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Antigo director da Lusoponte recebeu um relógio dos arguidos

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Mensagem por Vitor mango Ter Mar 20, 2012 2:01 am


Antigo director da Lusoponte recebeu um relógio dos arguidos





19.03.2012 - 18:35
Por Lusa, PÚBLICO













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Antigo director da Lusoponte revelou conhecer arguidos há alguns anos (Pedro Cunha)









Um antigo director da Lusoponte revelou
hoje, em tribunal, que recebeu um relógio dos consultores Manuel Pedro e
Charles Smith, após organizar uma reunião com o advogado Augusto
Ferreira do Amaral, ligado à venda dos terrenos à Freeport.











Ouvido como testemunha da acusação no Tribunal
do Barreiro, onde decorre o julgamento, João Filipe Rebelo Pinto,
engenheiro civil da Lusoponte, disse ter recebido um relógio da marca
Burberrys dos sócios da Smith & Pedro, alegando que interpretou o
gesto como sendo de “gentileza” por os ter auxiliado a reunirem-se com o
advogado Augusto Ferreira do Amaral, seu amigo de longa data.

Questionado
pelo procurador Vítor Pinto sobre se recebeu pagamentos em dinheiro dos
arguidos Manuel Pedro e Charles Smith, a testemunha disse não se
recordar e pensar que não, mas que também não desmentia tal facto porque
“já não dispõe de contabilidade da época”.

Justificou que, à
data dos factos, além de trabalhar para a Lusoponte fazia vários
trabalhos de consultoria e peritagem para empresas e escritórios de
advogados, pelo que não se recorda com exactidão de todas as verbas
auferidas. Precisou contudou que formalmente nunca foi contratado como
consultor pela Freeport.

A testemunha revelou que Charles Smith
chegou a trabalhar com ele na Lusoponte entre 1995 e 1998, mais
concretamente na área de expropriações e realojamento. Quanto a Manuel
Pedro disse conhecê-lo do tempo em que este esteve à frente das Salinas
do Samouco, Alcochete.

Reiterando que nunca teve qualquer
“ligação formal” aos ingleses da Freeport, justificou que foi procurado
pelos sócios da Smith & Pedro porque ambos sabiam que ele “tinha
muitos contactos” com grupos ambientalistas e também com as “autoridades
do Ambiente” e que as suas ideias e sugestões podiam ser úteis para
edificar um empreendimento daquela natureza em Alcochete.

Referiu
que a fábrica de pneus da Firestone, cujo solo estava contaminado, foi a
zona escolhida para a edificação do projecto e que marcou uma reunião
entre os arguidos e Augusto Ferreira do Amaral, seu amigo desde os
bancos da escola e representante dos irlandeses da McKinney, promotora
imobiliária interessada na viabilidade da reconversão da antiga fábrica
de pneus Firestone em num centro comercial tipo outlet.

Além
de algum aconselhamento nos bastidores, João Filipe Rebelo Pinto disse
nem saber exactamente o que foi discutido na reunião entre Augusto
Ferreira do Amaral e a dupla Manuel Pedro

Charles Smith, tendo à saída dito aos jornalistas que foi um mero outsider no processo, negando ter contactos privilegiados no Ministério do Ambiente.

Durante
a tarde foi também ouvido como testemunha o arquitecto João Banazol,
ex-sócio da Capinha Lopes e associados, um atelier de arquitectos
contratado para retificar com urgência o projecto do Freeport.

A
testemunha revelou que o primeiro contacto com a firma foi estabelecido
através da Smith & Pedro, mas que depois foi tudo acordado com a
Freeport. Admitiu que o atelier já tinha realizado vários trabalhos para
autarcas e câmaras ligadas ao PS, mas negou ter conhecimento de
contactos privilegiados com o Ministério do Ambiente.

Confrontado
com documentos no processo que apontam para relações estreitas com o
Ministério do Ambiente, a testemunha não soube explicar, dizendo que a
parte técnica era com ele, cabendo as negociações a Capinha Lopes.
Admitiu contudo ter estado em várias reuniões em Lisboa e em Inglaterra
com os ingleses da Freeport.

Relativamente a verbas avultadas que
teriam sido pagas ao atelier de arquitectos, alegou desconhecimento,
dizendo não se dedicar à parte financeira.

O julgamento prossegue
amanhã com o interrogatório de cinco testemunhas, incluindo Augusto
Ferreira do Amaral e o antigo ministro da Economia, Mário Cristina de
Sousa.

O processo Freeport teve na sua origem suspeitas de
corrupção e tráfico de influências na alteração à Zona de Proteção
Especial do Estuário do Tejo e licenciamento do espaço comercial em
Alcochete quando era ministro do Ambiente José Sócrates, que veio mais
tarde a ser primeiro-ministro.









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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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