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Portugal desce para 4.º lugar no "clube da bancarrota"

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Mensagem por Vitor mango Qui maio 31, 2012 10:06 am

Portugal desce para 4.º lugar no "clube da bancarrota"

A Argentina "ultrapassou" Portugal no risco de incumprimento na quarta-feira e esta mudança mantém-se hoje na abertura. Os juros da dívida portuguesa baixaram em todos prazos, em contraste flagrante com as subidas nos "periféricos", nomeadamente nos casos de Espanha e de Itália.
Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
8:56 Quinta feira, 31 de maio de 2012
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Portugal desceu, na quarta-feira, para o quarto lugar no "clube" dos candidatos à bancarrota (um ranking dos 10 países do mundo com maior probabilidade de entrarem em incumprimento num horizonte de cinco anos, monitorizado pela CMA DataVision). Foi "ultrapassado" pela Argentina. O que já não acontecia desde 9 de junho de 2011, altura em que Portugal subiu de quarto para terceiro lugar no risco. Na ocasião, Portugal já estava sob "intervenção" da troika. A aprovação do plano de resgate pelo Ecofin havia sido em 16 de maio, depois do pedido do governo português em 6 de março.

A probabilidade de entrada em incumprimento da dívida portuguesa num horizonte de cinco anos fechou na quarta-feira em 62,51%, abaixo do risco para a Argentina que subiu para 63,66%, segundo dados da CMA DataVision. Contudo, o risco da dívida portuguesa subiu ligeiramente de 62,29% no fecho na terça-feira (29 de maio) para 62,51% no fecho de quarta-feira. Pelo que a troca de posições deriva de um agravamento do risco da Argentina. Além disso, o ponto percentual de diferença pode, no entanto, ser revertido. Hoje, o risco abriu em alta para Portugal e em baixa para a Argentina.

Portugal distancia-se, no entanto, de Chipre, que viu o seu risco subir para 70,73%, acompanhando estreitamente o agravamento da crise política grega. A probabilidade de Portugal descer para a quinta posição é ainda remota, pois o risco da Venezuela está abaixo de 50%.
Risco e juros da dívida portuguesa em baixa

A perceção sobre o risco da dívida portuguesa está a ser, por ora, "dissociada" do agravamento da crise bancária espanhola e das interrogações sobre o futuro político da Grécia. O risco de incumprimento subiu quarta-feira para todos os "periféricos" da zona euro, com exceção do caso português.

A Grécia viu o seu risco subir para 93,24%, o Chipre para 70,73%, Irlanda para 45,89% (em vésperas de referendo ao "pacto orçamental"), Espanha para 39,61% e Itália para 37,67%. O stresse entre os investidores aumentou com o desenrolar da crise bancária espanhola (com cada vez maior falta de clareza sobre como a resolver), e com leilões de dívida em Roma a 5 e a 10 anos que obrigaram o Tesouro italiano a pagar juros mais altos do que em emissões similares anteriores.

A contracorrente dos restantes países "periféricos" da zona euro, as yields (juros) das obrigações do Tesouro (OT) português fecharam, na quarta-feira, em baixa em todos os prazos. Em três maturidades (a 2, a 3 e a 10 anos), os juros estão já abaixo dos 12%, segundo dados da Bloomberg.

É necessário esperar pelo decorrer desta semana para verificar se o efeito de contágio da crise bancária espanhola não afeta a perceção sobre Portugal.
Espanha continua em foco

A perceção sobre Espanha foi, de novo, alarmante: o preço dos credit default swaps (seguros contra o risco de incumprimento, acrónimo cds) associados à dívida soberana subiu para 587,60 pontos base, um valor similar ao preço dos cds para a dívida portuguesa em 13 de março do ano passado, uma semana depois do pedido de resgate a Bruxelas por parte do governo de então.

Apesar da Comissão Europeia, pela voz do comissário Olli Rehn, ter estendido o plano de ajustamento espanhol por mais um ano, permitindo a descida do défice orçamental até 3% em 2014, o efeito foi nulo na perceção dos mercados em virtude da situação da crise bancária, agravada pela própria resignação antecipada do governador do Banco de Espanha, o banco central e pelas notícias e desmentidos sobre a posição do Banco Central Europeu acerca de uma eventual modalidade de injeção pública de 19 mil milhões de euros no Bankia (o epicentro da crise bancária, por ora).

No entanto, os juros da dívida espanhola no mercado secundário não estão, ainda, nos níveis em que então estavam os juros relativos à dívida portuguesa (então, os juros das obrigações do Tesouro português a 10 anos estavam em 8,74%, enquanto ontem os juros das obrigações espanholas para o mesmo prazo fecharam em 6,66%). Por isso, as situações não são ainda similares, ainda que a tendência aponte Espanha para uma zona vermelha em que a probabilidade de pedido de resgate aumenta dia a dia.
Juros dos Bunds em queda livre

O prémio de risco da dívida espanhola atingiu um novo máximo em valor de fecho; subiu para 5,39 pontos percentuais em relação à dívida alemã. No caso da dívida italiana o prémio subiu para 4,67 pontos percentuais, estando ainda longe do máximo de 5,53 pontos percentuais atingido em 9 de novembro de 2011.

O prémio de risco mede o diferencial entre os juros dos títulos de um dado membro da zona euro e os juros dos títulos alemães (designados por Bunds, que servem de referência no espaço da moeda única) no prazo a 10 anos. Os juros dos Bunds têm estado em queda livre. Os juros dos títulos alemães a 10 anos fecharam quarta-feira em 1,269%, um novo mínimo desde a criação do euro.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-desce-para-4-lugar-no-clube-da-bancarrota=f729829#ixzz1wSpXE7UZ

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