Ahmadinejad adverte contra qualquer ataque, ameaça retaliar contra Israel e EUA

Ahmadinejad adverte contra qualquer ataque, ameaça retaliar contra Israel e EUA

07 | 11 | 2011 11.51H
O
Irão rejeitou hoje novas acusações da agência da ONU para o nuclear e
ameaçou retaliar um eventual ataque de Israel ou dos Estados Unidos.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

O
Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou numa entrevista ao
diário egípcio Al-Akhbar que Teerão é capaz de fazer frente a um
eventual ataque israelita ou norte-americano.
“Eles estão a tentar
obter apoio internacional para uma operação militar que visa suprimir a
influência” iraniana na região, mas “o Irão não os deixará agir”, disse
Ahmadinejad, citado pela agência noticiosa IRNA.
O Presidente de
Israel, Shimon Peres, afirmou que a possibilidade de um ataque militar
contra o Irão está “mais próxima que a opção diplomática”, numa
entrevista dada no domingo à televisão israelita, depois de várias
notícias na imprensa israelita sobre um eventual ataque ao Irão.
A
Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), organismo da ONU
responsável pelo controlo da proliferação nuclear, deve divulgar na
terça-feira um relatório que, segundo fontes diplomáticas ocidentais,
reforça as suspeitas de ambições militares do programa nuclear iraniano.
Nos
últimos anos, as autoridades iranianas têm afirmado repetidamente que
um ataque de Israel ao Irão desencadeará represálias directas contra o
Estado hebreu mas também contra os Estados Unidos, em particular contra
as forças norte-americanas no Golfo Pérsico.
Sobre o relatório da
AIEA, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Akhbar Salehi,
afirmou que se baseia em “documentos falsos” conhecidos há muito tempo e
aos quais o Irão já respondeu pormenorizadamente no passado.
Salehi criticou “a propaganda” em torno deste processo, o qual foi “completamente politizado” pelos países ocidentais.
O
dirigente religioso iraniano Ahmad Khatami advertiu hoje, num discurso
na Universidade de Teerão, o director da AIEA, Yukiya Amato, para o
risco e “a gravidade” de publicar “documentos inventados” contra o Irão.