A "doutrina Begin"
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A "doutrina Begin"
A "doutrina Begin"
Caça F-16 israelita
Benjamin Netanyahu encenou, na passada semana, um espectáculo que
terá agradado à maioria dos embaixadores presentes na Assembleia Geral
das Nações Unidas. Foi certamente do agrado da imprensa internacional, a
julgar pelo destaque que deu ao primeiro-ministro hebraico, que mostrou
um desenho de uma bomba para exemplificar a “linha vermelha” que Israel
não vai permitir que o Irão atravesse no que diz respeito ao seu
programa nuclear.
Aquilo que Netanyahu disse não é uma novidade, já que qualquer
observador mais atento sabe que Israel jamais permitirá que Teerão
chegue a um estádio próximo da bomba atómica.
Se até aqui não houve qualquer acção militar israelita, isso deve-se
não tanto às pressões de Washington para a contenção, mas sim ao facto
de Israel ainda não se sentir verdadeiramente ameaçado com o poder
nuclear iraniano.
Porque, a partir do momento em que os serviços de “intelligence”
israelitas reunirem informação que coloque o Irão na iminência de
alcançar a bomba atómica, Israel atacará cirurgicamente as várias
instalações nucleares iranianas, sem qualquer aviso prévio, incluindo a
Washington, que só deverá ter conhecimento da operação quando esta já
estiver em curso.
A Mossad está atenta ao Irão, tal como sempre esteve em relação aos
programas nucleares da Síria e do Iraque, tendo agido preventiva e
militarmente contra estes dois países a partir do momento em que se
sentiu efectivamente ameaçada.
Em 1981, o primeiro-ministro Menachem Begin deu ordem para que oito
caças F-16 destruíssem o reactor nuclear de Osirak, no Iraque, que
Israel acreditava produzir plutónio para ogivas. Secretamente e contra a
vontade de Washington, Begin não hesitou. Estava lançada a “doutrina
Begin”, que assenta no seguinte princípio: “The best defense is forceful
preemption." Para Begin, nenhum adversário de Israel deveria adquirir
armas nucleares.
Em 2007 seria a vez de Ehud Olmert pôr em prática a “doutrina Begin”, desta vez contra a Síria. Ainda recentemente, a New Yorker explicava
como Israel tinha bombardeado secretamente o suposto reactor nuclear de
Al Kibar sem que ninguém desse por isso e o assumisse posteriormente.
O ataque resultou de uma operação da Mossad em Viena, em Março de
2007, na qual recolheu “intel” na casa de Ibrahim Otham, o director da
Comissão Síria de Energia Atómica. As provas recolhidas, incluindo fotos
do local do reactor, eram conclusivas. Washington foi informado, mas o
Presidente George W. Bush não ficou muito convencido.
Olmert, por seu lado, tinhas poucas dúvidas e a 5 de Setembro, pouco
antes da meia noite, quatro F-15 e quatro F-15 levantaram voo de bases
israelitas com destino à Síria.
Através de mecanismos electrónicos, os israelitas “cegaram” o sistema
de defesa anti-aéreo sírio, entre as 00:40 e as 00:53, o suficiente
para entrarem no espaço aéreo do inimigo sem serem vistos e lançaram
várias toneladas de bombas sobre o alvo. Hoje, cinco anos depois,
ninguém fala no assunto ou o reconhece, seja Israel ou a Síria.
O Irão poderá ser o próximo alvo da “doutrina Begin”, embora Israel
reconheça tratar-se de uma operação mais complexa do que as duas
anteriores.
Uma coisa é certa, a encenação de Olmert na passada semana na
Assembleia Geral poderá ter servido para sossegar a Casa Branca e dar
mais algum tempo ao Presidente Barack Obama, numa altura em que está em
plena campanha eleitoral. Mas que ninguém duvide, a partir do momento em
que a Mossad tiver dados conclusivos que apontem para uma ameaça
nuclear iminente vinda do Irão, os caças bombardeiros israelitas
voltarão a levantar voo em segredo. A grande questão é saber se a Casa
Branca será informada antes ou depois de descolarem em direcção ao alvo.
tags: doutrina, iraque, irão, menachem begin, nuclear, síria
Publicado por Alexandre Guerra às 16:35
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Caça F-16 israelita
Benjamin Netanyahu encenou, na passada semana, um espectáculo que
terá agradado à maioria dos embaixadores presentes na Assembleia Geral
das Nações Unidas. Foi certamente do agrado da imprensa internacional, a
julgar pelo destaque que deu ao primeiro-ministro hebraico, que mostrou
um desenho de uma bomba para exemplificar a “linha vermelha” que Israel
não vai permitir que o Irão atravesse no que diz respeito ao seu
programa nuclear.
Aquilo que Netanyahu disse não é uma novidade, já que qualquer
observador mais atento sabe que Israel jamais permitirá que Teerão
chegue a um estádio próximo da bomba atómica.
Se até aqui não houve qualquer acção militar israelita, isso deve-se
não tanto às pressões de Washington para a contenção, mas sim ao facto
de Israel ainda não se sentir verdadeiramente ameaçado com o poder
nuclear iraniano.
Porque, a partir do momento em que os serviços de “intelligence”
israelitas reunirem informação que coloque o Irão na iminência de
alcançar a bomba atómica, Israel atacará cirurgicamente as várias
instalações nucleares iranianas, sem qualquer aviso prévio, incluindo a
Washington, que só deverá ter conhecimento da operação quando esta já
estiver em curso.
A Mossad está atenta ao Irão, tal como sempre esteve em relação aos
programas nucleares da Síria e do Iraque, tendo agido preventiva e
militarmente contra estes dois países a partir do momento em que se
sentiu efectivamente ameaçada.
Em 1981, o primeiro-ministro Menachem Begin deu ordem para que oito
caças F-16 destruíssem o reactor nuclear de Osirak, no Iraque, que
Israel acreditava produzir plutónio para ogivas. Secretamente e contra a
vontade de Washington, Begin não hesitou. Estava lançada a “doutrina
Begin”, que assenta no seguinte princípio: “The best defense is forceful
preemption." Para Begin, nenhum adversário de Israel deveria adquirir
armas nucleares.
Em 2007 seria a vez de Ehud Olmert pôr em prática a “doutrina Begin”, desta vez contra a Síria. Ainda recentemente, a New Yorker explicava
como Israel tinha bombardeado secretamente o suposto reactor nuclear de
Al Kibar sem que ninguém desse por isso e o assumisse posteriormente.
O ataque resultou de uma operação da Mossad em Viena, em Março de
2007, na qual recolheu “intel” na casa de Ibrahim Otham, o director da
Comissão Síria de Energia Atómica. As provas recolhidas, incluindo fotos
do local do reactor, eram conclusivas. Washington foi informado, mas o
Presidente George W. Bush não ficou muito convencido.
Olmert, por seu lado, tinhas poucas dúvidas e a 5 de Setembro, pouco
antes da meia noite, quatro F-15 e quatro F-15 levantaram voo de bases
israelitas com destino à Síria.
Através de mecanismos electrónicos, os israelitas “cegaram” o sistema
de defesa anti-aéreo sírio, entre as 00:40 e as 00:53, o suficiente
para entrarem no espaço aéreo do inimigo sem serem vistos e lançaram
várias toneladas de bombas sobre o alvo. Hoje, cinco anos depois,
ninguém fala no assunto ou o reconhece, seja Israel ou a Síria.
O Irão poderá ser o próximo alvo da “doutrina Begin”, embora Israel
reconheça tratar-se de uma operação mais complexa do que as duas
anteriores.
Uma coisa é certa, a encenação de Olmert na passada semana na
Assembleia Geral poderá ter servido para sossegar a Casa Branca e dar
mais algum tempo ao Presidente Barack Obama, numa altura em que está em
plena campanha eleitoral. Mas que ninguém duvide, a partir do momento em
que a Mossad tiver dados conclusivos que apontem para uma ameaça
nuclear iminente vinda do Irão, os caças bombardeiros israelitas
voltarão a levantar voo em segredo. A grande questão é saber se a Casa
Branca será informada antes ou depois de descolarem em direcção ao alvo.
tags: doutrina, iraque, irão, menachem begin, nuclear, síria
Publicado por Alexandre Guerra às 16:35
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_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117472
Re: A "doutrina Begin"
é tudo muito lindo quando subestimamos o inimigo e nisso os americanos sao peritos
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117472
Re: A "doutrina Begin"
.
Acção e nunca palavreado a abater, ou jamais se atingirão os objectivos, principalmente se a meta for aliviar a humanidade de perigo iminente. Não é precisa invasão em massa, bastam discernimento, certeza do que existe e perícia.
Uma coisa é certa, a encenação de Olmert na passada semana na
Assembleia Geral poderá ter servido para sossegar a Casa Branca e dar
mais algum tempo ao Presidente Barack Obama, numa altura em que está em
plena campanha eleitoral. Mas que ninguém duvide, a partir do momento em
que a Mossad tiver dados conclusivos que apontem para uma ameaça
nuclear iminente vinda do Irão, os caças bombardeiros israelitas
voltarão a levantar voo em segredo. A grande questão é saber se a Casa
Branca será informada antes ou depois de descolarem em direcção ao alvo.
Acção e nunca palavreado a abater, ou jamais se atingirão os objectivos, principalmente se a meta for aliviar a humanidade de perigo iminente. Não é precisa invasão em massa, bastam discernimento, certeza do que existe e perícia.
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: A "doutrina Begin"
Joao Ruiz escreveu:.Uma coisa é certa, a encenação de Olmert na passada semana na
Assembleia Geral poderá ter servido para sossegar a Casa Branca e dar
mais algum tempo ao Presidente Barack Obama, numa altura em que está em
plena campanha eleitoral. Mas que ninguém duvide, a partir do momento em
que a Mossad tiver dados conclusivos que apontem para uma ameaça
nuclear iminente vinda do Irão, os caças bombardeiros israelitas
voltarão a levantar voo em segredo. A grande questão é saber se a Casa
Branca será informada antes ou depois de descolarem em direcção ao alvo.
Acção e nunca palavreado a abater, ou jamais se atingirão os objectivos, principalmente se a meta for aliviar a humanidade de perigo iminente. Não é precisa invasão em massa, bastam discernimento, certeza do que existe e perícia.
acabei agora mesmo de ver uma serie da BBC sobre colonatos ...Migron...e por ai fora
Oh my GOD ...aquilo é pior que centenas de bombas atomicas
Os ultraortodoxos invadem terras dos Palestianos que se defendem com pedras e eles ultra ao lado dos soldados disparam tirops matando...
e como vivemk jkumnto a arabes nas terras deles a gwente pergunta
COMO sera o Futuro ?
O futuro ???????????????????????????????????
aquilo será cozido em odio violência e no dia em que a pressão da panela rebentar vfai ser ai o verdadeiro holocausto ao vivo
[/quote]
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117472
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