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Painel 1: Introduçao ao Diabetes (Lauro)

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Mensagem por Vitor mango Dom Set 09, 2012 2:47 am


Painel 1: Introduçao ao Diabetes (Lauro)







Para os aficionados pela língua-mater: o termo “diabetes” é um
substantivo masculino e feminino, ou seja, tanto é correto se precedido
de artigo feminino ou se precedido de artigo masculino. Além disso, não
faz diferença se é dito no singular (diabete) ou no plural (diabetes).
Ainda segundo o Dicionário Aurélio, Diabetes é uma “síndrome
caracterizada por uma eliminação exagerada e permanente de urina”. Tal
definição se deve por uma razão: “diabetes”, em grego, quer dizer
“sifão”. Essa associação se dá porque, por volta de 70 d. C., quando a
patologia foi descrita, um de seus sintomas era a poliúria (muita
urina). Entretanto, essa correlação é mais bem observada em um tipo de
diabetes: o insípido. “Lesões do hipotálamo que destroem as células
produtoras de ADH causam a doença diabetes insípido, caracterizada pela
perda da capacidade renal de concentrar urina. Como resultado, um
paciente pode eliminar até 20 litros de urina por dia (poliúria) e bebe
grandes quantidades de líquidos. Esta doença não tem nada a ver com o
diabetes melito, caracterizado pelo aumento da taxa de glicose
plasmática.” (Junqueira, C. L.; Histologia Básica).
Não é o objetivo
do grupo se ater à forma insípida dessa doença, visto que essa é mais
rara, mas sim se concentrar na forma “Mellitus” (melito), considerada
pela OMS (Organização Mundial da Saúde) uma epidemia. O envelhecimento
da população e seus hábitos alimentares pouco saudáveis, com propensão
ao desenvolvimento de obesidade, estão relacionados ao aumento do número
de casos dessa patologia, que é, infelizmente, cada vez mais comum.
Analisando
a etimologia de “mellitus”, que em latim quer dizer mel ou adocicado, é
possível prever a principal característica desse diabetes: açúcar na
urina. Tal sintoma foi detectado no ano de 1670 pelo médico inglês
Thomas Willis, que bebeu a urina de um paciente que apresentava
poliúria. Procedimento esse nada aprazível, diga-se de passagem. Ainda
bem que os métodos de diagnóstico evoluíram e hoje os médicos dispõem de
hemogramas completos, exames de urina (sem necessidade do paladar) e
até monitores portáteis de glicemia (Accu-chek®, por exemplo)
Os
tipos mais comuns do diabetes açucarado são o “Tipo 1 (juvenil)”, “Tipo 2
(adulto ou tardio)” e o “gestacional”. Entretanto, existem também,
dentre outros, o “Tipo 1,5 (LADA: Latent Autoimmune Diabetes in Adults)”
, que seria parecido com o primeiro tipo, porém se manifestando nas
posteridade, e o “Tipo 3”, ainda objeto de estudos, mas que pode ser uma
associação dos tipos 1 e 2 e, segundo alguns cientistas, ter relação
com o Mal de Alzheimer.
Em 1889, descobriu-se que o pâncreas produzia
uma substância capaz de controlar o açúcar do sangue. Essa substância
foi chamada “Insulina” (insula significa "ilha" em latim), pois era
produzida nas células β das Ilhotas de Langerhans do órgão. Conta a
história que cientistas removeram o pâncreas de um cão para demonstrar o
seu papel na digestão dos alimentos. Vários dias depois, o guarda do
cão percebeu que moscas se juntavam estranhamente na urina do animal e
chamou os cientistas. Foram realizados alguns testes e se percebeu que
havia açúcar na urina do cão. Assim ficou demonstrada a relação entre o
pâncreas e o diabetes pela primeira vez. Esse hormônio facilita o
transporte de Glicose para dentro das células através dos receptores
chamados GLUT 4 (de Glucose Transporter 4), sensíveis à concentração de
insulina. Esse mecanismo é ilustrado a seguir por um esquema extraído de
Albert L. Lehninger: Principles of Biochemistry, 4th Edition. W. H.
Freeman & Company.




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A
insulina é secretada normalmente após as refeições, quando os açúcares
são absorvidos no intestino e a concentração deles no sangue aumenta.
Isso cria um sinal para que as vesículas contendo o hormônio sejam
liberadas.
Veja o que diz a Enciclopédia Barsa sobre a Insulina:
“Insulina é o hormônio regulador do nível de açúcar (glicose ) no
sangue. Quando esse nível aumenta, as células beta das ilhotas de
Langerhans, no pâncreas, passam a secretar o hormônio; quando diminui, a
secreção pára, e o fígado libera glicose na corrente sangüínea. A
insulina desempenha outras funções importantes: facilita o transporte de
glicose para o interior das células, onde ela é oxidada para produzir
energia; auxilia a estocagem de glicose (nos tecidos adiposos) e sua
conversão em ácido graxo; promove a captação de aminoácidos pelos
músculos para a produção de proteínas; e ajuda o fígado a converter
glicose em glicogênio (carboidrato armazenado pelos animais).” Daí
percebe-se a importância dessa proteína. Segundo Anita Marzooco et. Al:
Bioquímica Básica,3ª Edição.Guanabara Koogan; o receptor da insulina tem
atividade de proteína quinase, ou seja, atua fosforilando e
desfosforilando , seja direta ou indiretamente, enzimas e regulando sua
atividade (ativando ou desativando). Por exemplo, por ação da insulina
as enzimas glicogênio sintase (glicogênese), fosfofrutoquinase 2
(glicogenólise), piruvato quinase (glicólise e gliconeogênese), piruvato
desidrogenase ( piruvato → Acetil-CoA), acetil-coA carboxilase
(lipogênese), HMG-CoA redutase (lipogênese) são desfosforiladas, o que
causa sua ativação. Já as enzimas glicogênio fosforilase
(glicogenólise), frutose 2,6 – bisfosfatase (glicólise e gliconeogênese)
e lípase (lipólise) são inativadas pela desfosforilação induzida por
esse mesmo hormônio.
O glucagon é o hormônio antagônico à insulina.
Também é produzido no pâncreas, mas pelas células α das Ilhotas de
Langerhans. O estímulo para sua liberação é a hipoglicemia (baixa
concentração de glicose no sangue). Esse hormônio atua induzindo efeitos
degradativos sobre o glicogênio, lipídios e proteínas, em especial no
fígado e no tecido adiposo. Seus efeitos convergem para a correção dos
níveis de glicose sangüínea, e são conseqüências da alteração da
transcrição gênica, causadas pela ativação da proteína quinase
dependente de cAMP. A figura abaixo, extraída de www.reactome.org exemplifica os efeitos do glucagon:


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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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