Sarkozy diz que aceitar Grécia na zona do euro foi ‘um erro’

Sarkozy diz que aceitar Grécia na zona do euro foi ‘um erro’


"Foi um erro porque a Grécia entrou com dados econômicos falsos. Ela não estava preparada", disse Sarkozy







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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou nesta quinta-feira
(27/10) que foi um "erro" a Grécia ter sido admitida no euro dez anos
atrás. "Foi um erro porque a Grécia entrou com dados econômicos falsos.
Ela não estava preparada", disse Sarkozy em uma aparição na televisão
francesa menos de 24 horas depois de um acordo de líderes da zona do
euro para solucionar a crise da dívida que afeta a região há um ano e
meio e também para ancorar o sistema bancário.


"Nós temos de fazer frente a tudo isso", declarou o líder francês, citado pelo jornal britânico The Guardian.
"Se o euro tivesse explodido ontem à noite, toda a Europa teria
explodido junto. Se a Grécia tivesse dado calote, haveria um efeito
dominó que arrastaria todo mundo junho. Nós tomamos decisões importantes
que evitaram uma catástrofe", declarou Sarkozy, segundo a reportagem do
Guardian.


Apesar de ter considerado um erro a entrada da Grécia para o euro em
2001, Sarkozy declarou-se otimista com relação à capacidade do país de
solucionar agora sua crise da dívida. "Nem eu nem (a chanceler alemã
Angela) Merkel estávamos no poder quando foi decidida a admissão da
Grécia no euro", comentou ele à TV francesa. "Mas a Grécia pode se
salvar" graças às decisões tomadas ontem na cúpula de Bruxelas,
concluiu.


Bolsas



O mercado europeu começou mais um dia em alta. As bolsas americanas
fecharam positivas depois do acordo europeu. As asiáticas também
voltaram a fechar com altas expressivas. O presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, deu entrevista dizendo que o anúncio acalmou os
mercados mundiais.




Klaus Regling, chefe do fundo de resgate europeu, já está na China.
Ele espera que o governo chinês continue a comprar títulos europeus, mas
afirmou que um acordo não será anunciado durante a visita dele. O
primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, também foi à televisão
em rede nacional explicar o acordo aos gregos. Muitas pessoas no país
ainda estão pessimistas.




Na Itália, os ânimos não são diferentes. Agora é a vez de a Itália
enfrentar a insatisfação popular. Nesta sexta-feira (28/10), em Roma,
começam as manifestações no país contra as novas medidas de austeridade.
Os sindicatos organizam uma greve geral, e o governo sofre a oposição
dos próprios aliados.

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Este Sarkozy é un grande ponto. Às tantas, pensa que o pessoal não sabe que, a seguir a Espanha e à Itália, seria a vez da França estar em situação mais que delicada. "Olha para o que eu digo, não para o que eu faço"