
do).



Quem não estava errado eram os
interlocutores de Barghouti, quando o confrontaram com a sua relação com
as Tanzim, já que hoje não parece haver muitas dúvidas quanto a esse
facto. Aliás, uma relação que Israel nunca duvidou da sua existência. De
tal forma, que dias antes desta entrevista, aquele militante
palestiniano tinha escapado a um atentado selectivo das IDF contra o
carro onde viajava.



Um ano mais tarde, os soldados israelitas acabariam por deter Barghouti, sendo condenado posteriormente a 5 penas perpétuas.



Quando, na semana passada, foi tornado público
o acordo de troca de prisioneiros que estava a ser forjado entre o
Governo israelita e o Hamas, uma centelha de esperança reacendeu-se para
milhares de palestinianos, que viram aqui uma oportunidade para fazer
regressar a casa o carismático Barghouti. Mas, rapidamente essa
esperança se esvaneceu.



Sabendo do prestígio e da notoriedade do
ex-líder das Tanzim, a quem muitos chamam de o “Mandela palestiniano”,
as autoridades israelitas tiveram o cuidado de deixar bem claro desde o
início deste processo de troca de prisioneiros, que se prolongará
durante os próximos meses, que Barghouti não estava incluído nas listas
dos palestinianos a serem libertados.



Texto originalmente publicado no Forte Apache.





tags: israel, marwan barghouti, médio oriente, palestina


Publicado por Alexandre Guerra às 10:57
link do post | comentar |

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
À conversa com o "Mandela palestiniano" Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117530

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos