Sul-coreanos querem Base de Beja
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Sul-coreanos querem Base de Beja
Sul-coreanos querem Base de Beja
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5 de Maio, 2012por Helena Pereira
Empresa sul-coreana está em negociações com o Governo para instalar uma escola de pilotos de aviões de combate na base militar.
A base área de Beja pode passar a ‘ser’ sul-coreana. O Governo deverá dar luz verde ao projecto de instalação de uma escola de formação de aviões de combate, com capitais sul-coreanos, mas que servirá ainda para formar militares de vários países da América Latina.
A proposta foi feita por uma empresa da Coreia do Sul, de capitais maioritariamente públicos, que gere a formação dos pilotos da força aérea daquele país.
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, confirmou ao SOL que o Governo, através dos ministérios das Finanças e da Defesa, está a analisar a proposta sul-coreana e «o modelo» a adoptar para o projecto ir em frente. Esse modelo pode passar, por exemplo, por uma parceria ou mesmo por uma concessão. Neste caso, isto significa que a responsabilidade da gestão de parte da base aérea sairia do Estado português e passaria para uma empresa privada.
A este propósito, aliás, o Documento de Estratégia Orçamental, entregue esta semana no Parlamento, deixa claro que até Junho o Ministério das Finanças terá pronta uma lista de tudo aquilo que pode ser concessionado pelo Estado a privados. Beja pode ser um dos casos.
Antes de contactarem Portugal, os sul-coreanos ponderaram, primeiro, instalar-se na base espanhola de Talavera la Real – estiveram sempre interessados num país da Europa sem restrições no espaço aéreo.
Rentabilizar aeroporto civil
As negociações, porém, não correram bem com Espanha.
Uma das mais-valias da base portuguesa terá a ver com a possível utilização do aeroporto civil, que funciona ao lado da base militar e que, apesar do investimento de 33 milhões de euros feito pelo Governo português para o transformar num aeroporto de empresas aéreas low cost, pouca utilização tem tido. «Se alguma coisa pode pôr o aeroporto civil a funcionar é este projecto», comentou ao SOL fonte militar.
Na prática, trata-se de um investimento grande e benéfico para aquela região alentejana que veio parar às mãos do Governo sem grande esforço das autoridades portuguesas.
O presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, congratula-se com este projecto. A região «vai ter contrapartidas indirectas», referiu ao SOL, sublinhando que se trata de pessoas «com um poder de compra significativo».
Os sul-coreanos vão dar formação com o avião T50, de fabrico também sul-coreano, e parecido com o F16, usado pela Força Aérea portuguesa.
A formação que será dada, porém, não se restringe apenas a militares sul-coreanos. A ideia é formar também militares de vários países da América Latina, com quem a Coreia do Sul tem acordos.
Alemães ocuparam base durante 20 anos
O projecto fala em cerca de 300 famílias, que passarão a viver nas imediações da base, à imagem do que aconteceu com os alemães no passado. Será construído, por isso, um novo bairro nos terrenos militares.
Recorde-se que a base de Beja, construída em 1967, serviu essencialmente como unidade de instrução da Força Aérea Alemã (Luftwaffe) durante 20 anos. Foi com dinheiro alemão que a base foi ampliada (trata-se de uma das maiores bases da Europa) e construído o ‘bairro dos alemães’ para as famílias dos militares.
Os alemães sairam em 1987 e, nessa altura, a Força Aérea Portuguesa viu-se na obrigação de deslocar algumas esquadras para ocupar Beja (e justificar a sua utilidade militar), nomeadamente aeronaves de instrução e de busca e salvamento.
helena.pereira@sol.pt
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5 de Maio, 2012por Helena Pereira
Empresa sul-coreana está em negociações com o Governo para instalar uma escola de pilotos de aviões de combate na base militar.
A base área de Beja pode passar a ‘ser’ sul-coreana. O Governo deverá dar luz verde ao projecto de instalação de uma escola de formação de aviões de combate, com capitais sul-coreanos, mas que servirá ainda para formar militares de vários países da América Latina.
A proposta foi feita por uma empresa da Coreia do Sul, de capitais maioritariamente públicos, que gere a formação dos pilotos da força aérea daquele país.
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, confirmou ao SOL que o Governo, através dos ministérios das Finanças e da Defesa, está a analisar a proposta sul-coreana e «o modelo» a adoptar para o projecto ir em frente. Esse modelo pode passar, por exemplo, por uma parceria ou mesmo por uma concessão. Neste caso, isto significa que a responsabilidade da gestão de parte da base aérea sairia do Estado português e passaria para uma empresa privada.
A este propósito, aliás, o Documento de Estratégia Orçamental, entregue esta semana no Parlamento, deixa claro que até Junho o Ministério das Finanças terá pronta uma lista de tudo aquilo que pode ser concessionado pelo Estado a privados. Beja pode ser um dos casos.
Antes de contactarem Portugal, os sul-coreanos ponderaram, primeiro, instalar-se na base espanhola de Talavera la Real – estiveram sempre interessados num país da Europa sem restrições no espaço aéreo.
Rentabilizar aeroporto civil
As negociações, porém, não correram bem com Espanha.
Uma das mais-valias da base portuguesa terá a ver com a possível utilização do aeroporto civil, que funciona ao lado da base militar e que, apesar do investimento de 33 milhões de euros feito pelo Governo português para o transformar num aeroporto de empresas aéreas low cost, pouca utilização tem tido. «Se alguma coisa pode pôr o aeroporto civil a funcionar é este projecto», comentou ao SOL fonte militar.
Na prática, trata-se de um investimento grande e benéfico para aquela região alentejana que veio parar às mãos do Governo sem grande esforço das autoridades portuguesas.
O presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, congratula-se com este projecto. A região «vai ter contrapartidas indirectas», referiu ao SOL, sublinhando que se trata de pessoas «com um poder de compra significativo».
Os sul-coreanos vão dar formação com o avião T50, de fabrico também sul-coreano, e parecido com o F16, usado pela Força Aérea portuguesa.
A formação que será dada, porém, não se restringe apenas a militares sul-coreanos. A ideia é formar também militares de vários países da América Latina, com quem a Coreia do Sul tem acordos.
Alemães ocuparam base durante 20 anos
O projecto fala em cerca de 300 famílias, que passarão a viver nas imediações da base, à imagem do que aconteceu com os alemães no passado. Será construído, por isso, um novo bairro nos terrenos militares.
Recorde-se que a base de Beja, construída em 1967, serviu essencialmente como unidade de instrução da Força Aérea Alemã (Luftwaffe) durante 20 anos. Foi com dinheiro alemão que a base foi ampliada (trata-se de uma das maiores bases da Europa) e construído o ‘bairro dos alemães’ para as famílias dos militares.
Os alemães sairam em 1987 e, nessa altura, a Força Aérea Portuguesa viu-se na obrigação de deslocar algumas esquadras para ocupar Beja (e justificar a sua utilidade militar), nomeadamente aeronaves de instrução e de busca e salvamento.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117496
Re: Sul-coreanos querem Base de Beja
Recorde-se que a base de Beja, construída em 1967, serviu essencialmente como unidade de instrução da Força Aérea Alemã (Luftwaffe) durante 20 anos. Foi com dinheiro alemão que a base foi ampliada (trata-se de uma das maiores bases da Europa) e construído o ‘bairro dos alemães’ para as famílias dos militares.
Os alemães sairam em 1987 e, nessa altura, a Força Aérea Portuguesa viu-se na obrigação de deslocar algumas esquadras para ocupar Beja (e justificar a sua utilidade militar), nomeadamente aeronaves de instrução e de busca e salvamento.
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