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Agua aguada e aguapé

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Agua aguada e aguapé  Empty Agua aguada e aguapé

Mensagem por Vitor mango Dom maio 13, 2012 5:27 am

...Para o xxxxxalguma info que poderá ser util...
Portugal é um dos países da Europa que pior gere a utilização da água dos rios, em especial na agricultura e no turismo, de acordo com um relatório de uma organização ambientalista internacional."Água e Zonas Húmidas - Os pontos críticos na política da água na Europa" é o título do documento elaborado pela organização ambientalista Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF), que analisou a situação de gestão deste recurso em 23 países europeus, à luz das regras da nova directiva da água, aprovada em 2000.Os países do sul da Europa - como Portugal, Croácia, Grécia, Espanha, Itália e Turquia - estão entre os piores no que respeita à aplicação das leis para protecção dos cursos de água doce - rios, lagos e lagoas -, demonstrando "falta de estratégia e de coordenação, pouca transparência e envolvimento do público e o não reconhecimento do valor das zonas húmidas".Do outro lado, Finlândia, a zona flamenga da Bélgica, França, Suécia e Suiça dão o exemplo.O uso desmesurado de água para a produção agrícola é uma das maiores lacunas verificadas em Portugal, sendo que a estratégia é de que "tentar captar cada vez mais água - através da construção de grandes barragens, como Alqueva - em vez de utilizar a existente de forma equilibrada"."Todos os países estão a explorar demasiado os seus rios ao construir infra-estruturas e a sobre-explorar a água por razões económicas", lê-se no relatório, que exemplifica com Portugal, Bulgária, Irlanda, Espanha, Itália e Escócia.No nosso país, a agricultura constitui a maior pressão na quantidade e qualidade dos recursos e a fragmentação dos rios deve-se à construção de diques e barragens e de meios de prevenção das cheias.Para mais, acrescenta a investigadora, Lucia de Stefano, nos países "secos" e com escassez sazonal de água como Itália, Portugal e Espanha, "os agricultores não pagam a quantidade de água utilizada para irrigação" nem a poluição causada pela actividade é punida, apesar das leis existirem.Além disso, 88 por cento dos terrenos agrícolas irrigados correspondem a esquemas privados, onde não há qualquer controlo do total da água utilizada.Também no que respeita à participação do público na gestão da água, nomeadamente das organizações não governamentais, Portugal recebe nota negativa, em muito devido "a obstáculos burocráticos e administrativos", tal como na gestão e protecção das zonas húmidas, locais ricos em fauna.Como ponto positivo, os ambientalistas salientaram a cooperação internacional, nomeadamente através do acordo com Espanha sobre as bacias hidrográficas comuns (Douro, Tejo, Minho e Guadiana).No âmbito da investigação, foi analisado ao pormenor a situação do rio Guadiana, onde existem "muitas actividades económicas e humanas dependentes da água", com as "ainda frequentes" descargas ilegais das unidades agro-industriais e da agricultura como principais responsáveis pela deterioração da qualidade da água.Problemas detectados na qualidade da água devem-se ainda, segundo os ambientalistas, à existência de pequenas estações de tratamento e a pressões como o turismo, que sofreu um rápido crescimento económico nas últimas décadas.Em Portugal, a água de superfície garante 92,5 por cento dos recursos de água doce e 7,5 por cento subterrânea, das quais 87 por cento é usada para irrigação, oito por cento para uso doméstico e cinco por cento para consumo industrial.Os ambientalistas consideram que 80 por cento dos países analisados não estão preparados para aplicar a nova directiva-quadro da água, que define as regras de utilização dos recursos e que consideram essencial para manter o equilíbrio deste recurso.Além disso, há países, como Portugal, Irlanda, a zona francófona da Bélgica e Itália - que ainda não têm sequer um esboço do que será a lei nacional que irá transpor a directiva europeia, o que terá de ser feito até 23 de Dezembro.As linhas mestras nova directiva-quadro da água foram negociadas durante a presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre de 2000, e concluídas no final desse ano.Numa análise geral, os ambientalistas consideram que a água na Europa está em risco, ameaçada pela sobre-exploração, poluição e falta de integração da gestão deste recurso nos outros sectores, nomeadamente o económico


O Negócio da Água
A India devido ás suas caracteristicas demográficas é um dos casos caracteristicos do tipo de exploração levado a efeito dos seus recursos hidricos.
Durante os ultimos 50 anos a India construiu cerca de 3500 Barragens (3500!) orçadas em cerca de 22 biliões de rupias. No entanto existem hoje mais áreas em risco de Seca e de Inundações do que havia em 1947.
Criadas sob a propaganda da produção de electricidade hoje apenas produzem 3% do valor previsto a que se tem de descontar ainda a energia necessária para transportar a água pelos milhares de canais de rega. Consomem mais do que o que produzem e são hoje obsoletas. Há ainda pelo menos 250 milhões de pessoas que não dispõem de água potável e pelo menos 350 milhões (+ de 80%) de pessoas não têm electricidade nas suas habitações rurais.
Não existem estimativas oficiais mas supôe-se que tenham sido desalojadas por estas construções mais de 50 milhões de pessoas que foram engrossar os bairros degradados dos suburbios de Deli,Bombaim, Calcutá e outras grandes cidades, a troco de indemnizações irrisórias.
Só no Vale do rio Narmada foram submersos 50000 hectares de floresta virgem
Por detrás destes “grandes projectos de desenvolvimento” está, como sempre, o Banco Mundial.(b)
Ainda antes que se concluam os estudos e os projectos eis que o Banco Mundial (ou seja o Banco Federal Americano) desde sempre se ofereceu sem condições para financiar por “tranches” estes mega empreendimentos.
A India encontra-se hoje numa situação em que aquilo que paga de taxas de juro é superior ao valor que recebe de financiamento. São forçados a contrair novos empréstimos para liquidar as dividas antigas. Segundo o relatório anual do Banco Mundial a India entre 1993 e 1998 pagou ao Banco mais 1475 biliões de dólares mais do que recebeu.
Intitulados pomposamente Consultores Internacionais do Ambiente os Executivos neo-Imperialistas com os seus politicos , burocratas e companhias têm hoje um negócio montado a nivel Global de Construção de Barragens que vale mais de 20 biliões de dólares por ano fazendo sempre uma pressão contínua pressionando sempre para “vender” mais ...
Acrescente-se depois a Privatização das empresas distribuidoras da Água computarizada e aqui temos mais um expediente descarado de tirar a água, a terra e a irrigação a milhões de pobres para a dar aos ricos.É disto que vive a “produção” da economia nas grandes “Democracias” EUA/GB

-a) Dados retirados de “Pelo Bem Comum” de Arundhati Roy e de
-b) Patrick McCully – Silenced Rivers ( The Ecology and Politics of Large Dams) 1998
-c) http://www.panda.org/about_wwf/what_we_do/freshwater/what_we_do/policy_events/dams/index.cfm

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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