Polícia disfarçado tornava-se amante de mulheres a quem espiava. Elas descobriram
Página 1 de 1
Polícia disfarçado tornava-se amante de mulheres a quem espiava. Elas descobriram
Polícia disfarçado tornava-se amante de mulheres a quem espiava. Elas descobriram
Luis M. Faria
13:16 Domingo, 18 de dezembro de 2011
294 5
Aumentar Texto Diminuir Texto Link para esta página Imprimir Enviar por email
Deixe aqui o seu comentário 1 comentário
Grupos de activistas, ligados a causas ambientais e outras. Uma realidade comum a muitos países. No Reino Unido, pelos vistos, a autoridade achava-os perigosos. Tanto, que os mandou espiar.
Até aí nada de novo. Faz das parte das tarefas dos serviços secretos de um país recolher informações sobre "potenciais focos de instabilidade", sejam de esquerda ou de direita. O método é que pode ser discutível.
Durante anos, polícias britânicos envolveram-se com membros femininos das organizações que infiltravam. Dormiam com elas, mantinham relações de médio e longo prazo, sacavam tudo o que queriam.
No final, abandonavam-nas. Costumavam fazê-lo de repente, sem aviso, dizendo apenas, por exemplo, que a polícia andava à procura deles.
Um erro fatal
Um desses agentes undercover, Mark Kennedy, cometeu um dia um erro. Durante umas férias com a namorada, deixou à vista o passaporte, com o seu verdadeiro nome -- que não era o nome pelo qual ela o conhecia.
Desculpou-se invocando certas actividades ilegais pelas quais a namorada devia ter compreensão. Mas ela não ficou convencida. Falou com colegas, e começaram a investigá-lo. Acabaram por descobrir quem era.
Continuando a seguir o fio, descobriram que havia outros agentes, e outras mulheres, na mesma situação. Com casos amorosos que por vezes chegavam a durar oito nove anos.
Agora essas mulheres sentem-se traídas e violadas, e vão processar a polícia pelo trauma que sofreram.
Iniciativa individual ou oficial?
O processo invoca diversos artigos da convenção europeia dos direitos do homem, incluindo o que protege as pessoas de invasões à privacidade e tratamentos egradantes.
A polícia tenta fazer passar a ideia que tudo foi iniciativa dos agentes individuais. Mas o número de agentes envolvidos, os anos que as operações duraram, e o próprio facto de um dos agentes ter sido promovido a seguir -- ficando a supervisionar justamente esse tipo de actividade -- levanta sérias dúvidas sobre a boa fé dos responsáveis. No mínimo, terão fechado os olhos a uma actividade que era ilegal mas produzia resultados.
Após as revelações sobre racismo institucionalizado, sobre brutalidade em manifestações, e sobre a cumplicidade com tablóides como o defunto News of the World, é mais um embaraço para uma polícia que já foi considerável a mais respeitável, e respeitada, em todo o mundo.
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/policia-disfarcado-tornava-se-amante-de-mulheres-a-quem-espiava-elas-descobriram=f695126#ixzz1gy2NeVVr
Luis M. Faria
13:16 Domingo, 18 de dezembro de 2011
294 5
Aumentar Texto Diminuir Texto Link para esta página Imprimir Enviar por email
Deixe aqui o seu comentário 1 comentário
Grupos de activistas, ligados a causas ambientais e outras. Uma realidade comum a muitos países. No Reino Unido, pelos vistos, a autoridade achava-os perigosos. Tanto, que os mandou espiar.
Até aí nada de novo. Faz das parte das tarefas dos serviços secretos de um país recolher informações sobre "potenciais focos de instabilidade", sejam de esquerda ou de direita. O método é que pode ser discutível.
Durante anos, polícias britânicos envolveram-se com membros femininos das organizações que infiltravam. Dormiam com elas, mantinham relações de médio e longo prazo, sacavam tudo o que queriam.
No final, abandonavam-nas. Costumavam fazê-lo de repente, sem aviso, dizendo apenas, por exemplo, que a polícia andava à procura deles.
Um erro fatal
Um desses agentes undercover, Mark Kennedy, cometeu um dia um erro. Durante umas férias com a namorada, deixou à vista o passaporte, com o seu verdadeiro nome -- que não era o nome pelo qual ela o conhecia.
Desculpou-se invocando certas actividades ilegais pelas quais a namorada devia ter compreensão. Mas ela não ficou convencida. Falou com colegas, e começaram a investigá-lo. Acabaram por descobrir quem era.
Continuando a seguir o fio, descobriram que havia outros agentes, e outras mulheres, na mesma situação. Com casos amorosos que por vezes chegavam a durar oito nove anos.
Agora essas mulheres sentem-se traídas e violadas, e vão processar a polícia pelo trauma que sofreram.
Iniciativa individual ou oficial?
O processo invoca diversos artigos da convenção europeia dos direitos do homem, incluindo o que protege as pessoas de invasões à privacidade e tratamentos egradantes.
A polícia tenta fazer passar a ideia que tudo foi iniciativa dos agentes individuais. Mas o número de agentes envolvidos, os anos que as operações duraram, e o próprio facto de um dos agentes ter sido promovido a seguir -- ficando a supervisionar justamente esse tipo de actividade -- levanta sérias dúvidas sobre a boa fé dos responsáveis. No mínimo, terão fechado os olhos a uma actividade que era ilegal mas produzia resultados.
Após as revelações sobre racismo institucionalizado, sobre brutalidade em manifestações, e sobre a cumplicidade com tablóides como o defunto News of the World, é mais um embaraço para uma polícia que já foi considerável a mais respeitável, e respeitada, em todo o mundo.
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/policia-disfarcado-tornava-se-amante-de-mulheres-a-quem-espiava-elas-descobriram=f695126#ixzz1gy2NeVVr
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117496
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos