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"Vice-rei do Norte" quer um novo 25 de abril, mas popular

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Mensagem por Vagueante Ter Abr 24, 2012 5:06 am


"Vice-rei do Norte" quer um novo 25 de abril, mas popular
General Pires Veloso diz que tem de haver um um novo 25 de abril, mas não podem ser os militares a fazê-lo. "Para mim, o povo é que tem a força toda". 16:05 Segunda feira, 23 de abril de 2012 Última atualização há 37 minutos

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95 comentários

Pires Veloso (à direita) lamenta a existência de «um gangue que tomou conta do país» Sérgio Granadeiro O general Pires Veloso, um dos protagonistas do 25 de novembro de 1975 que naquela década ficou conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 25 de abril, de raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados"."Vejo a situação atual com muita apreensão e muita tristeza. Porque sinto que temos uma mentira institucionalizada no país. Não há verdade. Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo", disse hoje, em entrevista à Lusa.Para o general, que enquanto governador militar do Norte foi um dos principais intervenientes no contra-golpe militar de 25 de novembro que pôs fim ao "Verão Quente" de 1975, "dá a impressão de que seria preciso outro 25 de abril em todos os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de abril: "Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a pátria está em perigo"."Para mim, o povo é que tem a força toda. Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e pode ser que alguém surja" a liderar o processo.Inversão de valores E agora que "o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de entrar numa espiral de violência nas ruas, que é de acautelar", alertou, esperando que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com "uma imposição moral que leve os políticos a terem juízo".Como solução para evitar que as coisas se compliquem, Pires Veloso defendeu uma cultura de valores e de ética. "Há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética. Não aceito a atuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o país, as finanças e a economia. Tinha obrigação moral e não só de dizer ao país em que estado estavam as coisas", defendeu.Pires Veloso lamentou a existência de "um gangue que tomou conta do país. Tire-se o gangue, tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer.E ponha-se os mais ricos a contribuir para acabar a crise. Porque neste momento não se vai aos mais poderosos".O general deu como exemplo o salário do administrador executivo da Eletricidade de Portugal (EDP) para sublinhar que "este Governo deve atender a privilégios que determinadas classes têm"."Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos. Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim. Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. E se o povo percebe isso reage de certeza", disse.Para Pires Veloso, "se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso outro 25 de abril para mudar as leis", considerando que isto contribui para "a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter".Casos como este, que envolvem salários que "são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome", fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de abril: "Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há de vir".Inversão do 25 de abril Quanto ao povo, "assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles"."Quando se deu o 25 de abril de 1974, disseram que havia de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de abril exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem de arrepiar caminho rapidamente".Passos Coelho "tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de riqueza e que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise", defendeu, apontando a necessidade de rever rapidamente as parcerias público-privadas."Julgo que Passos Coelho quer a verdade e é esforçado, mas está num sistema do qual está prisioneiro. O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu. Falta-lhes mais tempo? Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, disse Pires Veloso".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/vice-rei-do-norte-quer-um-novo-25-de-abril-mas-popular=f721081#ixzz1sxDpqrFD

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Mensagem por Vagueante Ter Abr 24, 2012 6:08 am

Vagueante escreveu:

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Fale-se verdade e o país será diferente.
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"dá a impressão de que seria preciso outro 25 de abril em todos os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de abril: "Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a pátria está em perigo"."Para mim, o povo é que tem a força toda.
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Não aceito a atuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o país, as finanças e a economia. Tinha obrigação moral e não só de dizer ao país em que estado estavam as coisas"

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Pires Veloso lamentou a existência de "um gangue que tomou conta do país. Tire-se o gangue, tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer.E ponha-se os mais ricos a contribuir para acabar a crise. Porque neste momento não se vai aos mais poderosos".O general deu como exemplo o salário do administrador executivo da Eletricidade de Portugal (EDP) para sublinhar que "este Governo deve atender a privilégios que determinadas classes têm"."Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos. Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim. Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. E se o povo percebe isso reage de certeza", disse.Para Pires Veloso, "se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso outro 25 de abril para mudar as leis", considerando que isto contribui para "a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter".Casos como este, que envolvem salários que "são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome", fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de abril: "Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não:


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Mensagem por Joao Ruiz Ter Abr 24, 2012 7:31 am

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Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles"."Quando se deu o 25 de abril de 1974, disseram que havia de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de abril exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem de arrepiar caminho rapidamente".Passos Coelho "tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de riqueza e que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise", defendeu, apontando a necessidade de rever rapidamente as parcerias público-privadas."Julgo que Passos Coelho quer a verdade e é esforçado, mas está num sistema do qual está prisioneiro. O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu. Falta-lhes mais tempo? Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, disse Pires Veloso".

Acho que Pires Veloso está a ser ingénuo ou a não querer ver, quem é ralmente Passos Coelho e o que o move.

Começa por ninguém acreditar, que ele desconhecesse o estado real do país, quando promoveu intensamente a queda do governo anterior, a quem,praticamente obrigou, ele e Cavaco Silva, juntamente com os arautos da desgraça, que diariamente nos entravam casa adentro, sem pedir licença, praticamente obrigou, dizia eu, o anterior governo a mandar vir a troika para cá.

Se a memória me não falha, havia o PEC IV, devidamente aprovado pelos "grandes" da Europa, o que não invalidaria medidas draconianas, de certeza, mas, pelo menos, não "subiria o sapateiro além da chinela".

Ele nem sequer escondeu o que o movia - ir rapidamente ao pote do ouro, custasse o que custasse. Para isso, prometeu, prometeu, prometeu e voltou a prometer um mar de rosas e não falar da governação anterior E o que faz hoje? Incompetente, incapaz e mentiroso, decreta desgraça atrás de desgraça, pusilanimemente, para o mais fraco. Com os poderosos não se atreve ele.

Claro, que Passos Coelho foi eleito, por processo democrático, o que não faz dele um democratanem, muito menos alguém merecedor da confiança nele depositada, pelo engodo de tanta mentira.

Não é falta de tempo, nem vai mudar... nada, como ainda ac redita PV.

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"Vice-rei do Norte" quer um novo 25 de abril, mas popular  Empty O meu 25 de Abril de 1974

Mensagem por Vagueante Ter Abr 24, 2012 12:43 pm

Levanto-me e preparo-me para sair para o trabalho.
Enquanto me preparava, a minha mulher foi ali ao lado à padaria buscar pão fresco para o pequeno almoço.
Pouco depois entra em casa esbafurida, dizendo: Germano! liga a telefonia para o Rádio Clube Português!. Temos soldados na rua! há uma revolução!
Confirmei que tal acontecia vindo à rua e vendo na esquina soldados de camuflado e G3 na mão.
Não, não era por mim. Era porque o General Spínola morava ali a cerca de 100 metros e já se contava com ele para participar no acontecimento.
Entretanto o RCP emitia informações do Movimento das Forças Armadas que pedia às pessoas para permanecerem em casa pois estava em curso um movimento militar para derrubar o governo.
Passava-se música revolucionária e as restantes rádios, bem como a televisão, estavam caladas.
Resolvi telefonar para o meu emprego a pedir orientações à chefia. Foi-me dito para permanecer em casa.
Seguidamente, entrei em contacto telefónico com a minha mãe que me informou estar sozinha em casa em virtude de o meu pai já ter saído para o trabalho.
Foi buscá-la a casa e de seguida fui buscar o meu pai ao local de trabalho, local que ele abandonou sob protesto pois não acreditava em nada.
Trouxe os meus pais para minha casa aonde permaneceram até ao fim do dia.
Entretanto, fui ouvindo as declarações emitidas do posto de comando do Movimento das Forças Armadas e comecei a ficar apreensivo, porque não confio por natureza nos homens que têm armas na mão e foi pedindo a todos os santos e santinhos para que o resultado final da rebelião militar não se transformasse numa guerra civil.
Finalmente, ao fim do dia, fiquei mais descansado quando, após várias diligências militares, o General Spínola resolveu aceder ao pedido de Marcelo Caetano para lhe entregar o poder.
Daí para a frente toda a gente, com mais ou menos pormenores sabe o que aconteceu.
Chegados a este ano de 2012, e olhando em rectrospectiva, o nosso território que se estendia do "Minho a Timor", está reduzido ao pequeno espaço do Continente e das duas regiões autónomas e, pelos meus valores, já nem sequer nestes territórios mandamos pois estamos sob a suzerania daquilo a que se convencionou chamar TROIKA.
Valeu a pena o 25 de Abril de 1974?
Não tenho uma resposta.

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Mensagem por Vitor mango Ter Abr 24, 2012 12:57 pm

interessante ...a narrativa

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Mensagem por Joao Ruiz Ter Abr 24, 2012 2:29 pm


Valeu a pena o 25 de Abril de 1974?
Não tenho uma resposta. .
Vagueante


Eu tenho uma resposta, concisa e precisa - NÃO!

Não valeu a pena, nem mesmo quando se invoca o ter "liberdade", para o justificar e só lamento tê-lo saudado sinceramente, por nunca ter imaginado, nem em sonhos, que havíamos caído na maior fraude política de todos os tempos.

No






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Mensagem por Vitor mango Ter Abr 24, 2012 2:44 pm

eu diria que

tenho uma palavra


SATURAÇAO ...seguido de um grito de Ipiranga

só que o PCP e sus muchachus acharam que tinham o mesmo direito de salazar e estabelecer outra ditadura

e levaram nas lonas

Depois andamos a apalpar porque dezenas de anos no obscuro a gente tinham uma certa miopia

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